Presidente do CREA anuncia fiscalização com rigor nas obras em Santarém

Presidente do CREA-PA, José Viana

Em um seminário que aconteceu na manhã da última terça-feira, 15, em Santarém, o presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Pará (CREA), engenheiro civil, José Viana, anunciou o aumento da fiscalização em obras da construção civil no Oeste do Pará.

O Seminário contou com a participação de Inspetores do Oeste do Pará e teve como objetivo promover o desenvolvimento da classe através de palestras e debates, para consolidá-los como lideranças na região.

De acordo com o presidente do CREA-PA, José Viana, a reunião foi promovida para que o órgão pudesse conversar com os Inspetores, com a proposta de sentir quais são os problemas da região dentro do sistema da classe, para tentar solucioná-los. O Engenheiro garante que o CREA vai trazer procedimentos existentes em Belém, para que sejam aplicados na região Oeste do Pará, de forma que todos os profissionais, como engenheiros, arquitetos e agrônomos possam ser atendidos em qualquer inspetoria, da mesma forma como são atendidos na capital do Estado. O objetivo é trazer condições melhores para os profissionais da área.

“Santarém é um pólo bem desenvolvido, tem bastantes obras e a nossa fiscalização também está agindo e cremos que está tudo regularizado. Vamos intensificar a fiscalização para ver se temos 100% das obras dirigidas por engenheiros, arquitetos e agrônomos, ou seja, profissionais realmente habilitados”, avisou.

Em relação ao desabamento de um prédio em construção no final de janeiro deste ano, no centro de Belém, o engenheiro José Viana declarou que o CREA esteve sempre presente no caso desde o primeiro instante, juntamente com várias entidades da classe tecnológica, como o Clube de Engenharia, onde fizeram uma perícia cujo resultado foi divulgado na semana passada, detectando a causa do desabamento.

Segundo ele, a perícia revelou que a causa do desabamento do edifício de 32 andares foi falha no cálculo estrutural.

“O projeto estrutural estava calculado com falha e isso causou o desabamento do prédio”, afirma Viana, adiantando que terá dois julgamentos em relação à empresa responsável pela obra. “Um será dentro do sistema, que é administrativo e ético. O outro é judicial que não vamos intervir, o qual está sendo apurado num processo criminal. Dentro do sistema, encaminhei um laudo para a Câmara Especializada de Engenharia Civil, que vai analisar e ver quais são as providências. Se eles julgarem que houve imperícia, imprudência, eles devem encaminhar esse processo para a Câmara de ética, que fará o julgamento”, finalizou.

Por: Manoel Cardoso

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