Deficientes visuais são marginalizados em Santarém

Ivanilson Cardoso denuncia discriminação contra a classe

Na comemoração de 22 anos de instalação da Associação dos Deficientes Visuais do Baixo Amazonas, que reuniu centenas de pessoas, entre elas autoridades municipais e associados, além de imprensa e convidados, nem tudo era motivo para comemoração; o presidente da Associação, Ivanilson Cardoso, em meio ao coquetel que foi servido, aproveitou o ensejo para mais uma vez fazer duras críticas às autoridades que segundo ele, relegam os problemas dos deficientes á derradeiros planos.

Um dos problemas é que não existe, em Santarém, nenhuma obra em braile (alfabeto dos cegos), para ser estudada nem pesquisada, na Biblioteca Pública. “Lamentavelmente é um problema sério para nós e também muito triste esta situação, pois as obras em braile são reduzidas”, disse Ivanilson, lamentando que: “A educação especial não é tratada de maneira como deve, não é importante na visão de muitos de nossos governantes, e isso é muito grave, pois os deficientes não têm como fazer pesquisas, não existe material adaptado às pessoas com deficiência”, revelou o presidente da Adevibam.

Apesar das deficiências na infra-estrutura do aprendizado, o portador de necessidades especiais é cobrado no mercado de trabalho, sem regalias: “A cobrança em concursos e na sociedade, é igual ao de uma pessoa considerada “normal” o que para o deficiente é uma perda”, destacou Ivanilson.

Em busca de solução

– O presidente da Adevibam disse que foi agendada uma reunião com o coordenador de educação especial no Estado, Edmilson Lima, no próximo dia 11 de abril, em Belém: “Ele nos garantiu que vai apresentar propostas de solução desse problema de uma vez por todas”, enfatizou Ivanilson Cardoso, lembrando que: “infelizmente a educação especial nunca foi levada a sério em Santarém. Quer dizer que o deficiente visual ou de qualquer tipo é marginalizado em Santarém? “De certa maneira sim,”, responde Ivanilson.

Por: Carlos Cruz

 

 

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