José Antônio: “Santarém está carente de médicos especialistas”

José Antônio elogia trabalho do Ministério Público, atuando como parceiro

Por ocasião do Dia Nacional da Saúde, que ocorre no dia 07 de abril, a Secretaria Municipal de Saúde, em Santarém, resolveu antecipar este dia, começando na segunda-feira uma mobilização que esteve no Belocentro comercial de Santarém. O secretário José Antônio Rocha, com exclusividade ao jornal O Impacto, falou de saúde pública, a pasta que ocupa na administração municipal, da prisão da ex-diretora do PSM, Dra. Ana Cláudia, da falta de médicos especialistas e dos problemas inerentes ao cargo do qual é titular. Eis a entrevista:

Jornal O Impacto: Secretário, como o senhor analisa as denúncias que são feitas contra o Pronto Socorro e o Hospital Municipal de Santarém?

José Antônio Rocha: Estamos tentando colocar ordem na Casa, solucionar os problemas. Quero esclarecer que antes nós não tínhamos Pronto Socorro em Santarém, agora inauguramos um no final do ano e estamos de todas as formas procurando trazer mais profissionais médicos para Santarém. Estamos construindo mais um Pronto Socorro, UPA 3, que será instalado ao lado da creche do bairro da Cohab, que está adiantado e daqui para o final do ano nós já tenhamos esta Unidade de Atendimento funcionando. Estamos com uma carência na parte da pediatria, e eu faço neste momento um apelo, através do jornal O Impacto, de que se tiver algum profissional, seja médico ou médica, que nos procure na Secretaria Municipal de Saúde, porque temos vagas, pagamos R$ 7.200/mês para o atendimento de segunda a sexta, seis horas de trabalho por dia, para que a sociedade possa ter médicos pediatras à disposição, tanto no Hospital Municipal quanto no Pronto Socorro. Temos vagas, também, para outras especialidades e clínicos gerais. Como se vê, Santarém tem dificuldades em contratar médicos.

Jornal O Impacto: A que o senhor atribui esta dificuldade na contratação de médicos para Santarém?

José Antônio Rocha: Sem dúvida, a dificuldade maior é devido a carência do profissional no mercado de trabalho. Veja bem: se nós temos esta dificuldade em São Paulo, em Brasília, nos grandes centros espalhados em todo o Brasil, imagine aqui na região Amazônica e nós aqui de Santarém estamos incluídos. Graças a Deus que Santarém é um pólo turístico onde os médicos procuram se instalar aqui. Nós temos maios de 100 médicos disponibilizados para a população, mesmo assim esta quantidade ainda é muito pouco, nós precisávamos pelo menos do dobro desta quantidade, para um atendimento de qualidade.

Jornal O Impacto: Por que a Secretaria de Saúde resolveu fazer esta mobilização para atender a população, no Belocentro comercial de Santarém?

José Antônio Rocha: É muito simples de explicar. Ontem, dia 07, quinta-feira, se comemorou o Dia Mundial dedicado a saúde e nós resolvemos antecipar para segunda-feira, dia 04. Aqui em Santarém nós vamos fazer uma semana dedicada à saúde pública municipal e nós começamos pelo Belocentro, procurando atender os trabalhadores da área comercial. Neste dia começamos a semana fazendo exame de PA (Pressão Arterial), teste de glicemia, verificando se está controlada a quantidade de açúcar no sangue das pessoas, também estamos fazendo políticas preventivas, em relação ao combate ao mosquito da Dengue e exames de HIV/AIDS. Conosco nesta mobilização também estão a Casa da Criança e a Casa do Mulher. Nós temos apoio do SESC, Serest, Centro de Referência a Saúde do Trabalhador, ou seja, toda a administração municipal, através da Secretaria de Saúde, esteve presentes na área comercial disponibilizando estes atendimentos à população.

Jornal O Impacto: Secretário, como o senhor explica a prisão da Dra. Ana Cláudia, ex-diretora do Pronto Socorro Municipal?

José Antônio Rocha: A Dra. Ana Cláudia, eu devo dizer que foi uma vítima do sistema, eu diria assim. Aqui em Santarém nós procuramos abrir as portas da saúde pública para todas as pessoas. Tem vezes que existe realmente demora nos atendimentos, nós temos carência de profissionais médicos. O caso da doença é imprevisível, você não sabe quando vai precisar de um atendimento e no Pronto Socorro nós temos uma demanda muito grande, que precisa de um comando, de uma coordenação melhor.

Jornal O Impacto: Como fica a situação do Cabo PM que colocou revólver na cabeça do atendente obrigando ele a fazer ficha de sua esposa? Isso quer dizer que os funcionários trabalham sem a mínima segurança no PSM?

José Antônio Rocha: Sem dúvida nenhuma os funcionários do PSM estão preparados para enfrentar este tipo de situação. O Pronto Socorro é um lugar onde vamos encontrar pessoas no limite do desespero, então, os funcionários têm que ter prudência, e os pacientes tem que analisar que de forma agressiva não resolvem nada, só com calma, paciência e entendimento. O médico por sua vez tem que fazer o diagnóstico e o tratamento adequados, sem pressão de quem quer que seja.

Jornal O Impacto: Em seu entender, era necessária a prisão da Dra. Ana Cláudia, então diretora do Hospital Municipal, quando foi obrigada a ir para a Seccional de Polícia Civil?

José Antônio Rocha: De forma alguma não. Até porque a saúde pública no Brasil precisa ser melhorada, não só em Santarém, mas no País inteiro. A imprensa, de uma forma geral, diariamente está focando a realidade no Brasil, onde pólos como Brasília, o coração político do País, tem suas dificuldades que não são poucas, maiores até que em Santarém.

Jornal O Impacto: Como o senhor vê a atuação do Ministério Público vez por outra intervindo na saúde pública em Santarém?

José Antônio Rocha: Eu vejo como uma situação de parceria. O Ministério Público tem que fazer o seu trabalho e nós fazemos o nosso. Nós sabemos que a saúde pública é um desafio muito grande no Brasil, o SUS é um serviço de saúde que trabalha desde a vacinação até o transplante, mas precisa melhorar, necessita avançar, mas só se tiver apoio da população, do Conselho Municipal de Saúde, dos órgãos governamentais e não governamentais, e também do Ministério Público, tanto Estadual quanto o Federal. Juntos, vamos fazer um trabalho cada vez melhor, que possa avançar em prol da população.

Por: Carlos Cruz

Um comentário em “José Antônio: “Santarém está carente de médicos especialistas”

  • 11 de abril de 2011 em 08:48
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    Boaa esta Ede, sem falar no pai dele que nem falar sabe? Deputado estadual que nada fez pelo município, nãos seria diferente o filho, eitaaaaaaaa Prefeitura cabide de empregos.

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  • 9 de abril de 2011 em 16:43
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    Eita Santarém, esse secretário ai era do Transito a pouco tempo atrás, funciona assim mesmo colocam qualquer um em qualquer lugar apenas por vocação politica. Santarém secretario esta carente em tudo, Saúde, Educação, Infra-estrutura. Prefeita Maria, pede pra sair e leva junto TODO o seu pessoal.

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  • 8 de abril de 2011 em 10:52
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    Como já é de praxe no atual governo da prefeita Maria do Carmo Martins, nenhum dos secretários tem competência para o cargo que ocupam. Porque colocaram uma pessoa(José Antonio Rocha) para ser secretário de saúde se ele tem diploma de direito,nem competência para exercer a profissão ele tem o que dirá para administrar a saúde pública. E por favor secretário, pare de mentir dizendo que a cidade é carente de médicos especialistas, pq médicos tem sim aqui, o que ocorre é que nenhum profissional que estuda mais de 8 anos para se formar em medicina vai, querer trabalhar nesse lixo municipal que é o pronto socorro, pois, não há as mínimas condições de trabalho e o salário não é compatível. Por isso que muitos médicos que vem residir em santarém preferem trabalhar em clínicas particulares.

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  • 8 de abril de 2011 em 09:02
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    Boooooooa Orlando, será mesmo que ele vai querer ser atendido no hospital administra? kkkk….. Ele quer é ficar bem longe desse hospital que mata gnt, trata mal os pacientes, q falta material pra radiografia, afffffff… cansei, sçao tantas coisas negativas. Ele deveria é ter vergonha na cara!

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  • 8 de abril de 2011 em 08:54
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    Muito lero lero esse secretário. Ele só fala, mas ação mesmo, só pro bolso dele. Quem é o médico que vai querer trabalhar em um hspital que não dá suporte pra nada? Os materiais hospitalares? Pergunta se o secretário precisasse fazer uma cirurgia no HMS ele faria no hospital que ele administra? FAÇA ESSA PERGUNTA PRA ELE!

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  • 7 de abril de 2011 em 19:19
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    novidade,se o secretario de saude é advoado,será q ele ja defendu alguma causa??só em stm mesmo

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