Camargo Corrêa produzirá cimento em Monte Alegre

Usina de Belo Monte

O que o grupo empresarial pernambucano João Santos não quis a construtora Camargo Corrêa se prepara para abraçar e produzir cimento: a mina de calcário de Monte Alegre, próximo à comunidade de Mulata, na margem esquerda do rio Amazonas, no Oeste do Pará.

As informações ainda não são precisas, como acontece em todo negócio onde grandes interesses estão em jogo. De concreto, o que já se sabe é que a Camargo Corrêa caminha a passos largos para montar uma planta de beneficiamento do calcário existente na mina da Mulata, para a produção de cimento.

Na semana passada, dois representantes da empresa se reuniram com o prefeito Jardel Vasconcelos (PMDB) para tratar sobre o empreendimento. Tudo indica que o problema mais imediato a ser superado é a indisponibilidade de energia elétrica para fazer funcionar a futura planta. A fonte já existe – a Hidrelétrica de Tucuruí -, mas o linhão que vai levá-la à região da Calha Norte ainda está em obra e só deve chegar em Monte Alegre no próximo ano – a primeira meta era agosto deste ano, mas não cumprida.

Mas a decisão da empresa já está tomada. A montagem da empresa, garantia de fornecimento de energia e o início da produção são metas já definidas e um planejamento da Camargo Corrêa.

PS: A concessão da mina de calcário de Monte Alegre é do grupo João Santos, que criou a empresa Companhia Agro-Industrial de Monte Alegre (Caima), na segunda metade dos anos 70, para explorá-la.

Para tanto, recebeu incentivo fiscal da Sudam, inclusive para a produção própria de energia para a indústria, mas esta nunca foi montada. Nos anos 90, o grupo pernambucano desmontou o demorado canteiro de obras da Caima e foi plantá-lo sobre outra mina de calcário, em local distante pouco mais de 30km da cidade de Itaituba, na margem esquerda do rio Tapajós. Lá, há onze anos, ela produz o cimentos Nassau.

O calcário de Monte Alegre vai agora ser explorado pela Camargo Corrêa. Pra onde vai esse cimento? Para as obras do AHE Belo Monte e outros grandes projetos em discussão para a região.
O investimento da empresa vai gerar emprego, renda e novas oportunidades de negócios, além de receitas ao erário. Mas vai também atrair uma leva de migrantes em busca de emprego. Vai depender da empresa, do Poder Público e da sociedade local discutir os mecanismos para reduzir esses impactos, sem perder a excelente oportunidade de investimento privado no Município.
Segundo a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), que fez estudos em Monte Alegre, no final dos anos 80, as jazidas locais de calcário chegam a 58 milhões de toneladas, com predominância do tipo calcítico, justamente o apropriado para a produção de cimento.

Por: José Maria Piteira

5 comentários em “Camargo Corrêa produzirá cimento em Monte Alegre

  • 22 de novembro de 2018 em 09:30
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    Quero essa vaga ai pois trabalhei 10 anos na Nassau e ela fechou as portas em Manaus

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    • 20 de abril de 2021 em 22:09
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      Camargo Corrêa deveria arrendar a fábrica de cimento de itaituba pois está pronta. E fica em cima da mina de calcário.

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  • 3 de novembro de 2014 em 21:58
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    o nosso povo ta unido para nao deixar a fabrica sair daqui para santarem

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  • 24 de maio de 2014 em 22:23
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    Essa fabrica tem que ficar em monte alegre.. Pos o calcario esta em monte alegre. Se ela quiser produzir cimento tem que ser em monte alegre e nao na porra de santarem. A enpresa deve esperar o linhao rebaixar em monte alegre . Para instalar a fabrica.. E santarem nao tem nenhuma pedra de calcario e quer produzir cimento? Santarem deveria ter uma fabrica de poupa de abacaxi porq isso tem muito ai .. Kkkk

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