MUDANÇA DO PROCESSO ELEITORAL

Nos corredores do Congresso Nacional o que se ouve são comentários voltados para uma possível mudança no processo eleitoral brasileiro. Não será fácil uma alteração direcionada para a democracia e o respeito a decisão do eleitor. O sistema atual está enraizado. A ação imposta e o domínio do caciquismo não permitirão que realmente aconteça de imediato algo que vem de longe sofrer alterações bruscas. Nada que se altere os meios de se eternizar no poder dentro do Congresso Nacional, Assembléias Estaduais e Câmaras Municipais. O melhor é deixar o povo afastado de tudo. Ser obrigado a votar já basta. Os caciques ficam satisfeitos ao encontrá-lo na boca da urna.

Nós vivemos a situação do voto proporcional e obrigatório. Tem se perpetuado nas mais diversas eleições. Não é mais do que a violação do direito do eleitor. O voto não vai ser para o candidato que ele escolheu. Favorece quem jamais imaginaria ser eleito com pequenas fatias do contingente eleitoral. Nunca dá para esquecer do Enéas que puxou um Deputado com apenas 275 votos em meio a milhões de votantes. Cria uma espécie de dono do poder. Tem cacique que marca seu território dentro do Congresso. Favorecido pelo voto proporcional nunca mais sai de lá. Renovação torna-se difícil de acontecer. Há figuras na mesma cadeira contando dezenas de anos.

Entre as propostas está a escolha de vereadores e deputados pelo voto majoritário. Preenche as vagas os candidatos mais votados. É defendido até pelo vice-presidente da república Michel temer que busca apoio em seu partido, outras legendas e entidades sociais, visando aprovação. Seria o fim do coeficiente eleitoral. Aí sim o eleitor votaria no candidato que escolheu. É a melhor proposta que aparece neste momento. É o respeito ao cidadão e a prática da democracia inserida teoricamente na Constituição Brasileira.

Contrária a proposta do voto majoritário existe a lista de legendas. O eleitor vota no partido e não no candidato. O partido indica antecipadamente a lista de candidatos que vão ocupar os cargos. Uma beleza para os ditadores. Leva de maneira vergonhosa a democracia para o buraco. Seria o cúmulo do voto obrigatório que não passa de uma imoralidade em um País que se apresenta como democrático e livre. Em outros Países o voto é livre. Só no Brasil continua obrigatório. Será que com a reforma eleitoral esta vergonha continuará perante a Lei? Alguns pensam que será muito difícil sua aprovação.

-Se acontecer a reforma, talvez entre em vigor nas próximas eleições de 2012.

Por: José Alves

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