ENTÃO, NÃO MORRA!

É isso mesmo! Diferentemente do que disse o Prefeito de Manaus, fato que todos os paraenses, ouvimos, questionamos, ganhou a mídia nacional e as fofocas locais, mas como já falei, anteriormente, quando da sessão especial na Câmara de Vereadores de Santarém, sobre o dito pelo Prefeito de Manaus e ex-Governador do Amazonas, caiu no esquecimento.

Já o projeto de lei apresentado por um Vereador da cidade de Paraíso, interior de São Paulo, causou um tremendo alvoroço: estabelecia que a partir da data da aprovação da lei, ninguém poderia mais morrer na cidade. Isso mesmo! Estava proibido morrer.

Qual a razão do esdrúxulo projeto de lei? Uma só! Falta de vaga no único cemitério da cidade.

Disse o Vereador que foi a maneira encontrada e a forma de chamar a atenção do Executivo Municipal, Ministério Público e a própria Câmara de Vereadores, para uma necessidade da cidade. Ou seja, um novo cemitério. Parece com uma realidade de uma cidade do Baixo Amazonas que alguns insistem de que seja capital do futuro Estado do Tapajós. Não tem nem cemitério!

Em Belém, há uns trinta dias atrás, o diretor do cemitério do Tapanã, este, dito por muitos como destinados aos restos mortais dos menos favorecidos, estabeleceu: tinha que se agendar o sepultamento ali, por falta de vaga e excesso de jornada de trabalho dos coveiros. Ou seja, já estavam antevendo o que seria o projeto do Vereador paulista. Então, não morra, antes de marcar ou conseguir sua senha, para garantir o seu sepultamento, como no agendamento das consultas no INSS. “Até aonde já chegamos!”, diria um mais antigo do que nós.

Aqui, na ex-Pérola, do pouco que sei, mas o bastante para dizer que um empresário local,  quase fica pobre e “liso” de tanto providenciar documentação, para instalar um cemitério moderno, como nos grandes centros, tipo “Recanto da Saudade”. Era particular, é claro!

 Era projeto pra cá, planta, fotocópias, assinaturas reconhecidas, mapa, projetos de preservação ambiental, impresso em CD, DVD, GPS, defesa do lençol freático, “o diabo a quatro” e até agora nada. Parece que ele desistiu da dispendiosa, dificultosa e cansativa idéia.

Diferente, também, do prefeito Odorico Paraguassu, da ficcionista cidade de Sucupira, antes novela global, hoje, seriado, O Bem Amado. Que queria inaugurar o cemitério da sua cidade, já havia banda de música contratada, o fogueteiro e não tinha defunto. Já o Vereador paulista resolveu fazer o contrário, mas por quê?

Diz o Legislador mirim que precisava achar uma solução, como já disse acima, para um problema crucial no Município, a falta de espaço no campo santo, uma vez que no existente só havia, apenas, nove vagas para completar a sua capacidade, depois, lotação esgotada.

O Parlamentar atingiu o seu objetivo, o seu projeto causou um grande “rebuliço” na cidade, com o apoio dos munícipes. Tanto que o Executivo Municipal, rapidamente, providenciou e desapropriou uma área na zona urbana do município de Paraíso, destinada a construção do novo cemitério para a cidade. Só não falou se houve esse monte de exigências ambientais.

E nós? E nosso ente queridos? Não deveremos morrer? Ou adular para os comunitários de Mararu, São Brás, Alter do Chão, Cipoal, São José, Irurama, Mujuí dos Campos ou Belterra (ambos outros municípios) que só tem vaga para os moradores de lá? Não estão permitindo sepultar defunto da cidade de Santarém.

Os cemitérios de Santarém há mais de trinta anos que não eram mais para receber restos mortais, se não fosse de quem já possuísse terra ali. Aí surgiu a grilagem no setor. Tem morto um por cima do outro. Tem andares de falecidos, e um dono quando chega lá, já não é mais dele, já é de outro. E fica por isso mesmo.

Que tal se a idéia do Vereador paulista, atingisse os atuais membros da Câmara de Santarém e os nossos representantes, forçassem a “barra”, junto ao Executivo Municipal em favor dos munícipes para que se solucionasse o quase cinqüentenário problema santareno, e quem sabe até fizesse parte dos festejos dos trezentos e cinqüenta anos de Santarém, a inauguração do novo cemitério, a estilo Sucupira.

Pois só assim, num futuro bem próximo não fosse preciso agendar o velório ou, talvez, quem sabe, até a própria morte? Ou então, não morra!. FELIZ PÁSCOA PARA TODOS!

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 NESTA SEXTA-FEIRA NÃO HAVERÁ BAILE DE SAUDADE NO FLUMINENSE POR DIA DE FERIADO SANTO, MAS NAS OUTRAS SEMANAS VOLTARÁ AO NORMAL. E NO DIA SEIS DE MAIO O BAILE DA ROSA, EM HOMENAGEM ÀS MÃES, COM A REUNIÃO DE JOSÉ MARIA ALHO, BENÉ SIQUEIRA E SEUS CONVIDADOS. IMPERDÍVEL!

Por: Eduardo Fonseca

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