Jatene não quer população contaminada pela escolha plebiscitária‏

Governador Simão Jatene

Contaminação, no seu mais simples significado, é a transmissão de uma doença contagiosa ou vício, algo impuro do qual se quer distância. Esta palavra norteia o pensamento do governador Simão Jatene, sobre a aprovação do Plebiscito do Tapajós e Carajás. Está disponível para quem quiser ler, a matéria da Agência Pará. A contextualização está colocada ipsis litteris: O Governador também não admite que o plebiscito esteja associado a qualquer tipo de processo eleitoral, para que esse expediente não seja contaminado por outros interesses.

Outra expressão que não é usual em governos democráticos é não admitir, sobre algo, que não lhe compete. O processo eleitoral é um recurso cheio de falhas, mas é o único menos nocivo à democracia. Afinal de que contaminação o Governador está falando?

 Se for pelo direito que nos foi outorgado, para em processo livre e democrático, decidirmos sobre o que entendemos ser melhor para nós, então, queremos sim, Governador, ser contaminados e até inebriados, pela sensação de poder vislumbrar dias melhores.

A nota coloca em destaque aquilo que parece ser uma preocupação: “A população deve ter total clareza do que vai escolher e suas reais consequências”. Por um “lapso de memória”, Jatene esquece que a consulta plebiscitária não vai ter versão unilateral.

Haverá sim e muita gente durante a campanha, colocando argumentos contrários ao processo de emancipação política. Que venham, mas com a rejeição ao atual modelo de gestão pública, centralizada na capital, estaremos livres dessa contaminação.

O Governador subestima com a sua pretensa preocupação o raciocínio da população do Oeste do Pará. Será que não tivemos discernimento ao darmos ao nobre Simão Jatene valiosos 90 mil votos na última eleição para Governador? Lembra, Governador, que na eleição anterior o senhor foi rejeitado, pelo fato dos eleitores santarenos aliarem a sua imagem à do então governador Almir Gabriel?

Naquela ocasião, a população estava certa, mais do que o senhor que, só depois nos deu razão, portanto, a sua verdade não é absoluta. Deixe o povo decidir e demonstre seu “espírito democrático de homem público”. Então, deixe a população ser protagonista e não adjuvante, se de fato, é isso que pensa.

Pra quem quiser ler, segue a íntegra da matéria da Agência Pará, de onde retiramos expressões literais que respaldaram este comentário:

Da Agência Pará:

O governador Simão Jatene acompanha com o máximo interesse os desdobramentos da proposta de desmembramento do Pará, para criação dos Estados de Carajás e Tapajós.

Nesta quinta-feira [ontem, 5], a Câmara Federal aprovou a realização dos plebiscitos que, por lei, devem anteceder a possível criação das novas unidades da Federação.

Simão Jatene é totalmente favorável ao recurso do plebiscito, mas adverte que a consulta à população, por si só, não encerra o assunto e nem contempla o processo democrático de forma integral

Para o Governador, deve ser feita uma ampla campanha, destinada a esclarecer a população sobre as ameaças e oportunidades da divisão do Estado.

“A população deve ter total clareza do que vai escolher e suas reais consequências”, ressalta Simão Jatene.

O Governador também não admite que o plebiscito esteja associado a qualquer tipo de processo eleitoral, para que esse expediente não seja contaminado por outros interesses.

No caso de Carajás, será promulgado um decreto legislativo e o plebiscito terá de ser feito no prazo de seis meses.

O projeto que prevê um plebiscito sobre a criação do Estado do Tapajós ainda voltará ao Senado. Neste tempo, acredita o governador Simão Jatene, é necessário um esforço pelo esclarecimento das populações envolvidas acerca dos benefícios ou prejuízos que podem advir deste processo.

“A população deve ser protagonista, e não coadjuvante diante de uma decisão desse porte. Para isso, precisa ser devidamente informada sobre todos os ângulos possíveis”, reitera Simão Jatene.

Por: Carlos Cruz

Um comentário em “Jatene não quer população contaminada pela escolha plebiscitária‏

  • 26 de maio de 2011 em 09:05
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    Noticia de ultima hora acabei de ler:”Não mataram bin laden,ele mesmo se matou,porque descobriu que aqui em santarem tinha uma pessoa que destruia cidade sem usar bomba”.Quem sera esssa pessoa??????

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  • 9 de maio de 2011 em 21:23
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    essa eh a chance que agente tem de fazer diferente,adapta santarem,e comeca um processo de dar infraestrutura apartir das cidades de interior.

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  • 8 de maio de 2011 em 18:58
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    Tapajós Sim! Santarém como capital Não! uma nova cidade deverá ser planejada, Santarém não tem infraestrutura nem para os 300 mil habitantes que vivem nela, transito ruim ruas nem da pra dizer que tem, esgoto, acessibilidade, tudo carente! se vierem com esse advento mais 300 mil habitantes de migração, há estrutura pra isso?

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    • 9 de maio de 2011 em 21:20
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      respeito seu ponto de vista,mas,vou dar o meu tambem.se pegar esse dinheiro da nova capital(que por sinal eh muito dinheiro)investir ele nas cidades do interior do novo estado daria bem mais resultados.porq se hoje as capitais sao cheias de favelas eh exatamente por q a maioria dos recursos sao sempre investidos na capital enquanto se sucateia o interior.

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  • 8 de maio de 2011 em 10:54
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    A divisão territórial do Pará com toda certeza é importante para o próprio pará,para o baixo amazonas e pro brasil.Um estado novo poderá sim impulsionar o desenvolvimento desta região que com toda certeza precisa de investimentos significativos para poder melhorar as condições de vida de sua população que em relação ao estado e brasil vivem em condições de vida baixissimos em relação ao seu IDH em alguns casos sendo comparado a países da africa pobre,pois sabemos que tem uma parte da africa que é rica e bem estruturada.Sabemos tb que há neste estado cidades muito bem estruturas.Além do mais o estado é gigsnte em território sua divisão em termos territórias só irá contribuir para uma melhor administração e investimentos a nivel federal e com a emancipação da região a condição de estado não representará ao meu ver nem uma perda ao pará pelo contrário vejo que o novo estado irá beneficiar a Amazônia diretamente Manaus e Belém que nos proximos anos apos a criação do estado deverão fornecer todos os recursos materiais e tecnologicos para o novo estado.Que vai haver perda de dominio politico não temos nem uma dúvida,pois os grandes caciques não estão preocupados com o povo desta região e sim em manter seu poder politico e talvez até oligárquico na região.A luta pelo novo estado esta travada de um lado os defensores do controle do “Estado do Pará “-seu patrimônio de outro os que querer ser o pai da criança para continuarem usando a máquina em beneficio próprio.O povo só assina as vezes nem sabe o que esta assinando.assinou oq ja foi decidido pelo pequeno grupo que adora manobrar e validar suas propostas dizendo que é do povo.Agora estão tentando conduzir como monárquia o processo o rei esta sendo coroado,so que nem os paises do outro lado do mundo que viveram sob regime de ditaduras a séculos não estão mais aceitando este regime.Obrigado a todos os caciques pelo empenho em criar o estado do tapajós.Mais vcs não estão fazendo mais do que suas obrigações foi por isso que foram eleitos e nos pagamos muito bem a vcs é pra lutarem em prol das nossas causas.Mais quem vai ser nossos novos representantes isso é nós que vamos decidir,com certeza será pessoas abertas ao diálogo e que queiram lutam pelos mais carentes e não enriquecer as nossas custas.Estamos de olho!

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  • 7 de maio de 2011 em 17:59
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    o Jader( quando vem pedir voto aqui diz que é a favor , mas não faz nada e na verdade é contra) , o Almir e a Ana Julia do PT foram contra . Acredito que o atual governador está sendo é muito transparente e coerente . Reflitam…

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  • 7 de maio de 2011 em 10:50
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    afinal,tem muito politico da regiao q nao fez merda nenhuma pela gente.

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  • 7 de maio de 2011 em 10:47
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    bem,a velha desculpa de q o poder vai ficar proximo ao povo eh pura ficcao.pra que o novo estado dee certo,eh preciso antes de mais nada que a populacao nao dee seus votos a velhos conhecidos de falcatruas,na hora de escolher governado,senadores,deputados e por ai vai.por q de nada vai adiantar um estado novo,com um bando de politiqueiros velhos.nao falo de idade.

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  • 7 de maio de 2011 em 08:57
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    SANTARÉM CAPITAL JÁ ……….. PRA ACABAR COM OS BURACOS E PRA NÃO TER MAIS POLITICOS RICOS E SIM MILIONÁRIOS …..HEHEHEHE,

    SANTARÉM -JAPÃO

    PARA PREFEITO VOTE
    OZAMA BILADEN Nº00

    PARA UMA CIDADE MELHOR NÃO ESQUEÇA NAS PROXIMAS ELEIÇÕES VOTE NUM POLITICO QUE ACABE A CIDADE COM BOMBAS , E NÃO EM POLITICOS QUE MANDA REFORMAR CASAS E ETC …

    SE FOR PRA ACABAR A CIDADE QUE INVISTA EM ALGO TIPO BOMBA ATOMICA . TANQUE DE GUERRAS E ETC ……..

    NÃO ESQUEÇÃ SE OZAMA RESSUCITAR VOTE EM OZAMA…….

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