Odair Corrêa: “Fui ameaçado de prisão por defender Novo Estado”

Odair Corrêa foi impedido por lei de lutar pelo Estado do Tapajós

O ex-vice-governador Odair Corrêa fez questão de falar com exclusividade ao jornal O Impacto. No perfil traçado, o ex vice  esclarece: “ o projeto pelo Estado do Tapajós começou há 156 anos, na época em que o sonho era instalar a Província do Tapajós”, lembrou. Odair Corrêa afasta fantasmas ou temores de que o povo da capital, Belém, seja contra a criação do Novo Estado. “O povo não, mas parte das elites, sim, citando Associação Comercial do Pará e outros. Cita a imprensa do Sul e Sudeste do País como principal articuladora contra a Emancipação e afirma que não está morto politicamente. “Nós estamos trabalhando”, é o que ele fala.

Perguntado se tem pretensões de ser o primeiro Governador do Novo Estado do Tapajós, Odair Corrêa disse que não. “O que nós queremos é trabalhar para que haja finalmente a instalação do Novo Estado. Eu quero ser um braço em Belém do Movimento para que nós possamos convencer aquela região de que o Novo Estado é preponderante para o desenvolvimento da nossa região do Baixo Amazonas”, citou.

Seguranças demais? – Com relação ao uso de seguranças quando era vice-Governador, Odair Corrêa falou que isso é normal quando se assume um cargo desse. “Da mesma forma como o Helenilson Pontes (atual vice-Governador) tem seus seguranças hoje, eu também tinha os meus. É bom ressaltar, que Santarém nunca teve um vice-Governador, foi a primeira vez em toda sua história, que um município do Baixo Amazonas teve um vice-Governador, então, eu quero dizer que ter seguranças é um ato institucional, não tem jeito e não poderia ser diferente. Onde quer que eu tenha andado neste País, eu tinha que ter seguranças, carros, tudo. Até porque eles são obrigados a isso. Por exemplo, quando fomos participar de um Movimento no Amapá, na volta, o nosso carro sofreu um atentado de bandidos que queriam roubar o veículo, felizmente eu não estava. Por essas razões é que a segurança é necessária. Governador, vice-Governador, todos tem que ter segurança.Ele cita um incidente que aconteceu, por não seguir as regras de segurança: “na época em que eu era vice-Governador, eu fui para o Ceará onde passei uma semana descansando, mas não avisei ninguém; isso deu um problema na segurança que você nem imagina! Quase dá prisão para os seguranças”, declarou Odair.

O ex-vice-Governador informou que quando estava no governo realizou algumas obras que beneficiaram Santarém e região. “E devo lhe dizer que gostaria de fazer muito mais do que fiz, porém, a população do Baixo Amazonas e de Santarém deve entender que eu era o vice-Governador. Ou seja, a caneta não estava na minha mão, só de vez em quando é que eu tinha essa oportunidade de ser o governante do Estado, substituindo a governadora Ana Júlia. Apesar disso, nós conseguimos fazer um bom trabalho pela nossa região. Por exemplo, o Cred Pará, que foi uma instituição que nós assumimos em Belém, como coordenador político, aplicamos 54 milhões de reais em 80 municípios do Estado, sendo mais de 15 milhões que foram aplicados aqui em Santarém e na região do Baixo Amazonas, recursos que foram dados nas mãos de pequenos empreendedores; outro investimento foi a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), o professor Seixas Lourenço, que é o reitor atual, pode confirmar isso. Eu disponibilizei na época uma sala em meu gabinete, em Belém, para que a Universidade pudesse interagir com a Universidade Federal e com Brasília; estive várias vezes em Brasília com o então ministro da educação Fernando Haddad, para ajudar a construir o que hoje é uma realidade, que é a Ufopa; taí o Aeroporto, na época eu trouxe a Santarém o presidente da Infraero e aqui assinamos o projeto de construção e viabilização do Novo Aeroporto. No final do mês de junho, provavelmente começa a ampliação do atual terminal de passageiros e, se Deus quiser, no ano que vem, começa a construção de um novo Terminal, que vai demandar cerca de 150 milhões de reais, que é uma obra que está inclusa no PAC, e que fomos nós que incluímos, no PAC I e no PAC II. A Rodovia Curuá-Una, onde eu estive quase uma dezena de vezes para acompanhar as obras de asfaltamento; estive na Rodovia BR 163, que leva a Mojuí dos Campos. Não concluímos a obra do lado da Rodovia que liga Mojuí a Curuá-Una por falta de recursos, ou seja, trabalhamos no sentido de viabilizar projetos, como o Bolsa-Trabalho, que chegou a Santarém; o Hospital Municipal de Santarém, quando nós influenciamos a Governadora a liberar recursos, e o Hospital está funcionando, graças a Deus. O Hospital Regional, que inclusive nós acompanhamos por muito tempo a questão da instalação da Radioterapia. Quer dizer, nestas coisas todas o vice-Governador sempre esteve presente, como estive presente sempre no município de Santarém. Fiz questão de fazer estas afirmações para que as pessoas tenham essa percepção das atitudes do vice-governador Odair Corrêa em relação a Santarém. Não virei a costa para minha terra, pelo contrário, sempre interagi no sentido de colaborar com a nossa região”, informou.

Odair foi mais além e falou das ameaças que sofreu. “No início dessa história toda, quando eu assumi no governo do Estado, através da Legislação Estadual, como vice-Governador, eu me propus a manter a integridade territorial do estado do Pará, mesmo assim eu tentei passar por cima dessa Lei e fui ao Amazonas querer defender essa bandeira de criação do Novo Estado, isso no início. Aconteceu que quiseram me cassar, me prender, a Câmara Municipal de Belém quis propor o título de persona non grata para mim. Então, eu fui praticamente obrigado a parar, não que eu tivesse me tornado contra o Movimento, mas fui obrigado a dar uma parada na militância apenas. Tanto é que mesmo não estando na militância, o vice-governador Odair Corrêa ajudou o presidente da Comissão, professor Edvaldo Bernardo. É só perguntar para ele”, disse Odair.

A favor do Novo Estado – Odair falou ao jornal O Impacto das muitas pressões que sofreu, por defender o Novo Estado: “Quando eu entrei no governo, em 2007, eu autorizei que fosse feito um levantamento técnico para ver se haveria possibilidade da vice-Governadoria interagir com o governo do Estado e o que resultou disso; água para as cidades, a educação e a questão do minério. Então, quando saiu o resultado no levantamento que foi feito, eu propus a criação da Secretaria de Mineração, Metalúrgica e Recursos Hídricos do Estado do Pará, porque o Pará hoje remete mais de dois bilhões de toneladas de minérios daqui da região e de todo o Estado para o Brasil e para o mundo e não é recompensado devidamente por isso. Então, é necessário que se crie uma Secretaria de Mineração. O Amazonas não tem minério, mas possui uma Secretaria dessas, e o Pará com todo o minério que possui, não tem absolutamente nada, bem como não sabe o que sai de minério daqui do Pará, porque toda Lei é federal. Não temos uma Lei específica para o Estado, com relação à questão mineral”, citou enfático.

Considerações sobre o Novo Estado – “Em minha opinião, o Movimento Pró-Estado do Tapajós não pode deixar de observar os pilares que foram construídos em 156 anos. O Movimento pelo Estado do Tapajós não começou ontem, nós somos apenas partícipes da história”, disse o ex-vice-Governador. “Eu com minha equipe, há 23 anos, porque em quatro anos no governo não pude interagir, fiquei quieto, fui obrigado a parar. Criamos todos os pilares, se não fosse isso, o Movimento não teria este andamento que hoje tem, Graças a Deus. Mas é preciso a gente lembrar de Darivaldo Coimbra; de Hélcio Amaral; do saudoso Nelson Machado; da saudosa Laurendilma Silva, que faleceu com o livro de Atas do Comitê na mão; do advogado Tito Viana; do sindicalista Chico Caroço, que acompanhado de mais sindicalistas, criou conosco a Frente Popular, que depois de tantos anos conseguiu passar o projeto de Plebiscito na Câmara Federal; professora Zilma Colares e outros. Então, nós temos que fazer justiça e lembrar desses nomes, e tem muito mais gente. É bom que nós estejamos todos juntos, deputados federais, prefeitos, porque estamos na fase final de aprovação no Senado Federal. Temos que atentar para estas questões e procurar saber o que foi feito no passado e agora, como é o caso do professor Edvaldo Bernardo e outros”, informou.

Apoio para realização do Plebiscito – Odair lembra que ajudou aos organizadores: “O professor Edvaldo Bernardo pode confirmar isso. Quer dizer, eu sendo vice-Governador sempre estive presente, sempre sendo um batalhador pelo Estado do Tapajós, mesmo sem poder aparecer”, disse.

Prefeitura de Santarém em 2012 – Ele responde: “Continuo trabalhando e não estou morto politicamente. Não vou dizer dessa água não beberei, mas primeiramente temos que trabalhar esta questão, que é o Novo Estado. Quanto a mim, devo ser nomeado para a Superintendência Regional do Trabalho no Estado e provavelmente faremos um trabalho nestes próximos anos nesse sentido e ajudar no que for possível nesta questão do Estado. Não passa pela minha cabeça ser Prefeito de Santarém, pelo menos no momento”, finalizou.

Por: Carlos Cruz

Um comentário em “Odair Corrêa: “Fui ameaçado de prisão por defender Novo Estado”

  • 7 de junho de 2011 em 08:45
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    Pensava que ele não iria lembrar da minha mãe Lauredilma do Carmo da Silva Sousa, que sim, morreu em um acidente de transito indo pra uma das reuniões na casa de Cultura.
    A Luta dela e de toda a equipe que batalham pela criançao do Estado do Tapajós não será em vão!!!

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  • 7 de junho de 2011 em 08:44
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    Pensava que ele não iria lembrar da minha mãe Lauredilma do Carmo da Silva Sousa, que sim, morreu em um acidente de transito indo pra uma das reuniões na casa de Cultura.
    A Luta dela e de toda a equipe que batalham pea criançao do Estado do Tapajós não será em vão…

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  • 6 de junho de 2011 em 18:56
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    Foi esse governo quie este cidadão era vice, que me deixou 2 anos esperando minha aposentadoria, apos trabalha 30 anos, pelo estado do para; só tenho um prazer, com meu voto tirei ana e coloquei jatene!!

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  • 6 de junho de 2011 em 02:36
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    Este imprestavel ocupou o segundo maior cargo do Estado (vice-Governador) e não passou de um filiado do PDT, que moral tu tem canalha?

    Se tu tivesse um pingo de moral tu tinha ocupado o cargo de Presidente do PDT de Santarém, e não ficar calado enquanto o OSMANDO te esculhanbava para todo mundo ouvir.

    Tu é frouxo, sem moral, sem carater, sem voto e sem vergonha…

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  • 6 de junho de 2011 em 02:32
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    Eita caboquinho mentiroso, frouxo e covarde este idigitado!

    Tu afrouxou mesmo canalha sem vergonha!

    Te acostomou com o poder e calou a boca!

    Se tu tivesse sido cassado ou mesmo ameaçado ser cassado por defeder o Estado do Tapajós, com certeza tu teria votos para se eleger Deputado Federal, mas não tu se acovardou agora que dar uma de vitima, vitima de que de tua fraquesa é?

    Te manca e cuidado se não o OSMANDO FIGUEIREDO de da uma pisa, só pq tu fica dizendo que vai ocupar o cargo do PDT no Pará.

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  • 5 de junho de 2011 em 06:21
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    Votei neste homem,porque ele lutava por essa bandeira,não fez nada por nós durante esta em seu precioso cargo e ainda vem dizer que que foi ameçado de ser preso,conta outra que essa vc não engana mais.Como disseram anteriormente,o sr.não será eleito nem pra porteiromuito menos pra prefeito.Toma vergonha nessa cara

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  • 4 de junho de 2011 em 14:02
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    Esse sujeito perdeu uma grande oportunidade, e preferiu ser um “pop star”, com seu inúmeros seguranças para si e seus familiares. Que vergonha seu Odair. Seus filhos quando iam ao glutão lanchar, iam vários seguranças.
    Vim num vôo com o Helenilson e ele vinha com uma mochila nas costas e sem nenhum segurança.
    Você simplesmente usou, ou melhor, mamou nas tetas do governo para fins pessoais e de seus amigos. Você nomeou seus amigos para cargos políticos, quando tinham pessoas mais competentes para tal.
    Santarém não teve nada seu. Concursados de Santarém não tiveram o mínimo de apoio seu para ter sua nomeação.
    Zero à esquerda é pouco para definí-lo.
    Só queria saber quanto você teve que pagar pra sair resportagem sua. Que me desculpe o Impacto que é um jornal sério e tem direito a fazer suas matérias, mas falar de defunto na política. E por mim, defunto você vai continuar, devidamente abraçado com a Ana Júlia.

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  • 3 de junho de 2011 em 21:29
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    Eis mais uma prova de que a ganancia politica não ta nem ai para o povo, quando eleito eles valorizam o cargo que seus projetos em proal ao povo. Parabens vice me provaste que não mereces meu voto. POR FAVOR ALGUEM DIGNO E HONRADO PARA SER CANDIDATO A PREFEITO, POIS ATUALMENTE DESCONHEÇO NOMES.

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  • 3 de junho de 2011 em 19:33
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    Eita caboclo sem caráter!!!Medo de ser preso é…galinha velha…conta outra!!!

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  • 3 de junho de 2011 em 09:42
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    Odair, francamente……passa oleo de peroba amigo nessa cara, nem pra presidente de bairro voce devida ser eleito mais.

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  • 3 de junho de 2011 em 09:34
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    Cruz credo,tadinho do ex vice-governador,agora vem dando uma de coitadinho,cria vergonha nessa cara,vai chorar no colo da ex governadora,volte a ninho da corrupção,pra mim voce não é escolhido nem pra porteiro de estabulo.Agora vem dizer que foi impedido,Santarenos e Região,fiquem de olho nesse lobo mau,ele ta fantasiado de carnerinho.

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  • 3 de junho de 2011 em 08:47
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    Isso é uma vergonha, este vice governador cara de pau, mal carater agora querer fazer algo por Santarém, povo vamos botar este mal carater pra correr.

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    • 3 de junho de 2011 em 14:54
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      esse cidadão ex-vice, vem cara-de-paumente se queixar na impressa!!

      plaina,lixa, selador e muito óleo de peroba pra essa cara de madeira!!!

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  • 2 de junho de 2011 em 19:50
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    Tu nunca vai ser prefeito de Santarém, mto menos Governador do Tapajós…na política tu só ocupa cargo se for indicação de algum político no mínimo safado, que é tua laia!

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  • 2 de junho de 2011 em 19:47
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    Esse ai é mto cara de pau…falar que era impedido por lei…se fosse favorável e homem de palavra ficaria calado quando perguntado e não falava contra…imbecil…

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  • 2 de junho de 2011 em 19:04
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    O nosso ex-vice-governador teve uma chance de ouro de marcar seu nome na historia da região.
    Ele e´responsavel responsavel por aquilo que plantou.
    E o Helenilson Pontes , quando encontro com ele , se tem segurança, está a paisano.

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