Von: “Santarém está sem rumo e sem planejamento”

Alexandre Von faz uma abordagem sobre a atual situação de Santarém e Região

Santarém tem um governo “sem rumo e sem planejamento”. Esta é a opinião do deputado estadual Alexandre Von. Em entrevista ao jornal O IMPACTO, ele faz uma abordagem geral sobre as maiores demandas, a falta de investimentos  que no seu entendimento, “são oferecidos num nível bem abaixo do que merece a nossa população”. Para Alexandre, “o péssimo atendimento oferecido no Hospital Municipal e o lamentável estado de conservação das ruas dão a medida exata do descontentamento do cidadão com a gestão municipal”. O Deputado também falou sobre sucessão e alianças colocando seu nome à disposição do seu partido, para disputar a Prefeitura, nas próximas eleições. “Mais importante do que alianças partidárias, será buscarmos alianças em torno de um projeto coletivo de desenvolvimento local e regional sustentável para nossa população” avalia. Alexandre Von destacou que “no  campo da gestão, é necessário reduzir o tamanho da máquina pública, promovendo uma reestruturação administrativa completa”. E prossegue “É preciso reduzir os gastos com o custeio da atual máquina inchada para aumentar a capacidade de investimentos da Prefeitura de Santarém. É preciso, também, eliminar os desperdícios, combater o desvio de recursos e qualificar a gestão municipal”, finaliza. Veja a entrevista:

Jornal O Impacto: Do que Santarém mais precisa hoje?

Alexandre Von: De uma gestão que conduza com zelo e responsabilidade as questões que envolvem o interesse da população. Isso vale, por exemplo, para as áreas da saúde, da infra-estrutura urbana e rural e do apoio ao setor produtivo local.

Jornal O Impacto: O Senhor é pré-candidato a Prefeito na coligação PSDB/DEM, para as eleições de 2012?

Alexandre Von: Essa é uma questão que terá que ser resolvida pelo meu partido e pelos demais partidos que estiverem conosco, quando da realização das convenções municipais em junho de 2012. Meu nome sempre estará à disposição do PSDB para qualquer missão.

Jornal O Impacto: Qual sua avaliação do governo Maria II?

Alexandre Von: Vejo que é um governo sem rumo e sem planejamento. Se olharmos as obras do PAC, que são recursos do Governo Federal, verificamos o não cumprimento dos prazos e o uso absurdamente elevado de recursos em relação às obras efetivamente realizadas. Se olharmos os investimentos públicos com recursos próprios do Município, estes são inexpressivos. Os serviços públicos, de um modo geral, são oferecidos num nível bem abaixo do que merece nossa população.

Jornal O Impacto: O “desempenho” da Prefeita de alguma forma, lhe favorece?

Alexandre Von: Eu não analiso essa questão pela ótica pessoal ou partidária. O desempenho do governo local tem que ser satisfatório na visão da sociedade santarena. O que fica claro é que, pelos altos índices de rejeição ao governo, seu desempenho está longe de ser satisfatório. O péssimo atendimento oferecido no Hospital Municipal e o lamentável estado de conservação das ruas dão a medida exata do descontentamento do cidadão com a gestão municipal.

Jornal O Impacto: A coligação PSDB/DEM está aberta para ampliar da coalisão, mesmo com seguimento que até então estavam na base de sustentação da atual administração?

Alexandre Von: Como eu falei anteriormente, esse é um assunto que nós iremos tratar por ocasião das convenções municipais, em junho do próximo ano. Obviamente, nós buscaremos ampliar e fortalecer ao máximo as alianças políticas visando as eleições municipais. Mais importante do que alianças partidárias, será buscarmos alianças em torno de um projeto coletivo de desenvolvimento local e regional sustentável para nossa população.

Jornal O Impacto: O Senhor já iniciou algum contato político, inclusive com representações que se apresentam como 3a via?

Alexandre Von: Eu não me furto ao contato político com nenhum grupo ou partido. Tenho conversado com lideranças políticas de todas as tendências e não vou deixar de manter esse comportamento. O diálogo é o melhor caminho pra superarmos nossas diferenças e abraçarmos projetos comuns.

Jornal O Impacto: Qual seria o seu primeiro ato, caso assumisse a administração do Município, em 1º de janeiro de 2013?.

Alexandre Von: Primeiro é preciso passar no crivo do eleitor. Qualquer que seja o próximo prefeito de Santarém, assumirá o governo municipal com legitimidade para promover as grandes mudanças que os santarenos necessitam. No campo da gestão, é necessário reduzir o tamanho da máquina pública, promovendo uma reestruturação administrativa completa. É preciso reduzir os gastos com o custeio da atual máquina inchada para aumentar a capacidade de investimentos da Prefeitura municipal de Santarém. É preciso, também, eliminar os desperdícios, combater o desvio de recursos e qualificar a gestão municipal, para que se tenha uma máquina pública enxuta e eficiente para responder às grandes demandas da população. Sem essas medidas, a gestão será incapaz de enfrentar com sucesso os graves problemas que temos pela frente.

Jornal O Impacto: Sua posição já foi definida em relação ao Estado do Tapajós, mas o governo Simão Jatene têm em um Secretario, que se apresenta como um dos maiores inimigos desta região. Até que ponto estando no mesmo partido, isso seria prejudicial para a sua carreira política?

Alexandre Von: Um partido político é composto por pessoas que, não necessariamente, tenham as mesmas idéias ou defendam as mesmas teses. Sou radicalmente a favor da criação do Estado do Tapajós, não por ser contra o Pará, mas por entender que o desmembramento do Pará proporcionará maiores oportunidades, mecanismos e instrumentos para a promoção do desenvolvimento regional do Tapajós e do Carajás. A bancada parlamentar paraense do PSDB no Congresso Nacional, a exceção do deputado Zenaldo Coutinho, votou a favor dos dois plebiscitos. Nos demais partidos políticos, encontraremos o mesmo cenário: lideranças políticas a favor e contrárias à divisão do Pará. O importante é defendermos a tese de que a emancipação do Tapajós e do Carajás também é benéfica para o Pará remanescente, que, com um território e uma população menor, poderá assistir melhor os paraenses. Ganharemos todos.

Jornal O Impacto: O que Santarém pode esperar do segundo mandato do governador Simão Jatene?

Alexandre Von: Na Agenda Mínima que o Governador lançou recentemente, contendo os compromissos de investimentos públicos em seu Governo, entendo que Santarém e a região estão bem contempladas. Senão vejamos: ampliação dos investimentos em saneamento básico, pavimentação de rodovias, construção de um ginásio poliesportivo, conclusão do Estádio Colosso do Tapajós, construção do Centro de Convenções e Eventos, construção e instalação da Escola Estadual de Ensino Tecnológico (em andamento), além da construção do Hospital Regional do Tapajós, com sede em Itaituba. Esses são investimentos públicos sociais e estruturantes da maior importância para contribuir no esforço de desenvolvimento sócio-econômico de Santarém e da nossa Região.

Jornal O Impacto: Santarém tem jeito?

Alexandre Von: Com absoluta certeza, sim. Se eu não acreditasse nessa afirmação, já teria desistido da política. Nosso grande desafio está em aprendermos a separar os nossos interesses individuais dos interesses coletivos de nossa população, fortalecendo a nossa união na hora de lutarmos por benefícios e conquistas locais e regionais. As disputas partidárias devem ficar restritas ao período eleitoral. Santarém é bem maior que os nossos interesses e os nossos partidos.

Jornal O Impacto: O jornal O IMPACTO abre espaço para suas opiniões finais.

Alexandre Von: Quero agradecer a oportunidade que mais uma vez o jornal O Impacto me proporciona, parabenizando por sua postura democrática e de defesa dos valores e das bandeiras relacionadas aos interesses da nossa população.

Por: Carlos Cruz

Um comentário em “Von: “Santarém está sem rumo e sem planejamento”

  • 27 de outubro de 2011 em 12:32
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    Meu nobre José Maria, a população esquece sim!!! Lembra do Lira Maia aquele com uma pilha de processos nas costas.Lembra? Então, ele tambem como prefeito governou essa cidade…e no entanto foi eleito DEPUTADO FEDERAL e com um número de voto expressivo de Santarém.
    .

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  • 9 de julho de 2011 em 20:23
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    Se o deputado não tem coragem de falar a verdade quanto administração da Mariaquistão, como tem coragem de ser prefeito de Santarém. Na entrevista era a hora de detonar como a pessima administração. Voto em Erick

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  • 8 de julho de 2011 em 22:16
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    O Deputado foi omisso em sua entrevista. Não falou nada da Maria. Parece que tem medo do Everaldo. Deputado voto no senhor,porém, acho que faltou pimenta na entrevista. Siceramente não gostei da entrevista

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  • 8 de julho de 2011 em 19:35
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    Por Favor qualquer um para prefeito de Santarém menos a turma do PT(osmando, inácio, everaldo,etc…) que é adepta da política do PÃO E CIRCO.

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  • 8 de julho de 2011 em 14:23
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    Bem colocadas a palavras do Emanuel Bentes. Em Santarém, se existe membros do instituto sem condições para operar. Deveria,convocar os proprietarios dos órgãos de comunicação para eles divulgarem mais. Convocam pessoas da imprensa sem credibilidade, não vai favorecer em nada.

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  • 8 de julho de 2011 em 11:13
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    Se o Pará fosse dividido em
    4 estados, Pará, Tapajós, Carajás e Calha Norte a região Amazônica teria muito mais representatividade na Câmara Federal e no Senado. A bancada Amazônica teria mais poder e poderia desenvolver a região como um todo. A Amazônia teria mais representatividade no cenário nacional acabando com a hegemonia do eixo São Paulo e Rio de Janeiro.

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  • 8 de julho de 2011 em 10:08
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    Essa prefeita, perdeu a vergonha a muito tempo, sou morador da Magalhaes Barata, entre a João XIII e Quixadá, nesse trecho só tem buracos, essa administração desviou o recurso que o Governo Federal destinou para essa obra. Lembre-se dona Maria a população não vai esquecer a sua péssima administração.

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  • 8 de julho de 2011 em 10:01
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    Estas mesquinharias de nosso oeste que dificultarão e embaraçam a unificação das forças politicas para o grande embate do momento, que é o plebiscito pela criação do Estado do Tapajós. Na capital estas questões do tipo que o deputado levanta estao sendo secundarizadas,tanto assim que vejo aqui na capital todos juntos PSOL,PSDB,O LIBERAL, DIARIO DO PARÁ, OS CHAMADOS INTELECTUAIS e formadores de opiniAO,todos com profundas divergencias ideologicas, mas estão relevando os debates e deixando para depois, em 2012 e todos reunindo, se articulando, formando discurso unico e comites contra o nosso ESTADO DO TAPAJOS, enquanto por Santarém, principal cidade, as discussões são estas,e outras do tipo onde será a capital do Tapajos, quem será o Prefeito de Santarém.Ora, isto é secundario no atual momento.Enquanto isto, nesta Belém, ocorrem os debates sobre a divisão do Estado do Pará, formação de frente pela manutenção da integridade territorial do Para e os nossos lideres nossos dai não aparecem, deixam campo aberto contra nós,que debatem o tipo ora exposto pelo parlamentar, mesmo que haja necessidade de uma organização de Santarém.

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  • 8 de julho de 2011 em 09:01
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    Deputado, paz e amor so o Lula. Você deve colocar pra fora as mazelas da administração da Maria do Carmo. Medo ou quer ficar em cima do muro.

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  • 8 de julho de 2011 em 08:42
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    Por que o deputado se cala diante das mazelas da administração da mariaquistão?

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  • 8 de julho de 2011 em 08:27
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    acho o deputado medroso. Não fala nada da pessima administração da Mariaquistão. Tem que falar a verdade, tem medo de se expor. Deputado esperamos pelo senhor contra essa administração

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  • 8 de julho de 2011 em 08:24
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    O deputado deveria sair de cima do muro e absolver a coragem do jornal O Impacto. Denunciar as mazelas da Mariaquistão.

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  • 8 de julho de 2011 em 08:19
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    essa barca esta sem leme e o timoneiro,
    estamos a deriva no mar da história

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