Informe RC

OAB-PARÁ VIROU CASO DE POLICIA

A OAB no Pará sempre foi merecedora do respeito da população e da Justiça, pela sua postura moral e ética em defesa da sociedade, mas o atual presidente da entidade, advogado Jarbas Vasconcelos, desvirtuou de outros dirigentes, não caminhou por essa estrada, deixando muito a desejar. Se indispôs com o Judiciário, governo estadual, colegas, até chegar às páginas policiais, acusado de comandar falcatrua na venda de um terreno moralmente pertencente à Sub-Secção da Ordem, na cidade de Altamira, num procedimento pontuado de irregularidades, tido como ilegal e imoral, culminando em fraude, com a falsificação da assinatura do vice-presidente da OAB no estado. Enquanto Jarbas dá desculpas em busca de culpados no crime que colocou a entidade no ralo, o caso está sendo apurado pela Corregedoria do Tribunal de Justiça e Polícia Federal. Conselheiros e advogados pregam seu afastamento ou renúncia, mas Jarbas diz não sair nem para ir ao toalete.

A CAMINHO DO NADA

Se lembram do assalto a agência do BANPARÁ, próximo de completar 2 anos (3 de agosto), de onde foram levados mais de 1 milhão de reais? Esclarecido depois de 7 meses de investigações das policias Civil e Federal, redundando na prisão de um sargento PM, acusado de ser autor intelectual, contratante dos bandidos, fornecedor das armas e dar suporte logístico aos assaltantes, por conhecer a rotina do banco para a execução do assalto? Pois é, o inquérito aberto e remetido pela Polícia à Justiça está caminhando, segundo informações à coluna, para dar em nada, contrariando o apurado pelo delegado Silvio Birro, da Civil e Dutra, da Federal, e o declarado à época pelo coronel Jairo Mafra, do CPR-I. Advogados estão tentando provar, embora contrariem provas contundentes, do sargento ser inocente. Tudo em função de um dos bandidos que repassou o dinheiro ao sargento e esposa, numa rápida viagem a Marabá, ter sido assassinado numa divisão de roubo no estado de Rondônia. Vamos ver o final.

M… NO VENTILADOR

Vamos torcer para não ocorrer, a pedra mais de mês foi cantada pelo jornalista Roberto Pompeu de Toledo, na última página da revista Veja. A eleição plebiscitária para criação do estado do Tapajós começa receber ingredientes para virar novela, idêntica a vivida pela prefeita Maria do Carmo, quando reeleita (2008) teve o mandato cassado pelo TSE e duas eleições foram marcadas e desmarcadas até a decisão final do Superior Tribunal Federal, depois de 6 meses de questionamentos jurídicos. A eleição marcada (plebiscito) para 11 de dezembro em todo o Pará pelo TSE, ganha contornos inesperados, por um dos melhores juristas “constitucionalista” do País, Dalmo de Abreu Dallari (sogro ou cunhado do senador Suplicy, do PT), que encaminhou ação no Tribunal Superior Eleitoral, pedindo que seja extensiva a toda a população brasileira, ou seja, jogaram m… no ventilador. Esta ação se rejeitada pode ir mais em frente. Resta esperar.

O CRIME COMPENSA

Impunidade no Brasil, onde criminosos apontados são pegos, presos e soltos em poucos dias “para responderem pelo crime em liberdade” acusados de desvio de dinheiro público, o delito está tão banalizado que quando a União consegue tomar, na Justiça, uma merreca do gatuno, depois (anos) de longa perlenga com juristas famosos, é motivo de festa, como ocorreu recentemente ao retornar aos cofres do governo 55 milhões de reais (bloqueados em banco há mais de 10 anos) de um total corrigido de 1 bilhão e 200 milhões de reais, desviado da construção do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo (2001) pelo ex-senador, cassado, Luis Esteves, dono da construtora e o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, o conhecido Lalau, à época presidente do TRT paulista. Conclusão: o Nicolau passou anos encarcerado, hoje, surdo e mudo, cumpre pena em prisão domiciliar, se deslocando, empurrado, em cadeira de rodas. Luís Esteves, rico, não curtiu 15 dias de cana, amigo de políticos e dono do grupo OK e do time Brasiliense, em Brasília. Pelo visto, para alguns, o crime compensa.

OBEDECE QUEM TEM JUÍZO

Depositário do segredo de empreiteiras e de políticos da base governista no Congresso, um dos responsáveis pelo assalto trazido a público pela revista Veja, a bilhões de reais desviados criminosamente da União via Ministério dos Transportes no maior escândalo de corrupção da República, agindo a soldo do parceiro, ex-ministro exonerado, senador Alfredo Nascimento “PR”, o ex-presidente do DNIT, Luís Antonio Pagot, afastado do cargo pela excelência, fanfarrão, dizia: manda quem pode, obedece quem tem juízo, insinuando ser o ministro Paulo Bernardes “PT” o mandante da confecção de aditivos nos contratos, superfaturando preço de obras do governo, para obter recursos a campanha da companheira Dilma (2010) a Presidente, atendeu as ordens do padrinho, senador Blairo Maggi (MT), previamente anunciadas pelo Senador do afilhado não ir incriminar ninguém, e diante de deputados e senadores da oposição na Câmara e Senado comeu abiu, foi só elogios, calou e ingeriu as bravatas como se nada tivesse ocorrido, se comportando de acordo ao combinado com o padrinho. No Brasil, como corrupção não passa recibo, deixa só pegadas, os criminosos certos da impunidade perdem a vergonha. A grana desviada deve ter tomado doril.

TENTOU, MAS NÃO LEVOU

O PT do Pará, ainda esquecido pela companheira Dilma, não emplacou ninguém em cargos de nenhum escalão do governo federal a não ser a Superintendência da Pesca no Estado, investigada pela Policia Federal, tida como um antro de corrupção e fábrica do Seguro Defeso a falsos pescadores artesanais. De tempo pra cá, com apoio de sua nacional, o PT nunca escondeu a intenção de emplacar o ex-federal Paulo Rocha “melhor cabeça petista no Pará”, 3º colocado em 2010 na disputa por uma cadeira nas duas vagas no Senado, também atingido pela Lei do Ficha Limpa no lugar de Jáder Barbalho, o 2º mais votado. Tendo recurso extraordinário provido pelo Supremo, Paulo Rocha pediu sua diplomação ao TRE para assumir a vaga de Senador, tirando de cena a 4ª colocada “senadora Marinor Brito”. Dia 19, o pleno do TRE, por 4 x 2, negou a pretensão de Rocha e mandou aguardar a decisão final do Supremo relacionada ao caso Jáder.  Bem que tentou, mas não levou.

BRINCANDO COM DEUS

Duas vezes 1º suplente de Deputado Estadual (2006/2010), político lutador, o vereador-pastor Reginaldo Campos “PSB”, um dos coordenadores do movimento pela criação do Estado do Tapajós, não esconde o desejo de sair candidato a Prefeito nas municipais de 2012, e existir movimento entre pastores de várias Igrejas para darem apoio a sua candidatura. Embora não torne público, o grande entrave para assumir sua pretensão tem sido a demora da prefeitura em iniciar e concluir a construção da Praça da Bíblia, promessa antiga do vereador aos evangélicos do município, para qual canalizou 3 milhões de reais em emendas parlamentares, estando 1 milhão e meio depositado numa agência da Caixa em nome da Prefeitura, mas moralmente pertencente a todas as igrejas, inclusive a católica. Prefeita, não deixe brincarem com Deus, faça a praça do Reginaldo.

PARAÍSO DOS VIVOS

O Brasil, apesar das turbulências movidas por avanços ao dinheiro público, sempre foi o País das facilidades, onde tudo ou quase é permitido, inclusive driblar leis. O grande brasileiro, político, educador, criador da Universidade de Brasília, Darcy Ribeiro “PDT”, falecido quando Senador, dizia do Senado Federal ser um paraíso, com uma vantagem, não precisava morrer para usufruir as delícias do mandato (8 anos). No regime militar, para suplantarem a oposição em número de representantes nos anos 70, os presidentes generais com apoio de civis, tipo José Sarney e do partido do governo (Arena) criaram a figura do Senador biônico (sem votos) e nomeavam um por Estado “antes eram dois”. Hoje, no Senado, dos 81 representantes (3 por Estado), a maioria dos suplentes são pais, filhos ou financiador de campanha, geralmente com ações na Justiça. Atualmente com 25% de suplentes a Casa está cheia de pecadores envolvidos em escândalos cabeludos, mas o difícil é Santo chegar lá.

A VOLTA POR CIMA

O ex-vice-governador Odair Correa “PDT”, não esconde dos mais chegados momentos vividos quando ocupava a vice-governadoria do Estado no governo da ex, Ana Júlia do PT. Todas as iniciativas em benefício de Santarém e da região, para não colher os dividendos políticos, eram boicotados, inclusive a iniciação das obras de ampliação no aeroporto Wilson Fonseca. Nos últimos 6 meses após deixar o cargo não era convidado nem pra enterro, agora as coisas devem mudar com sua indicação para ocupar a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, no Pará, por solicitação direta do Ministro do Trabalho, Carlos Lupi ao federal Giovani Queiroz, Odair volta a ser lembrado, deve receber a Medalha dos 350 anos de fundação da cidade “foi esquecido” e ser convidado para inauguração das instalações da nova casa de passageiros do aeroporto. As voltas que o mundo dá, né Odair?

SEGURANDO A FÁBRICA

Com desvios desproporcionais ao orçamento da pasta, o Ministério da Pesca convive sem conseguir extirpar “determinado pela companheira Dilma” o pagamento ilegal do Seguro Defeso (4 salários mínimo/ano) a centenas de milhares de falsos pescadores artesanais, fabricados para influenciar no processo eleitoral, como ocorreu no Pará nas eleições de 2010, quando lideranças de PT chegaram ao Legislativo de várias cidades, Assembléia e Câmara Federal, colocando o dinheiro do povo na campanha e nos bolsos de dirigentes de associações de colônia de pescadores. A Polícia Federal iniciou caça aos piratas, descobriu milhares, pelo silêncio devem ter parado. No início do mês assumiu o novo superintendente da Pesca no Estado, indicado pelos deputados Chico da Pesca “estadual” e Mariquinho Batista “federal”, bronqueados na Federal, favorecidos com votos dos falsos profissionais do anzol, sinal que no Pará a fábrica do Seguro Defeso vai continuar, ou no mínimo ficar como está.

PRECISAM EXPLICAR

Atualmente a Constituição Federal proíbe repassar recursos federais a estados que venham a ser criados para dotar a futura sede da estrutura necessária a instalação “prédios” dos órgãos indispensáveis a sua administração, o que não ocorreu com os dois últimos instalados, o Amapá e Tocantins, ambos recebendo milhões mensais para obras de infraestrutura e parte de salário de funcionários. E nós, aqui, como vamos ficar se aprovado o do Tapajós, diante desta proibição? Na edição anterior, de O Impacto, um amigo-irmão, Leonan Almeida, mostrava a preocupação dos aposentados do Estado no recebimento de seus proventos, com risco de terem de votar contra. Qual governo pagaria: do Pará ou do Tapajós? Estes tipos de questionamentos acima, os coordenadores do movimento Pró-Criação do Tapajós devem explicar a população, antes que seja tarde.

MAIS UM

Com a abertura a partir de setembro da Janela da Infidelidade permitindo portadores de mandatos a mudarem de partido, mais um vereador, Gerlande Castro “PP”, da Câmara de Santarém, deve trocar de legenda, motivo idêntico ao alegado por Maurício Correa ao deixar o PMDB, incompatibilidade e divergências com a direção partidária comandada por Luís Alberto, coordenador municipal da Defesa Civil. Transformado em noiva política “todo mundo quer”, convite não tem faltado, inclusive do PT, mas Gerlande, embora mantenha segredo, deve se abrigar no PTB, agora comandado por Sílvio Neto, titular da Cosanpa, aliado ao governo tucano no Estado.

Por: Ronaldo Campos

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