Líderes comunitários marcados para morrer em Santarém

Chiquinho do Aeroporto e Mário Gomes foram ameaçados e temem por suas vidas

Por conta da falta de segurança em determinadas áreas periféricas de Santarém, muitos dos líderes comunitários destes locais estão sofrendo na pele a dor de lutar pelo bem comum, mesmo sem apoio. Foi o caso de dois líderes comunitários, um no bairro do São José Operário e outro no bairro Aeroporto Velho. Isso mesmo! Francisco Barbosa (Chiquinho) e Mário Gomes esta semana foram alvos de ameaças de morte, sendo que Mário Gomes chegou a ser agredido na segunda-feira por um homem em um dos corredores da Câmara Municipal de Santarém.

Na manhã de segunda-feira, dia 26, Mário Gomes, líder dos comunitários do bairro São José Operário, conhecido por suas lutas em favor da não ocupação da área do Igarapé do Urumari, uma área de preservação das mais importantes do Município, foi agredido e ameaçado. “Fui ameaçado de morte e agredido fisicamente e moralmente”, disse Mário Gomes. O agressor foi Mário Ribeiro da Silva. “Ele diz que é proprietário de uma área de terras em torno do igarapé do Urumari. Ocorre que nós temos um título que prova que este terreno pertence ao município de Santarém e ele não tem nenhuma autorização para lotear, muito menos comercializar estes terrenos”, afirmou Mário Gomes. Os lotes de 10 X 30 estariam sendo vendidos a 12 mil reais, conforme declarou o comunitário.

Outra ameaçado de morte – Outro que também recebeu ameaças, desta vez via telefone, na terça-feira passada, foi Francisco Barbosa (Chiquinho), comunitário do bairro Aeroporto Velho, ele conta: “Recebi um telefonema com número desconhecido, onde a pessoa disse que eu estava fumado na mão deles, inclusive tocaram fogo em uma das casas do bairro, dizendo que era um aviso para mim”, disse Chiquinho. “Nós sabemos dos teus passos e tem certeza de que estás fumado na nossa mão”, dizia a ameaça. “A partir de agora tu sabes que és um alvo fácil para nós”, foi esta a ameaça recebida por Chiquinho.

Os dois casos foram registrados  nas Polícias Civil e Federal.

Por: Carlos cruz

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