Catamarã Rondônia zarpa e começa expedição do Guamá ao Tapajós
A escadinha da Estação das Docas – porto de Belém – foi o local escolhido para a largada da expedição “Revisitando Cultura e Biodiversidade entre o Rio e a Floresta, do Guamá ao Tapajós”, promovida pela Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio do XV Encontro Internacional IFNOPAP e V Campus Flutuante, em parceria com Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e Universidade do Estado do Pará (UEPA). A bordo do catamarã Rondônia, quase 200 professores, alunos, pesquisadores, cineastas e linguistas, seguem em direção a Santarém (Oeste) no Pará, com paradas em Monte Alegre, Óbidos, Alenquer e Oriximiná, para cumprir uma extensa programação, cujos eixos temáticos são a cultura e a biodiversidade.
Antes da partida, uma breve solenidade de abertura marcou o início da expedição. O vice-reitor da UFPA, Horácio Schneider, lembrou sua participação em uma das expedições e ressaltou a capacidade da Profa. Socorro Simões de “estabelecer redes de relações para a realização do IFNOPAP”. O diretor de Extensão da UEPA, Mário Brasil, que é santareno, lamentou não seguir com o grupo e anunciou ações da UEPA na área da saúde em Belterra. A UEPA também trouxe o quarteto de cordas, que fez uma breve apresentação musical. O diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará (FAPESPA) também esteve presente.
Conferência de abertura – Logo após a solenidade de abertura, a coordenadora do encontro, Profa. Socorro Simões, proferiu a primeira conferência do encontro, intitulada “O histórico das Expedições IFNOPAP e o programa Universidades Flutuantes”, em que fez um balanço sobre as atividades do encontro. Cerca de 31 mil pessoas já participaram das atividades do IFNOPAP nesses 15 anos de expedição, tendo sido publicados 151 artigos e 15 livros, elaborados 65 trabalhos de mestrado e doutorado e filmados quatro curtas-metragens.
Com a conferência “Os viajantes no rio Tapajós”, a Profa. Raimunda Monteiro (ICS/UFOPA) encerrou a primeira manhã da expedição. Durante pouco mais de uma hora, ela apresentou um panorama dos últimos quatrocentos anos sobre as impressões dos primeiros expedicionários que exploraram o rio Tapajós. Todos vinham financiados pelo Estado e apresentavam trabalhos científicos com o resultado das viagens. Para a pesquisadora, a bacia do Tapajós “é uma das mais importantes do interior do continente”, porém “uma das menos conhecidas”. “Esta bacia vai passar por profundas e definitivas transformações neste século e podemos não ter mais este rio da forma que herdamos da natureza”, conclui.
Durante a tarde do primeiro dia, ocorreram ainda os “Encontros de Cultura”, com a participação do Prof. José Amálio de Branco Pinheiro (USP), que discorreu sobre a cultura e a miscigenação na América Latina. Em seguida, uma das mesas-redondas mais esperadas: “Língua e Cultura: uma experiência de pesquisa como povo Assurini”, da qual participaram Ana Suely Arruda Câmara Cabral (UNB), Betty Mindlin (USP) e Carmem Junqueira (PUC/SP).
“A Amazônia de José Veríssimo”, com Antonio Dimas (USP), encerrou o primeiro dia de atividades. A programação segue nesta sexta-feira, 14, com discussões sobre arqueologia na Amazônia, com os pesquisadores Andrea Santos e Sidney Santos, ambos da UFPA.
UFOPA na expedição – Entre as diversas atividades deste segundo dia está a mesa-redonda “Características geográficas, históricas, culturais e seus reflexos na biodiversidade da região do Oeste do Pará”, que será composta pelos professores João Ricardo V. Gama (IBEF), Fátima Matos e Ednéa Nascimento (CFI) e Delma Peçanha (ICS).
Fonte: Ascom/UFOPA
Publiquem as fotos por favor! Alunos de gestão em turismo do instituto Federal de Sergipe
ESSA VIAJEM, TAMBEM DEVERIA PASSAR POR PRAINHA, POIS TAMBEM FICA NAS MARGEMS DO RIO AMAZONAS E UMA CIDADE QUE TEM UMA CULTURA E MUITA DIVERCIDADES.