Dilma diz que ‘era de prosperidade’ começou neste ano

A presidente Dilma posa para foto com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) e as atrizes Lilia Cabral e Deborah Secco na cerimônia do prêmio Brasileiros do Ano

A presidente Dilma Rousseff recebeu na noite desta terça-feira (6) o prêmio Brasileira do Ano, da revista “IstoÉ” em uma casa noturna na Zona Sul de São Paulo. No dia em que os indicadores do Produto Interno Bruto (PIB) indicaram crescimento zero no terceiro trimestre, a presidente fez um discurso otimista. “Começamos no ano de 2011 uma era de prosperidade para este país e para os brasileiros”, afirmou.

Segundo ela, o governo teve de “deliberadamente reduzir o ritmo de aceleração” da economia.

“O PIB, que nós tivemos de deliberadamente diminuir o ritmo de aceleração que nós estávamos vivendo, cresceu, apesar de todas as consequências da crise, 3,2%”, afirmou, em referência à estimativa de crescimento do PIB para 2011.

Em seu discurso, Dilma mencionou a criação de 2,2 milhões de novos empregos entre janeiro e outubro e o crescimento das exportações em taxa superior à das importações.

“Aqueles que no início deste ano previram crise cambial e que disseram que nós teríamos graves problemas diante do encolhimento do mercado internacional não foram corretos em suas previsões. Nós recebemos, até outubro, R$ 56 bilhões de investimentos diretos e indiretos. Nossas reservas externas e nossa capacidade de gerar crédito diante da crise permanecem fontes seguras. Podemos dizer que tivemos um ano em relação ao mundo muito bem sucedido”, declarou a presidente.

A presidente chegou a fazer previsões sobre 2014. “Estamos encerrando o ano com estabilidade e crescimento, mas com visão de que 2012 será necessariamente melhor do que em 2011.   […] Daqui a 2014, asseguro que muita coisa vai mudar no Brasil e vai mudar para melhor. […] Não só vamos nos livrar da extrema pobreza, mas aumentar a qualidade do serviço público prestado”, declarou.

Dilma, que recebeu o prêmio ao lado da atriz Lília Cabral, que interpreta a operária Griselda na novela “Fina Estampa”, da TV Globo, afirmou que os brasileiros não se acovardam diante de desafios.

“Acredito que é graças ao povo brasileiro, nossas qualidades, características e um pouco também graças aos nosso defeitos, que chegamos até aqui. Somos batalhadores e não somos pessoas que se acovardam diante de desafios. Dedico [o prêmio] às Griseldas e aos Griseldos deste país. Eu sei que 2011 não foi um ano fácil, para o mundo principalmente. Mas em relação ao mundo foi um ano bem melhor para o Brasil. ”

Dilma entregou a Lilia Cabral o prêmio Personalidade do Ano – Televisão. “Estou com vontade de chorar, primeiro por ter recebido esse prêmio das mãos da presidente Dilma Rousseff, a senhora que conhece as Griseldas deste país mais do que ninguém”, disse Lília.

Ministros e prefeito
O ministro da Desenvolvimento, Fernando Pimentel, recebeu o prêmio Empreeendedor do Ano no Desenvolvimento.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha entregou o prêmio Brasileiro do Ano na política ao prefeito de São Paulo e fundador do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab. Kassab agradeceu a presença, entre os convidados, do co-fundador do PSD, o vice-governador Guilherme Afif Domingos, e disse ter boa relação com Dilma.

“Partidos novos também são bem-vindos e saudáveis”, disse Kassab. “Agradeço e homenageio a presidenta Dilma que nos recebeu, sabendo que o PSD seria um partido independente de seu governo, mas ao lado de seu governo. Dedico essa homenagem à bancada federal de meu partido, aos que arriscaram seus projetos pessoais, políticos e partidários”, afirmou.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, foi escalado para entregar o prêmio Brasileiro do Ano na Cultura ao crítico literário Antonio Cândido.

Com Lula
À tarde, antes da premiação, Dilma se encontrou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no hotel Transamérica, em São Paulo. Dilma aproveitou a viagem a São Paulo para visitar o ex-presidente, que faz tratamento contra um câncer na laringe.

Ao sair do hotel, antes de Dilma, o ex-presidente evitou dar entrevista. “Ainda estou desencarnando”, brincou, em referência à declaração dele mesmo, que ao deixar a presidência disse que precisaria de um tempo para desencarnar do cargo.

Ao deixar o hotel, Dilma também evitou dar declarações. Ao ser questionada sobre a troca de ministros enquanto caminhava para o carro que a aguardava, afirmou, sem completar a frase: “Olha, eu vou…”.

Por: Roney Domingos Do G1, em São Paulo

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