Incra assina ordem de serviço para elaboração de relatórios antropológicos‏

Reunião no Incra

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) assinou ontem (13) a ordem de serviço que autoriza o início dos trabalhos para a elaboração de três relatórios antropológicos no Oeste do Pará. Serão atendidas as áreas quilombolas de Ariramba, Município de Óbidos; Moura e o território Jamary, que engloba as comunidades Curuçá, Juquirizinho, Juquiri Grande, Palhal, Erepecu/Último Quilombo e Jamary, Município de Oriximiná. Estima-se que, no total, cerca de 250 famílias residam nessas comunidades.

A primeira reunião para discutir as diretrizes e metas globais do trabalho foi realizada ontem com a presença do superintendente do Incra no Oeste do Pará, Francisco dos Santos Carneiro, de representantes da empresa contratada para elaborar os relatórios antropológicos e de uma comissão do órgão, responsável por fiscalizar a execução dos serviços.

O engenheiro agrônomo Martfran Albuquerque, membro da comissão instituída pelo Incra, informa que, em até 15 dias, a empresa contratada, Ecodimensão, tem de apresentar o primeiro produto, o projeto de pesquisa, que irá conter um cronograma de etapas e atividades de campo e escritório.

“O projeto de pesquisa deve atender as normas vigentes, como a Instrução Normativa 57 do Incra, [que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação, desintrusão, titulação e registro das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos]”, observa Albuquerque.

A comissão instituída pelo Incra, que conta com sete servidores, inclui uma antropóloga, Ana Lídia Nuar Pantoja. No período de 17 a 19 deste mês, em Óbidos e Oriximiná, ocorrerá a apresentação das equipes de trabalho, não só do Incra, mas também da empresa contratada para atuar nas comunidades que serão objeto dos relatórios antropológicos. A Ecodimensão tem quatro meses para apresentar relatórios preliminares e, em seis meses, o produto final.

Os três relatórios antropológicos em áreas quilombolas do Oeste do Pará custarão R$ 201.029,69. Além das áreas quilombolas ora atendidas com o contrato em vigência, outras cinco do Município de Santarém – Murumurutuba, Murumuru, Tiningu, Pérola do Maicá e Maria Valentina – estão com relatórios antropológicos sob análise por parte do Incra.

Como parte do processo administrativo de regularização de comunidades e territórios quilombolas, os relatórios antropológicos integram o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID), que contém informações cartográficas, fundiárias, agronômicas, ecológicas, geográficas, sócio-econômicas, históricas, etnográficas e antropológicas.

Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/Incra

2 comentários em “Incra assina ordem de serviço para elaboração de relatórios antropológicos‏

  • 15 de março de 2012 em 22:39
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    Boa noite. Gostaria de entender o motivo pelo qual o instituto contratou esses profissionais, quando há centenas de aprovados no último concurso público aguardando nomeação.
    Grata.

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    • 19 de março de 2012 em 11:05
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      Booooa pergunta.
      Acredito que sejam interesses políticos. Tipo de ontem mostrado na \”Reportagem que simulou licitações com quatro fornecedoras do governo federal\” no hospital pediátrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro

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