Família consegue liberação de corpo após oito meses de espera no Rio

Familiares do morto

O drama da família que espera há mais de oito meses para realizar o sepultamento de um parente chegou ao fim. Depois da matéria exibida pelo RJTV, na quinta-feira (29), a Justiça corrigiu as falhas no processo e o corpo de Romildo de Souza será liberado para os parentes realizarem o enterro.

Ele morreu aos 34 anos após sofrer um derrame. O corpo dele está desde 9 de julho no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.

Nesta sexta-feira (30), o irmão de Romildo, Roberto de Souza, chegou cedo ao fórum para pegar o documento com as correções. Diversos erros no processo dificultaram o sepultamento de Romildo, inclusive o nome do cemitério errado.

“Somente ontem que nós tomamos conhecimento desse problema, através da imprensa. Por nossa determinação, foi feito um aditamento ao alvará expedido anteriormente, para que o corpo seja removido para o cemitério Vila Rosali”, afirmou o juiz Luiz Henrique Oliveira Marques, da Vara de Registros Públicos, informando que os erros cometidos não foram percebidos por ninguém.

Segundo o juiz, a família deveria ter ido até o fórum, procurar a defensoria pública, e fazer a reclamação. Os parentes, no entanto, contestaram essa alegação. “Procuramos a defensoria, que funciona no 21º andar do edifício garagem. Alguém que errou não fui eu. A sucessão de erros não partiu de mim”, disse Roberto.

No início da tarde desta sexta, Roberto saiu do fórum com o alvará de aditamento com as correções devidas e a liberação do corpo de Romildo para fazer o sepultamento. Os familiares esperam fazer o sepultamento nos próximos dois ou três dias, no máximo.

Em nota, a Defensoria Pública informou ao RJTV que a família não reclamou, não informou adequadamente que o corpo de Romildo não tinha sido enterrado. A família, mais uma vez, contestou as alegações. “Estivemos aqui no dia 5 de outubro pedindo a liberação do documento para fazer o enterro”, afirmou a Rosa Souza, que ainda mostrou o cartão de acompanhamento da defensoria para provar que esteve no local.

“Vou pedir à opinião pública que faça valer os seus direitos Peço também à Justiça gratuita que trate com carinho a família que vem buscar a gratuidade para resolver o problema”, desabafou Roberto.

Fonte: G1/RJ

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