ANP diz que pode elevar mistura do álcool na gasolina de 20% para 25% a partir de abril

Magda Chambriard, diretora-geral da ANP
Magda Chambriard, diretora-geral da ANP

A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, afirmou que as indicações de safra de cana-de-açúcar são positivas. E, por isso, diz, acredita que dá para elevar de 20% para 25% a mistura do álcool na gasolina, a partir de abril.

— Acredito que sim (que dá para elevar de 20% para 25% a mistura do álcool na gasolina). As indicações da safra são positivas — disse Magda, na manhã desta quinta-feira, quando participou da solenidade da Transpetro, que inaugurou o navio Rômulo Almeida, construído pelo estaleiro Mauá.

Ao elevar a quantidade de álcool na gasolina, a Petrobras reduz sua necessidade de importar combustível. A defasagem de preço da gasolina vendida no exterior e da comercializada no país tem reduzido a geração de caixa da companhia.

Ela detalhou ainda como será o leilão para explorar gás não convencional em terra, que acontece até o fim deste ano. Segundo ela, a Bacia de Parnaíba, no Maranhão, deve ser a primeira área a ser contemplada, por já estar sendo explorada.

— Parnaiba já é uma Bacia produtora. Então, é mais rápida. As outras bacias devem demorar mais um pouco — disse.

Magda lembrou ainda que a americana Chevron já entrou com pedido de restauração de perfuração, injeção e produção. Ela explicou que a ANP está separando esses pedidos.

— Produção é uma coisa. Perfuração e injeção são outras. Está por pouco — adiantou.

A embarcação é o quarto navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) e consumiu investimentos de R$188 milhões e conta com um índice de conteúdo local de 72%, sendo 70% no Rio de Janeiro.

Transpetro comunica estaleiro por atraso

Sergio Machado, presidente da Transpetro, ressaltou que está comunicando hoje o estaleiro Mauá sobre o atraso na entrega do navio Rômulo Almeida, cuja construção deveria ter sido finalizada em outubro. A partir de agora, diz Machado, a empresa terá 30 dias para apresentar suas justificativas. Só, após essa etapa, é que o valor será fixado. Além disso, a Transpetro ainda vai contabilizar os dias de atraso para se chegar ao valor final.

— Esse navio não teve adicional de contrato. Está saindo pelo preço que foi contratado. E atrasou porque está num processo de desenvolvimento da indústria. O estaleiro será multado, e nós vamos continuar trabalhando para cada vez mais poder ir diminuindo esse processo com o aumento da produtividade. Estamos avançando e o tempo está reduzindo. Os atrasos serão cada vez menores — garantiu Machado.

A construção da embarcação gerou três mil empregos e tem capacidade para transportar 56 milhões de litros de combustíveis. O navio será o primeiro no Brasil a ter duas mulheres no comando: a paraense Hildelene Lobato Bahia, a primeira comandante da Marinha Mercante Brasileira, e a carioca Vanessa Santos Silva, que será a segunda no posto na linha de comando.

No âmbito do Promef, já foram entregues outros três navios, como o Celso Furtado e Sérgio Buarque de Holanda, também construídos pelo Estaleiro Mauá (RJ). O Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, entregou ainda o João Cândido, após dois anos de atraso. O Promef prevê, ao todo, a construção de 49 navios.

Machado lembrou ainda que o navio Zumbi dos Palmares, que está sendo construído pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), também está atrasado. O navio, que deveria ter sido entregue em dezembro, tem previsão de conclusão em abril.

Fonte: O Globo

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *