Conflito entre quilombolas e fazendeiro pode acabar em tragédia

Yanes Ribeiro
Yanes Ribeiro

Na região do Pacoval, distrito pertencente ao município de Alenquer, região Oeste do Pará, a situação promete transformar o pacato vilarejo em cenário permanente de guerra civil. Tudo porque um fazendeiro conhecido por Macário resolveu ser dono e senhor do lugar, conhecido por Macupixi. Ele construiu uma barragem, que está prejudicando os moradores da região e também o rio Curuá, que está sofrendo assoreamento.
O fazendeiro Macário é grande produtor de açaí em suas terras. Por conta da grande demanda de sua produção, que serve inclusive para exportação, ele resolveu agir como nos tempos antigos, como senhor feudal. E sem dar satisfações a ninguém, ele resolveu expandir seus domínios, além de invadir terras de quilombolas, no Pacoval, ele ainda ficou com terras dos ribeirinhos que moram na região.
Barragem: Mesmo irregular em suas ambições, Macário resolveu construir uma barragem nas terras onde construiu sua fazenda, que na verdade fazem parte de um assentamento do Incra, segundo as lideranças quilombolas. Estivemos em contato com o presidente da Associação Quilombola do Pacoval, Yanes da Silva Ribeiro. Ele disse, ainda, que ao todo moram duas mil famílias na área do quilombo do Pacoval. Sem falar de 800 famílias ribeirinhas que habitam em áreas próximas. A construção da barragem é o alvo dos ribeirinhos, que prometem derrubá-la e o fazendeiro Macário contratou uma legião e mercenários, que estão fortemente armados, para impedir a derrubada da barragem.
Polícia Federal está na área: O Ministério Público Federal foi acionado, a Polícia Federal também. “Em todos esses momentos, pedimos proteção aos quilombos do Pacoval”, revelou o líder quilombola. “Existem indícios fortes de que o fazendeiro e seus comparsas estão recrutando um exército particular, com elementos de caráter duvidoso para fazer enfrentamento aos ribeirinhos”, disse. A decisão judicial foi feita em Santarém, onde os ribeirinhos foram contemplados com a derrubada imediata da barragem, mas os fazendeiros, liderados por Mácario, resolveram enfrentar a decisão da justiça e os moradores do local. “Eles querem o enfrentamento, mas nós não queremos briga com ninguém”, disse por telefone à nossa equipe, a secretária da Associação Negros do Pacoval, Telma Luz Ramos Pinheiro.
Um delegado da Polícia Federal, junto com mais cinco agentes, vieram direto de Brasília e na quarta-feira à tarde se deslocaram para a região, para verificar in loco a extensão do conflito, que queira Deus não passe de ameaças, do contrário, a região pode se transformar em praça de guerra, com banho de sangue, matando quilombolas e ribeirinhos inocentes, que lutam pela defesa de suas terras. Até o fechamento desta edição ainda não tínhamos informações sobre o caso.
Por: Carlos Cruz

10 comentários em “Conflito entre quilombolas e fazendeiro pode acabar em tragédia

  • 25 de janeiro de 2013 em 18:49
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    Muito de admira ainda ter no mundo pessoas com pensamentos tão mesquinhos comos os das pessoas que comentaram ai em cima.

    Negros assim como índios, brancos tem todo o direito de ter um pedaço de terra. E eles estão nessa area mais de cem anos, e por direito, a terra é deles e isso eles tem como provar.

    Fico indignada com esse povo que diz ter raiva de quilombola, sendo que no Brasil, não há ninguém 100% de uma etnia, todos temos raizes indigenas, negras e brancas. Agora, tem gente que só por que tem uma cor branquinha e cabelo liso pensa que é europeu. Mas, mal sabe de sua origem.

    Nós, negros temos muito orgulho de ser negro, e mais orgulho ainda ter ajudado à construir esse país. Uma pena que grande parte da população é hipócrita e vive na era do colonialismo e escravismo. Mas, nós \’Negros\’ não mais aceitamos esse tipo de atitude e muito menos atos de pessoas que não conhecem a sua própria história.

    E os comunitários do Pacoval estão totalmente certos em reivindicar por algo que esta prejudicando a comunidade.

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    • 26 de janeiro de 2013 em 09:32
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      Conversa fiada! Todos de certa forma contribuiram em maior ou menor grau para construção do país, isso nada tem haver, os Ribeirinhos e Quilombolas estão sendo mimados demais, ninguém ta invadindo terra deles ou desmerecendo o direito deles. Eles é que estão interpelando o fazendeiro e ameaçando de uso da força no caso em questão.

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      • 29 de janeiro de 2013 em 10:04
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        Não tem nada de preconceito e sim verdade. Também sou negro e nem por isso me acho no direito de cobrar do governo benesses. Não concordo com essa estoria de que o negro tem que ser protegido, de que o negro tem que ter regalias, negro, índio, cafuzo, mameluco, branco…todos são brasileiros e ninguém tem que ter regalias qualquer que sejam; devem ter direitos, e deveres. Pensando em regalias e facilidades, cotas por exemplo, estaria dizendo que os negros são incapazes de conseguirem algo sem a facilitação de alguém. As autoridades devem se fazer presentes e cumprirem a lei seja pra quem for….branco ou negro. Negro que tem amor à cor não fica chorando por regalias.

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  • 25 de janeiro de 2013 em 18:48
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    Muito de admira ainda ter no mundo pessoas com pensamentos tão mesquinhos comos os das pessoas que comentaram ai em cima.

    Negros assim como índios, brancos tem todo o direito de ter um pedaço de terra. E eles estão nessa area mais de cem anos, e por direito, a terra é deles e isso eles tem como provar.

    Fico indignada com esse povo que diz ter raiva de quilombola, sendo que no Brasil, não há ninguém 100% de uma etnia, todos temos raizes indigenas, negras e brancas. Agora, tem gente que só por que tem uma cor branquinha e cabelo liso pensa que é europeu. Mas, mal sabe de sua origem.

    Nós, negros temos muito orgulho de ser negro, e mais orgulho ainda ter ajudado à construir esse país. Uma pena que grande parte da população é hipócrita e vive na era do colonialismo e escravismo. Mas, nós \’Negros\’ não mais aceitamos esse tipo de atitude e muito menos de atos de pessoas que não conhecem a sua própria história.

    E os comunitários do Pacoval estão totalmente certos em reivindicar por algo que esta prejudicando a comunidade.

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  • 25 de janeiro de 2013 em 17:46
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    O CARA QUER DÁ UMA DE CORONEL… NESSES TEMPOS NEM O SADAN HUTSEN E OSAMA BIM LADEN CONSEGUIRAM VENCER OS OPRIMIDOS! O CARA AINDA VAI LEVAR UMA BALA OU UMA TERÇADADA NA CABEÇA!

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  • 25 de janeiro de 2013 em 11:40
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    Isso ai é falta de laço! Quilombolas tão com inveja porque vem alguem e faz produzir, a barragem da na terra do fazendeiro e é problema dele e ele deve ter contratado pessoal para sua segurança porque é alvo das ameaças, Quilombola é povo que vive a mingua de esmola, vão trabalhar parasitas dos que fazem a Brasil crescer.

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  • 25 de janeiro de 2013 em 10:11
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    Eu tenho certeza de experiência própria, que existe muitos quilombolas que querem terras tbm…mas de quilombolas não tem PN…eu tenho é uma raiva desses quilmbolas FP, vc paga caro por uma terra, trabalha nela anos e anos, aí vem um a bando de FP se dizendo quilombolas pra roubar o seu patrimônio. Aí tudo o que vc passou uma vida para ganhar vai ter que gastar tudo com a justiça. Eles tem é que parar de fazer filhos…senão o Brasil estará mais fufu nas mãos desses ladrões tbm. Se fosse por herança, era para eu ir morar em Portugal. Acorda goveno.

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  • 25 de janeiro de 2013 em 09:14
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    Será que é verdade tudo isso? não serão os quilombolas com sua vontade de ter mais terra que estão provocando tudo isso? Indio e quilombola no valem mais do que qualquer brasileiro nesse país. Tem criança morrendo de fom e não tem onde morar em toda parte, mas o governo só demarca terra pra indio e quilombola. Vale ressaltar que não é um lote de 10 por 30 não…. é terra do tamnho de países europeus e como se tais pessoas ainda vivessem nômades, caçando e mudando de espaço com a mudança do clima. Não, indio e quilombola querem carro, celular, avião,computador da hora….não que não possam ter, podem sim, mas que trabalhem para isso, que passem pelos mesmos perrengues que todo brasileiro passa e não vivam da venda de madeira clandestina ou da extração de ouro irregulares.

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  • 25 de janeiro de 2013 em 08:07
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    Imbecil, daqui a pouco morre e deixa tudo para os outros.

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  • 24 de janeiro de 2013 em 22:11
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    É um absurdo que em pleno século XXI ainda existam pessoas agindo como se estivessem no período colonial do Brasil.Que justiça seja feita contra esse tal de Macário e seu bando de jagunços.

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