Informe RC
PODE ACONTECER
Na opinião de colunistas políticos conhecidos, donos de colunas diárias nos órgãos de imprensa mais importantes do País, qualquer negociação a nível nacional envolvendo partidos como PSDB, PMDB e PT diante da provável separação do PMDB do PT, cotidianamente anunciado na mídia e redes sociais, pode virar problemas em muitos estados, o Pará é um deles. O partido da ex-ministra Marina Silva, candidata a presidente e o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, também aspirante à presidência, mas apontado como provável vice de Lula, se a companheira Dilma vir a ser substituída, não entram nesta configuração. Dizem que em política só não se viu boi voar, mas voa. Vamos ao imaginário que é o retrato do momento: se o PMDB, com milhares de prefeitos, vices e vereadores, com a segunda bancada na Câmara e Senado, fizer uma opção por Aécio Neves “PSDB” com a indicação do vice, sendo o atual Michel Temer, como é que fica no Pará, onde a sucessão estadual está deflagrada entre Simão Jatene x Helder Barbalho? Pelo andar da carruagem, pode haver acertos lá por cima, aqui por baixo, não. Neste quadro, o boi não voa.
ACINTOSO
Para “senadores” do “senadinho”, das laterais da Garapeira Ypiranga, na Praça da Matriz, maioria é de opinião que a atual administração não está muito aí para as festas, onde o povo dá vazão as suas alegrias e mágoas, festejando. Citam do carnaval e aniversário da cidade, em junho, como fracas, não pela falta de investimentos em dinheiro da Prefeitura e sim de animação popular, como nos 7 primeiros anos da ex-Prefeita. Esperam os senadores, das festividades do Sairé (setembro), em Alter do Chão, compensem os pontos fracos das duas primeiras, só não concordam da organização dos festejos, ou seja, lá quem for o patrocinador, pagarem um cachê de 600 mil reais, fora despesas de passagens e outros penduricalhos à cantora Ivete Sangalo. Não que não mereça, merece, mas numa cidade, que famílias passam necessidades morando em áreas de risco, outras de aluguéis sociais pagos pela Prefeitura, pobres morrendo em portas de hospitais conveniados ao SUS e convivendo com “gatos” por cima e por baixo (água e luz), é acintoso, dizem os senadores.
O MESMO QUE NADA
Santarém, talvez seja entre os municípios do interior do Pará, com mais de 100 mil habitantes, onde o Sindicato dos Servidores Públicos é o mesmo que nada, não funciona em defesa da classe. Falam alguns sindicalizados, dos responsáveis da entidade estarem amarrados, por terem parentes empregados como temporários. Reclamar junto ao Executivo de vantagens devidas e reajustes salariais, nem pensar, ficam de bicos calados, desde que mensalmente sejam repassados ao Sindicato os descontos feitos nos contracheques dos funcionários. Em Marabá, onde dispõem de tíquete refeição e vale transporte, vários Sindicatos ligados aos servidores municipais conseguiram junto ao Prefeito reajuste de 20,5%, a partir de agosto, retroativo a maio. Aqui, como não se fala no assunto, correção anual de salários dos efetivos e pensionistas, não faz parte da “obrigação” do Sindicato local. Cabe ao Prefeito, por sua sensibilidade, reconhecer e corrigir a distorção que incomoda seus colaboradores.
INFLAÇÃO EM ALTA
Para a companheira Dilma, a inflação está sob controle, tudo dentro da meta prevista, mas no Pará essa visibilidade presidencial e de seus ministros mais próximos, como o da Fazenda, não chega ou os comerciantes não repassam aos consumidores. Para economistas independentes, isentos de coloração partidária, isso está longe de ocorrer, como confirmam dirigentes do Banco Central. Quem freqüenta semanalmente mercados públicos e supermercados, os preços sobem constantemente, como se o governo fosse o dono da verdade e os bolsos da população, que deixa quase 40% em impostos a União, não sentissem a alta dos alimentos, a cada mês encurtando os salários. Em Santarém, onde os preços são superiores aos de Belém, com a farinha atingindo 140% num ano, a situação está ficando num Deus nos acuda. Os mais atingidos são os detentores de bolsas, emergentes que subiram numa falsa escalada social que hoje sentem o impacto do beneficio.
INSEGURANÇA
Governos estaduais, nem o federal, podem ser apontados pela insegurança, depredações e invasões de patrimônios públicos e privados que se espalham pelo País. Embora o tempo tenha mostrado que a falta de investimentos, vindas de muitos governos, como falta de construção de presídios, mudanças no Código Penal, foro privilegiado, impunidade, corrupção, morosidade da Justiça, PMs desaparelhadas e baixos salários para combaterem a marginalidade, podem ser apontados entre dezenas de outras como causas das passeatas e das vozes das ruas, as quais muitos governantes, inclusive a Presidente, ainda não sinalizaram os motivos da inquietação popular e, para livrarem a pele, fazem leituras esfarrapadas que não tem nada com nada. Não deve ser bom sinal, embora tenham razão, como ocorre no Pará, de juízes e promotores começarem a reclamar da insegurança em seus ambientes de trabalho nos Fóruns, notadamente no interior, pela falta de detectores de metais e portas de segurança para oferecer um mínimo do que pedem os magistrados. As escolas caminham para idêntica situação. Se as excelências e os mestres se sentem inseguros para exercerem seu mister, imagine a população.
INJUSTIÇA
Funcionários públicos, não concursados, ou trabalhadores de empresas que prestam serviços terceirizados a prefeituras, com medo de serem perseguidos e ficarem desempregados, normalmente recuam lutar por seus direitos, quase sempre sonegados. Em Belém, acima de mil garis, todos chefes de famílias, contratados da Belém Ambiental (uma espécie de Clean daqui) prestando serviços à Prefeitura, foram punidos com demissão por terem se reunido e por poucas horas protestado, na frente da Secretaria de Saneamento, o atraso de 3 meses de salários, vale transporte e tíquete alimentação. A barriga dói. Moral da história, a Prefeitura pagava religiosamente à empresa, que por sua vez não repassava aos contratados, o mesmo que furtar. Os ministérios públicos do Estado e do Trabalho, o que podem fazer neste jogo, onde seres humanos são condenados a passar fome? Por injustiça como essa, que não devia existir, a marginalidade e a prostituição infantil aumentam.
BOM VISUAL
A titular da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito “antiga SMT”, com ajuda do Prefeito começa mostrar trabalho. Semáforos com tecnologia moderna estão sendo instalados “13 de 30 previstos” nos pontos de maior fluxo de veículos, o que vem ajudar evitar acidentes e reduzir as reclamações dos condutores da falta de sinalizações, embora o número esteja abaixo do esperado para uma cidade do porte de Santarém. Não deixa de ser bom começo, o resto vem com o tempo. Com semáforos novos, mototaxistas credenciados pela Prefeitura acima de 800, de uniformes novos, a cidade vai apresentar bom visual. Só não pode aumentar as tarifas para 4 reais, por estar congelada a nível nacional. Para ficar tudo legal, falta afastar do sindicato, se existe, os que usam o instrumento (motos) de trabalho para servir ao tráfico, fazendo entrega de drogas, assaltando casas comerciais e pedestres.
AVALIADO COMO BOM
Empresa com atuação na região do Oeste paraense, onde parte do faturamento vem de vendas a prefeituras, de 6 em 6 meses faz pesquisa para avaliar os prefeitos. Nesta primeira do ano, segundo o empresário, uma das administrações mais bem avaliadas é a de Monte Alegre, que tem como Prefeito o médico Sérgio Monteiro “PT”. As virtudes do atual, apontadas, são inversas dos adjetivos do anterior, Jardel do Carmo “PMDB”, como seriedade com o dinheiro público, obras e humildade no trato com a população independentemente de filiação partidária. Avaliação é boa no momento que desembarcou no seu Município acima de dezena de máquinas para início das obras de asfaltamento da PA-255, ligando Monte Alegre/Santarém, via Porto do Tapará. O que representa desenvolvimento, principalmente no setor agrícola.
AGORA NÃO TEM JEITO
Nenhum jornalista, ou colunista esportivo, por mais visionário que fosse, poderia prever de um dia o quase secular Clube do Remo de Belém, com uma das maiores torcidas no Estado, fosse se afastar durante dois anos de qualquer disputa com bola organizada pela Confederação Brasileira de Futebol “CBF”, quando o time por décadas disputou todas as séries “A-B-C-D” do Campeonato Brasileiro, sendo nos anos 70 “série A”, um dos melhores do País. Vamos ao que interessa: a suspensão de 2 anos, imposta em função de uma história mal contada de trapaças, com um time de Roraima, foi mantida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva “STJD”, sinal de que a coisa foi séria. Sendo assim o Clube do Remo fica com todas as suas glórias do passado, atolado em dívidas e penhoras sem ter a quem apelar. O pior credor é a Justiça do Trabalho. Aguardar pra ver.
FUGITIVO AZARADO
Condenado em 2008, quando empresário de porte médio, a 10 anos de prisão por ter abusado sexualmente de uma filha de 4, foragido desde então para não cumprir a pena, no meio de milhares em idêntica situação, esse pedófilo deu azar. Há 15 dias, quando seguia de avião para Rio Grande do Sul, foi reconhecido por uma colega de viagem embarcada em São Paulo, a Juíza que o condenou pelo crime, que comunicou, sem alarde, com ajuda do comandante, à Polícia, que o aguardava com mandato de prisão no aeroporto de Navegantes, sendo vapt-vupt conduzido a delegacia e posteriormente a penitenciária de Canhanduba (Santa Catarina), de onde se não fugir, vai cumprir a pena. Em matéria de azarado esse é campeão.
PAVIMENTANDO CAMINHO
Enquanto ainda tem sua participação no plebiscito “11/2011” para a criação do estado do Tapajós, por alguns questionada, apesar do muito realizado na região Oeste paraense em seu primeiro governo “2003 – 2007”, o governador Simão Jatene, este ano, aproveitando o verão, pavimenta o caminho de sua reeleição com obras há décadas esperadas, como o anunciado Hospital Regional de Itaituba. Em sua última viagem à Santarém, assegurou a construção da ponte em concreto “354 metros” de extensão sobre o rio Curuá, integrando os municípios da Calha Norte, e pavimentação próxima a 100 km da PA-255, ligando Santarém a Monte Alegre pelo porto do Tapará, primeira etapa da que levará, ainda este ano ou ano que vem, até o Porto de Santana no Amapá. Materializada as promessas, é só correr pro abraço.
PREFEITO PEDÓFILO
Difícil alguém, apontado como culpado, por mais que tenha passos e diálogos filmados e gravados por escutas da Polícia Federal, principalmente quando os candidatos à bola da vez são prefeitos, o que acontece constantemente. Foi o que ocorreu com o de Coari no Amazonas, que usava o cargo para praticar pedofilia com belas cuiantãs, escolhidas a dedo por assessores, segundo denúncia feita na Assembléia Legislativa por um Deputado Estadual, e de grande repercussão no Estado. O interessante é do gestor errar e se recusar a depor numa CPI criada na Câmara Federal que investiga a exploração sexual de Crianças e Adolescentes. Avisado da chegada da Comissão (dia e hora), declarou por antecipação ser inocente, saindo às pressas da cidade para não ser ouvido, alegando doença, e como vendita, através de advogado, promete processar a Deputada presidente da Comissão, por ter cometido crime de improbidade administrativa. Só pode ser maluco.