Mortes na BR-163 preocupam moradores da periferia de Santarém
O aumento no índice de acidentes de trânsito com vitimas fatais nas últimas semanas, no trecho urbano da rodovia Santarém-Cuiabá (BR-163) preocupa moradores de bairros localizados às margens da rodovia federal. Especialistas em trânsito apontam a imprudência como as principais causas de acidente, os quais quase sempre envolvem motocicletas.
Preocupados com o problema, moradores dos bairros Esperança, Matinha e Cambuquira cobram soluções por parte dos órgãos responsáveis pela manutenção e trafegabilidade da BR-163.
Na maioria das vezes os acidentes são causados pela falta de manutenção da rodovia que não apresenta nenhuma segurança aos condutores, ciclistas e pedestres que diariamente dividem o mesmo espaço.
Não há acostamento nos dois lados da rodovia, não há vias para pedestres, a prefeitura se desculpa que o trecho é de responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a qual diz que se preocupa apenas com a legalidade dos veículos e dos motoristas.
Como é na saída e entrada da cidade vindo da serra que os veículos circulam em alta velocidade, não existe placas de controle de velocidade.
Incomodados com esta situação, membros da Pastoral Social da Paróquia da MATINHA, estão propondo à Associação do bairro a busca de soluções que salvem as vidas dos moradores. A doméstica Lélia Pereira, membro da Pastoral Social lembra que diversos acidentes já foram registrados neste perímetro da Rodovia, causando mortes e mutilações as vítimas.
A cada dia o número de carretas e caminhões na entrada e saída da cidade vem aumentando o que preocupa, ainda mais, os moradores do bairro.
No trecho em questão existem dois bairros, escolas, igrejas, e comércios e a via acaba sendo divida por pessoas e veículos pesados.
ESTATISTICA: A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou na semana passada em Santarém, Oeste do Pará, o balanço do número de acidentes registrados no 1º semestre deste ano na Rodovia Santarém/Cuiabá (BR-163), no perímetro que vai desde a Companhia Docas do Pará (CDP) até a divisa com o Estado do Mato Grosso (MT).
Foram 114 acidentes, destes quatro foram com morte. Segundo o inspetor da PRF, Jailson Silva, 77 do total ocorreram no trecho do viaduto até a divisa do MT e 37 foram na área urbana de Santarém, que inicia na CDP e segue até o viaduto. “Em maio esse trecho correspondeu a 36% dos acidentes, quando foi em junho nós conseguimos reduzir para 25%” e nesse mês de julho foi de 20%’, afirma.
Fonte: RG 15/O Impacto
