Mulher finge ser gerente de banco e rouba R$ 400 mil

Kelly Alves foi presa junto com Arlan Freitas de Souza
Kelly Alves foi presa junto com Arlan Freitas de Souza

Uma quadrilha comandada por Kelly Cristina da Silva Alves, de 34 anos, foi desarticulada na quinta-feira (12), em Belém. Ela é acusada de enganar pessoas e usar os dados pessoais das vítimas para fazer compras em cartões de crédito, saques e transferências em contas correntes, causando enormes ‘rombos’ nas contas das vítimas. Na casa da acusada foram encontrados um tablet, quatro celulares, um computador, um notebook e diversas folhas com anotações de dados pessoais e bancários de diversas pessoas.

Kelly foi presa pela operação ‘Cover’ da DPRCT (Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos). Junto com ela também foram presos dois homens: Arlan Freitas de Souza, seu companheiro, e Daniel Husman Lavareda dos Santos, policial militar conhecido como ‘Maresia’, que há algum tempo está afastado de sua função por falsos motivos médicos. Além deles, foram apreendidas duas adolescentes, uma de 15 e outra de 17 anos, ambas filhas de Kelly.

Segundo o delegado Samuelson Igaki, Kelly usava as filhas para escolher as vítimas. ‘Ela mandava as meninas irem a lojas e supermercados e prestarem atenção em quais clientes compravam com cartões bancários tipo ‘platinum’, black… Aqueles que sabemos que possuem alto limite para compras, geralmente pertencentes a pessoas de mais idade. Depois disso, elas, junto com o Arlan, seguiam as vítimas para descobrir o local onde moravam e então ela dava continuidade ao processo’, explicou o delegado.

Entenda o golpe – Após a escolha das vítimas, Kelly pedia às filhas que descobrissem outros dados das vítimas, principalmente com porteiros de prédio. Posteriormente ela mesma ligava para a residência das pessoas e informava ser a gerente do banco, informava que o cartão da pessoa havia sido clonado e ludibriava seus alvos, fazendo com que eles confiassem em sua identidade e entregasse às supostas ‘menores aprendizes’ do banco, seu cartão junto com dados pessoais e senhas dentro de um envelope lacrado, que ia direto para as mãos de Kelly. Mais tarde, as menores iam às lojas e faziam compras, transferências bancárias e saques.

Ainda de acordo com o delegado, o PM era o responsável por encontrar pessoas que aceitassem usar suas contas bancárias para receber altas quantias, via transferência bancária, em troca de 20% do valor total. O policial foi preso pela Decrif (Delegacia de Crimes Funcionais). Com ele, os policiais que participaram da ação ainda apreenderam dois revólveres, um pertencente ao Estado e outro sem registro.

Até então, 14 vítimas da quadrilha foram identificadas e as ações fraudulentas já somam um prejuízo que ultrapassa os R$ 400 mil. ‘A Kelly já foi presa quatro vezes pela DPRCT e ainda possui meia dúzia de outros processos por roubo, estelionato, formação de quadrilha e corrupção de menores. Inclusive, ela saiu há menos de um mês da penitenciária em Ananindeua’, informou o delegado Samuelson Igaki.

Em entrevista à reportagem do Portal ORM, a acusada não negou as acusações, mas defendeu seus comparsas. ‘O Arlan e o Maresia não têm nada com isso, eles não fizeram nada, fiz tudo sozinha, minha mente é especial’, concluiu.

A polícia deixa um alerta. ‘Nós pedimos que as pessoas tenham atenção com essas ligações. Nunca repasse suas informações pessoais como data de nascimento, RG, CPF, endereço completo sem ter certeza que se trata do seu gerente. Na dúvida, vá até a sua agência e procure mais informações’, finalizou o delegado Samuelson.

Fonte: Portal ORM

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