Cinco escolas de Santarém não aderem à greve estadual

Alunos da Escola São Felipe, no bairro da Matinha
Alunos da Escola São Felipe, no bairro da Matinha

Centenas de estudantes que se dirigiram as escolas da rede estadual de Santarém na manhã de segunda-feira, 04, foram surpreendidos com a paralisação das atividades, por parte da maioria dos profissionais em educação. Escolas tradicionais de Santarém, como Rodrigues dos Santos, Madre Imaculada, entre outras paralisaram as atividades por tempo indeterminado.

Já o Colégio Estadual Álvaro Adolfo da Silveira, Colégio São Raimundo Nonato, Escola São Felipe, Escola Diocesana São Francisco e Frei Ambrósio não paralisaram as atividades. Segundo os professores, o Colégio São Raimundo por ser apenas conveniado com o Estado não paralisou. Já Escola São Felipe, segundo a diretoria, não paralisou devido estar em obras de reforma e, também por conta do final do ano letivo de 2013 está próximo. A Escola alegou que não quer prejudicar os alunos.

A greve foi deflagrada por professores de Santarém, após a realização de uma Assembléia, no dia 31 de outubro último, na Escola Onésima Pereira de Barros. Depois de muitos debates, informes e esclarecimentos, a categoria dos servidores em educação de Santarém, filiados ao Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública no Pará (SINTEPP), decidiu pela greve, com isso, o Município é mais um a aderir ao movimento paradista que em Belém já dura mais de um mês.

A decisão não foi unânime, porém, segundo os professores, reflete o estado de indignação perante um governo que pouca resposta dá diante das negociações na capital.

De acordo com os professores, a luta é por uma educação de qualidade de verdade, que valorize o educador, funcionários de escolas e principalmente o alunado. O comando de greve estará se reunindo na próxima semana, para a construção da pauta de luta.

Durante a Assembléia de quinta-feira passada, houve muitas discussões favoráveis e contrárias à deflagração da greve. Um grupo de servidores colocou a situação de reformas em várias escolas e, por conta disso, a adequação do calendário letivo, que, segundo eles, inviabilizaria qualquer paralisação neste momento. Diante disso, outros se manifestaram dizendo que esta “retaliação” no calendário letivo não está certo, ou seja, querem um calendário unificado independente das especificidades de cada educandário.

O Sistema Modular de Ensino – SOME – independente da decisão da Assembléia decidiu continuar paralisado.

REIVINDICAÇÃO: A pauta de reivindicação é a mesma de Belém, Plano de Carreiras, Cargos e Salários, além da situação de algumas escolas estaduais que estão com as obras “emperradas”. O Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública no Pará (Sintepp) deve organizar um ato público a partir desta segunda-feira, 04. Os alunos da rede pública caminham para o último bimestre do ano e a greve deve atrasar o término das aulas que estava prejudicada por outra greve passada.

Fonte: RG 15/O Impacto 

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