Chiquinho: “Carmona Cabrera é uma empresa arranjada”

Chiquinho do Aeroporto
Chiquinho do Aeroporto

O presidente da Associação de Moradores do Bairro do Aeroporto Velho (Ambave), Francisco Barbosa, o “Chiquinho do Aeroporto Velho”, denunciou a morosidade da empresa Carmona Cabrera, em finalizar as obras do Residencial Moaçara I, localizado na Avenida Moaçaram em Santarém. O Residencial tem como cliente a Prefeitura Municipal de Santarém e faz parte do programa “Minha Casa, Minha Vida”, localizado no bairro da Floresta. O Residencial conta com a tipologia de 2 dormitórios, sala, cozinha, área de serviço e 48,07m², com uma área total do terreno de 44.887,82m². Segundo a empresa Carmona Cabrera, a área total construída já chega a 33.608,35m², com um total de 768 unidades. Porém, para o líder comunitário, Francisco Barbosa, a empresa Carmona Cabrera não faliu, mas sofreu uma punição do Governo Federal e, que por isso paralisou as obras com prazo indeterminado para retornar os serviços. Ele afirma que a Carmona Cabrera foi uma empresa arranjada e, que tinha um contrato de R$ 120 milhões para concluir o imóvel, o que leva a crer que houve irregularidades durante a aplicação do recurso, oriundo do Governo Federal. Veja a entrevista:

Jornal O Impacto: Como está o imbróglio da conclusão das obras do Residencial Moaçara I?

Francisco Barbosa: A questão do conjunto habitacional da Avenida Moaçara aconteceu uma paralisação sem ter sido dada muita explicação. Há algumas especulações com relação a essa paralisação. Uns falam: A empresa faliu! Outros dizem: Aconteceu isso ou aquilo… Eu não acredito que uma empresa que tinha um contrato avaliado em R$ 120 milhões, para executar parte da obra da Moaçara, vai se dar por falida! No dia 20 de setembro, eu estive reunido no Ministério do Planejamento, em Brasília, onde dei entrada em um documento com uma série de irregularidades que a gente encontrou na obra. Pedimos que o Ministério do Planejamento mandasse fazer um levantamento com uma auditoria. Dessa forma, eles pediram que a gente fizesse uma relação de algumas coisas para que ficasse bem entendido. Tivemos que refazer um documento em Brasília para protocolar novamente. Nós colocamos ao Governo Federal, que a obra que está sendo executada em Santarém não atende a comunidade naquilo que é necessário.

Jornal o impacto: Faz muito tempo que começaram os problemas no Residencial Moaçara I?

Francisco Barbosa: A gente vem tendo problema nessa obra desde quando ela iniciou. A empresa Carmona Cabrera iniciou a obra com a estimativa de R$ 73 milhões. Depois saiu uma documentação para esta obra com R$ 77 milhões. Agora, ela foi para R$ 82 milhões. Mesmo com todo esse investimento, os apartamentos diminuíram de tamanho. Tem uma planilha da Caixa Econômica Federal onde diz que o empreendimento seria com 47,73 metros quadrados e eles fizeram com apenas 42 metros quadrados. A obra encareceu e diminuiu o tamanho dos apartamentos. Então, a comunidade que foi beneficiada e tem que receber essas casas está preocupada com o tamanho dos apartamentos. Inclusive, na reunião que estivemos em Brasília, eles deixaram bem claro, que a Comunidade do Aeroporto Velho deve ser a primeira a receber as casas quando estiverem prontas.

Jornal O Impacto: Com o tamanho dos apartamentos sendo diminuído, as famílias poderão ter comodidade quando receberem os imóveis? 

Francisco Barbosa: Uma das reivindicações que fizemos é que o conjunto não atende as famílias cadastradas pela comunidade. Temos famílias com mais de 5 membros chegando até 8 pessoas. Já os apartamentos que estão sendo construídos em Santarém só atendem 4 pessoas. Essa foi uma das coisas que alertamos o Governo e, que seja feita da maneira que venha atender a comunidade, porque não adianta pegar e se fazer um investimento que venha deixar a população insatisfeita. É isso que está acontecendo em Santarém. Quando o Governo Municipal anterior saiu, ele já deixou esse problema para Santarém.

Jornal O impacto: O senhor acredita que a empresa Carmona Cabrera tenha realmente entrado em processo de falência?

Francisco Barbosa: Essa questão de dizerem que a empresa Carmona Cabrera faliu eu não acredito! Acho que simplesmente, a empresa foi punida pelo Governo Federal, porque se trata de uma firma arranjada pelo governo municipal anterior e deixou essa ‘herança’ pra gente. Hoje, a comunidade está se sentindo prejudicada, inclusive, agora em janeiro vamos procurar um Juiz Federal, para que a Caixa econômica Federal venha a dar explicações para a Comunidade. O contrato diz que todas as pessoas que foram inscritas pela Associação de Moradores do Aeroporto Velho, serão as primeiras famílias a serem colocadas lá.

Jornal o impacto: Além do Município, quem também tem responsabilidade sobre a obra da Moaçara?

Francisco Barbosa: Quando lutamos pela área de terra, ela veio para o Município, porque era do Exército, o qual repassou para a União. Quando recebeu, o Município repassou para a Caixa Econômica Federal, que tem responsabilidade sobre a obra da Moaçara. Vamos cobrar explicações agora do gerente da Caixa Econômica e da empresa que está executando a obra. Acreditamos que nessas irregularidades exista alguém envolvido, por trás de tudo isso. Há vários questionamentos, como por exemplo, como se faz um empreendimento usando blocos em Santarém? Como se faz os apartamentos quando a planilha é de 47,73 metros quadrados e fizeram com 42 metros quadrados apenas? Cadê a Caixa Econômica que é quem deveria fiscalizar a obra?

Jornal O impacto: Não existe mais prazo para a conclusão da obra?

Francisco Barbosa: Não há mais como a empresa cumprir o prazo de finalização da obra, porque ocorreram vários problemas. E agora? O que a Caixa Econômica vai dizer? O gerente da Caixa precisa se explicar para a comunidade. Agora neste mês vamos acionar a Justiça Federal, para que acompanhe a situação, para que venha resolver os problemas que estão ocorrendo no Residencial Moaçara. A situação em Santarém está insuportável! No Ministério Público já temos algumas denúncias do dinheiro que foi desviado. Como já foi comprovado, estamos esperando que o Ministério Público resolva essa situação, porque a comunidade não pode ficar vendo isso de forma calada. O Ministério Público deve lutar e defender a população. O Tribunal de Contas me enviou uma série de documentos dizendo que tem uma obra em Santarém que foi desviado dinheiro e demos entrada no Ministério Público Federal. Agora, aguardamos uma solução para o problema.

Fonte: RG 15/O Impacto

3 comentários em “Chiquinho: “Carmona Cabrera é uma empresa arranjada”

  • 4 de janeiro de 2014 em 00:33
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    MANELÃO VEREADORES SÃO TODO UMAS CAMBADAS DE SAFADOS,E BANDIDOS, TINHA MESMO QUE ACABAR COM ESTA CLASSE, NÃO SERVE PARA NADA EM FAVOR DO POVO.
    VALEU MANELÃO

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  • 3 de janeiro de 2014 em 16:59
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    vereador e merda e melhor a merda que pelo menos serve para extrumoe vereador não serve para porra nehuma

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  • 3 de janeiro de 2014 em 07:06
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    EU PERGUNTO PRA SERVE VEREADOR? SE É DO LADO DO PREFEITO NÃO PODE FALAR NADA, PORQUE TEM O RABO PRESO, SE NÃO É, NÃO ADIANTA FALAR NADA, QUE NÃO DA EM NADA; PORTANTO NO MEU PONTO DE VISTA ESSA CLASSE NÃO ERA PRA EXISTIR. ALGUEM CONCORDA COMIGO?

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