Diretor culpa prefeitos da região por caos no PSM de Santarém
Em visita realizada no dia 27 de dezembro de 2013 às dependências do complexo do Hospital Municipal de Santarém (HMS) e Pronto Socorro Municipal (PSM), o presidente e o vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção de Santarém, Dr. Ubirajara Bentes Filho e Dr. Ítalo Melo, respectivamente, observaram diversos problemas relacionado ao atendimento aos pacientes.
A Subseção da OAB teve como objetivo verificar o estado de funcionamento do HMS e do PSM para buscar melhorias para as pessoas atendidas nos dois logradouros de saúde. Em conversa com o presidente e vice da OAB, o diretor do PSM, Glayton Rodrigues, mostrou uma planilha com mais de 5 mil atendimentos realizados pelo Hospital em curto prazo. O diretor confirmou que não tem respirador mecânico para todos os pacientes.
Galyton Rodrigues denuncia representantes políticos de outros municípios da região Oeste do Pará, de abandonar centenas de pacientes e de não darem assistência, o que contribui para a superlotação do HMS. “Não há equipamentos sucateados no Hospital e já adquirimos novos aparelhos. Até março de 2014 chegarão também três camas elétricas, o que vai ajudar muito no atendimento aos pacientes”, afirma.
Hoje, além de atender milhares de pessoas das áreas urbana e rural de Santarém, tanto o HMS quanto o PSM também recebem pacientes de outros municípios da região Oeste do Pará, entre eles, Monte Alegre, Itaituba, Prainha, Oriximiná, Óbidos, Aveiro, Rurópolis, Juruti, entre outros.
De acordo com o presidente da OAB, Dr. Ubirajara Bentes, os pacientes reclamam da falta de ampola de adrenalina, antibióticos e roupas e, que os respiradores mecânicos também estão quebrados. “Enfermos que deveriam estar na Unidade de Tratamento Intensivo são submetidos a ficarem na reanimação. A respiração é feita de forma precária, de forma manual, por enfermeiros e auxiliares de enfermagem, por meio de um ambú”, diz.
Para o diretor Glayton Rodrigues, foi importante a visita da OAB ao HMS, para que possa ajudar a direção da melhor forma possível a melhorar o atendimento no Hospital, principalmente com a grande demanda existente. Sobre as denúncias, Glayton disse que algumas não procedem.
“Essas denúncias muitas delas não procedem. No ano de 2013 o Município adquiriu novos equipamentos. Renovamos 100% o nosso centro cirúrgico, com equipamentos novos. Estamos renovando a UTI, a reanimação com novos equipamentos. Muita coisa está sendo feita para aquisição, onde mais de R$ 2 milhões estão sendo gastos na compra de equipamentos”, afirma.
Glayton Rodrigues justifica que os fornecedores não entregaram alguns equipamentos em 2013, por causa da logística da região Oeste do Pará e principalmente por conta das fábricas não funcionarem com o serviço de pronta-entrega.
“A logística da nossa região dificulta a entrega e as fábricas não tem pronta-entrega também. A superlotação ainda é a realidade nossa e que se deve a pacientes que vêm de outros municípios para Santarém e mais de 60% não tem regulagem, criando esse grande transtorno que a gente tem hoje aqui. Há repasses desses municípios para Santarém, mas devem ser revistos, haja vista que não são valores necessários para a demanda. E o nosso maior problema ainda é acidente de trânsito”, revela.
Fonte: RG 15/O Impacto