TAM mantém as restrições ao Aeroporto de Belém

Passageiros revoltados
Passageiros revoltados

Quem pretende embarcar pelo Aeroporto Internacional de Belém ou mesmo comprou passagem em outro estado com destino à capital paraense, utilizando-se dos serviços da empresa TAM, ainda pode passar pelo que aconteceu durante cinco dias da semana passada, quando milhares de passageiros tiveram seus voos cancelados ou foram impedidos de viajar, sob a alegação da companhia de que, com o mau tempo e as chuvas, a pista do aeroporto acumularia água, oferecendo riscos à segurança dos voos.

Segundo a TAM, desde as 22h de domingo, os voos estão confirmados e os pousos e decolagens estão sendo feitos normalmente. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) também endossam a normalização dos serviços. Porém, um documento ao qual o DIÁRIO teve acesso, elaborado pela TAM ainda no domingo e entregue à Anac e à Infraero, revela uma série de restrições para pouso e decolagem na pista do aeroporto.

A TAM identifica a pista do aeroporto como insegura e elenca uma série de medidas que devem ser tomadas para que seus aviões continuem operando. O prazo para a adoção das medidas vai até o dia 28 de fevereiro. Diz o documento da empresa que seus pilotos estão autorizados a posar em Belém quando a pista estiver molhada ou escorregadia desde que sejam observadas algumas restrições. Uma delas: nenhuma aeronave A321 ou superior em termos de tamanho pode pousar. “Nesse porte, a aeronave precisa de mais freio para parar”.

Outra restrição: o avião da TAM não pode pousar com vento de cauda. Se houver, o pouso está proibido. E mais: não pode haver vento de través superior a 10 nós. Também é proibido pouso quando houver previsão de vento com chuva forte. A TAM afirma que o pouso obrigatoriamente terá que ser feito pelo comandante da aeronave: nada de copiloto em condições climáticas adversas. Só ele está autorizado.

Fica ainda proibido pouso se o avião tiver alguma restrição para uso pleno do reverso do motor (quando o piloto inverte o fluxo de ar do avião, fazendo com que o ar saia para a frente da turbina, freando a aeronave) e se o avião tiver alguma restrição ao uso dos flaps (partes das asas que abrem para frear o avião, utilizando-se da resitência do ar).

Reunião

O DIÁRIO procurou o Ministério Público Federal (MPF), mas o procurador da República, Bruno Soares Valente, responsável pelo procedimento aberto na segunda-feira para apurar o caso, estava em audiência na Justiça Federal e não pôde retornar para dizer se o órgão também teve acesso ao documento da TAM.

A assessoria informou que os termos das restrições contidas no documento da TAM, repassadas ao MPF, eram técnicas e não haveria como opinar sem ouvir a Infraero e a Anac. A direção da Infraero, por seu turno, estava em reunião e não pôde falar com o jornal, segundo a sua assessoria.

Fonte: Diário do Pará

Um comentário em “TAM mantém as restrições ao Aeroporto de Belém

  • 16 de janeiro de 2014 em 07:44
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    O seguro morreu de velho, e esse pessoal da TAM tem experiencia no que diz. Semana passada um avião da TAM indo de Santarem para Belem escorregou na pista assim que tocou ao sono, havia chovido e a pista estava escorregadia. Então melhor ficar de olho. Deus nos proteja!

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