Atraso na reforma de escolas estaduais repercute na Câmara Municipal

Em sessão realizada na manhã de quarta-feira, 19, o vereador Marcílio Cabral (PMN) falou sobre a Audiência Pública, que aconteceu dia 13 desse mês e tratou da reforma das escolas estaduais de Santarém, momento em que alguns participantes da referida audiência reclamaram as atitudes dos políticos que não cobram do governo uma resolução para esse problema.

Para Marcílio, o parlamento não ficou omisso, pois a nível municipal alguns vereadores, juntamente com a comissão de educação, representada pelo vereador Luiz Alberto, respeitando denúncias, tentaram manter visitas “in loco” e resolver muitas questões, cobrando inclusive ações do governo, que respondeu positivamente às reivindicações.

E a nível estadual, o vereador Marcílio citou o deputado Nélio Aguiar. “Ele (Nélio) sempre se preocupou com a situação das escolas. É possível ver sua forte contribuição, através de solicitações constantes no Diário Oficial do Estado”, destacou.

O parlamentar acredita que a omissão aconteceu por parte dos governos estaduais passados e até do atual, porque segundo ele, é inadmissível que sete ou oito escolas precisam de reformas ao mesmo tempo, e mostra que há um acumulo de problemas, o que prejudica milhares de alunos que precisam ser removidos para outros prédios gerando um grande transtorno, e com isso atrasando o ano letivo.

Marcílio lembrou das reclamações feitas por parte dos governos sobre as empresas, que por sua vez atrasam ou simplesmente não terminam as obras e ainda alegam falta de pagamento, o que considerou- uma falha do governo. Ele sugeriu durante a Audiência que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) elimine logo no início do processo de licitação as empresas que trabalham com atraso e com material de baixa qualidade, pois trazem sérios prejuízos ao estado.

Outro fator relevante com relação à contratação dessas empresas é o seu capital, pois de acordo com vereador Marcílio, uma empresa que tem capital não vai deixar o serviço pela metade por falta de pagamento.

“É claro que depois vai ter que receber o referido valor na justiça, se for o caso, mas pelo menos a comunidade escolar não ficaria prejudicada”, disse o parlamentar, recomendando que a Seduc utilize um quadro técnico mais qualificado e com mais opções de profissionais.

“Pois uma Secretaria trabalhar somente com um engenheiro que além de muitas falhas de planejamento, só faz medição a distância, não acompanha as obras, é muito difícil. Mas é preciso ver também as condições que esses profissionais trabalham. É preciso de estrutura adequada para se fazer um bom trabalho”, comenta.

Fonte: RG 15/O Impacto