O DIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

Para quem, como eu, que lecionou Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Portuguesa e Redação, por trinta e cinco anos, ininterruptos, não pode esquecer a data magna da “Última Flor do Lácio/ Inculta e Bela” (Olavo Bilac). O Dia da Língua Portuguesa que é comemorado no dia 10 de junho, para marcar dia da morte de Luiz Vaz de Camões (1580), autor de obras memoráveis como “Os Lusíadas” (1572) é considerado um dos maiores poetas da história lusitana e com a publicação de “Os Lusíadas” marca o início da era moderna da Língua Portuguesa.

Embora muitos não atentem para o seu valor como, até elemento de unidade nacional, como no caso do Brasil, dada a sua extensão territorial. A língua portuguesa é nosso patrimônio comum, além de ser a matéria-prima para nossa literatura e poesia, por isso a importância da comemoração da data. Vale lembrar, que o idioma tem sua origem no latim vulgar – (sermus vulgaris), o latim falado, que os romanos introduziram na Lusitânia, região situada ao sudoeste da Península Ibérica, a partir de 218 a.C.

Atualmente, segundo dados da ONU, pelo menos 235 milhões de pessoas têm o português como primeira língua, em oito países que vão das Américas à Ásia. Mais de 80% desses falantes são brasileiros. Entretanto, muitos falantes do português vivem fora dos países lusófonos em nações da Europa e nos Estados Unidos. Não oficialmente, o português é falado por uma pequena parte da população em Macau, no estado de Goa, na Índia, e na Oceania.

A língua portuguesa é a quinta língua mais falada do planeta e a terceira mais falada entre as línguas ocidentais, ficando atrás somente do inglês e do castelhano. Por toda a importância dada à língua portuguesa, seu ensino agora é bastante valorizado nos países que compõem o Mercosul, e é a língua oficial em diversos países como: Angola, Arquipélago de Açores, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe e, ainda, Timor-Leste na Oceania (até 1975 administrado pelos portugueses, quando então foi tomado pela Indonésia, atualmente é administrado pela ONU). Não oficialmente, o português também é falado por uma pequena parte da população em Macau (território chinês que foi até 1999 administrado pelos portugueses); no estado de Goa, na Índia (que foi possessão portuguesa até 1961) e no Timor Leste, na Oceania (até 1975 administrado pelos portugueses, quando então foi tomado pela Indonésia, atualmente é administrado pela ONU).

A língua portuguesa está espalhada por vários continentes, como Europa, América Latina, África, Ásia e Oceania. Devido a política expansionista portuguesa entre os séculos XV e XVI que levou a língua para as colônias, a mistura com diferentes crenças e hábitos acabou criando também vários dialetos, os chamados “crioulos”. E durante a invasão romana todos os povos, com exceção dos bascos, passaram a conviver com o latim, dando início ao processo de formação do espanhol, português e galego. Esse movimento de homogeneização cultural, linguística e política foi denominado romanização. Até o século IX, a língua falada era o romance, um estágio intermediário entre o latim vulgar e as línguas latinas modernas, como o português, o espanhol e o francês, a fase é considerada a pré-história da língua. Do século IX ao XII, já haviam registros de termos portugueses escritos, mas o idioma era basicamente uma língua falada. Entre o século XII e o XVI ocorreu a fase arcaica e do século XVI até hoje, a moderna. O fim do período arcaico é marcado pela publicação do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, em 1516.

Esse movimento de homogeneização cultural, linguística e política foi denominado de romanização. Até o século IX, a língua falada era o romance, uma espécie de estágio intermediário entre o latim vulgar e as modernas línguas latinas, como português, espanhol e francês. Essa fase é considerada como pré-história da língua.

Convém destacar que até 1.750, menos de 20% da população que morava no Brasil falava o português e que dada as diversidades de povos formadores da nossa raça, havia, aproximadamente 1.200 idiomas diferentes, entre línguas e dialetos. A partir daí foi obrigatório o ensino da língua Portuguesa, no Brasil Colônia, e isso proporcionou a criação de uma identidade cultural, de Norte a Sul e de Leste a Oeste, cada uma com seus sotaques e suas características próprias.

E não sou só eu que falo a língua pátria, mas cerca de 250 milhões de pessoas no mundo falam a Língua Portuguesa atualmente. No Brasil, estão 80% desses falantes.

Então, por que não primarmos pelo nosso idioma? E para encerrar, como não vi nenhum movimento sobre o dia, nem no extenso Programa – Roteiro de Aniversário: 354 de Santarém, o faço com o Poema Língua Portuguesa:

Última flor do Lácio, inculta e bela, /És, a um tempo, esplendor e sepultura:

Ouro nativo, que na ganga impura /A bruta mina entre os cascalhos vela

Amo-se assim, desconhecida e obscura /Tuba de algo clangor, lira singela,

Que tens o trom e o silvo da procela, /E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma /De virgens selvas e de oceano largo!

Amo-te, ó rude e doloroso idioma, /Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”,

E em que Camões chorou, no exílio amargo, /O gênio sem ventura e o amor sem brilho! (Olavo Bilac, in “Poesias”).

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Hoje tem Festa de Saudade no Fluminense com a Banda Stilus, Promoção do Movimento Carismático Católico, Imperdível..

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