Denúncia – Setrans identifica mais de mil carteiras estudantis falsificadas

Mário Borges, presidente do Sindicato, acionará Ministério Público.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Público de Passageiros de Santarém (Setrans), o resultado de um diagnóstico realizado pela entidade, resultou em um número impressionante de carteiras de estudantes falsificadas.

Conforme aponta o relatório do levantamento, das 1.500 carteirinhas que foram bloqueadas sob a suspeita de ser fruto de fraude, apenas 225 foram regularizadas junto ao Setrans.

“Esse trabalho já tem mais de dois meses, e temos percebido absurdos. Desde quando assumimos a presidência do Sindicato, estamos priorizando a questão da meia passagem, para garantir o direito dos usuários que realmente precisam, conforme preceitua a Legislação, mas também para lutar pelo direito do empresariado do transporte público. Uma vez identificada a fraude, nós bloqueamos a carteirinha, e notificamos a entidade que emitiu o documento. A essa pessoa é dado um prazo de 72 horas para que venha ao Setrans, e comprove por meio de uma declaração real, de que ela é estudante. E para nossa surpresa, a grande maioria ditos estudantes, não compareceram”, explicou Mário Borges, presidente do Setrans.

Ainda de acordo com o empresário, as fraudes também são detectadas, no momento que foram solicitadas das escolas, a lista de estudantes devidamente matriculados, que ao ser comparada com a lista de pessoas que possuem carteirinhas ativas no sistema do Sindicato, se passando por estudante de uma referida escola, por exemplo, não constam no rol de alunos matriculados informados ao Setrans pelas escolas.

Para Mário Borges, a situação é um absurdo, e merece que seja tomada as devidas providências, pois segundo ele, a situação tem ocasionado prejuízos enormes à classe empresarial, que somente com os dados levantados nos últimos dois meses e meio, já teve prejuízos que chegam a mais de 250 mil reais.

“Mais de mil pessoas que procuraram as associações de estudantes, nem sequer estudam. Isso representa um furo muito grande para nós empresários. São pessoas que deixam de pagar a passagem inteira, e pagam um terço. A consequência desta fraude, é que a receita das empresas caem e elas deixam de investir em novos equipamentos, novos ônibus, e etc. Iremos acionar Ministério Publico, para verificarmos de que forma possa ser melhorada essa questão da confecção da carteirinha. Queremos que as entidades estudantis mudem e tenham mais rigor na forma de exigir os documentos dos estudantes. Tem que resolver, não pode continuar da forma que está”, diz Borges.

Por: Edmundo Baía Júnior

Fonte: RG 15/O Impacto

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