Eduardo Fonseca Ed. 1161

UM PREITO DE SAUDADE

Num momento em que o Brasil todo ficou estarrecido quando uma professora, professora Márcia Friggi, de Indaial (SC), foi agredida por um desses adolescentes, “já bastante grandes”, deixando-a com grandes hematomas no rosto. “Estou dilacerada porque me sinto em desamparo, como estão desamparados todos os professores brasileiros”, disse a professora agredida. O que demonstra a falta de respeito que está se tornando “praxe” não só pela pessoa do professor ou da professora, mas pelos mais adultos ou aos mais velhos. A verdade é que esses, maiores, ainda “de menor”, estão transformando o profissional da educação, como seus objetos preferidos para desrespeitar e agredir. Fazendo com que a profissão do magistério entre para o rol das profissões de risco, lamentável conclusão do governo num País, que sempre se curva à violência em todos os setores.
Mas escuto no rádio, na manhã do dia 28.08.2017, uma nota fúnebre que noticiava o falecimento da professora JUDITH DAVINA SANTOS, após 101 anos de vida. Fui logo em seguida para onde estava sendo velado o corpo da velha mestra. E veio me à mente as imagens da minha infância. Foi minha primeira professora no Grupo Escolar Magalhães Barata, no final da década de 50 do século passado. O Grupo Escolar funcionava aonde hoje está construído o Colégio Álvaro Adolfo da Silveira. Já fui para o Grupo “desemburrado”, porque naquela época só se ia para a escola quando tivesse sete (7) anos de idade em diante. Como todos os meninos da época, usava calças curtas, no uniforme de caqui e no bolso bordado I.P, em linhas de cor azul (Instrução Pública). A jovem professora, geralmente trajava, assim como as outras: saias longas azuis e blusas brancas e uma gravata azul e tratavam a todos com muito carinho e atenção, como se fossem mães de todos dali do Grupo Escolar. Ao lado da professora tinha outras professoras como Bernardete, Helena Bezerra, Maria do Céu Cunha (avó do meu amigo e poeta Floriano) e a irmã da professora JUDITH, a professora RAQUEL DAVINA SANTOS que era a diretora do Grupo Escolar.
Durante o velório fui verificando a presença de muitos “sessentões” de ambos os sexos e outros com menos de sessenta que foram dar o último adeus à professora, e quase todos diziam “ela foi minha primeira professora”, ou no MAGALHÃES BARATA, ou na SOCIEDADE ARTÍSTICA, antiga entidade que reunia os mestres de diversas profissões ou ofícios e funcionava ali onde hoje é o SENAC.
Em certo momento chegou-se ao tema central, de como eram os nossos professores, e, principalmente, de como eram os alunos. Estes respeitavam as professoras e a escola como se fossem a continuação das suas casas. Hoje esse aspecto educacional está em decadência. A prova é que estamos aqui e cada um de nós, relembrando de como éramos recebidos na chegada no Grupo Escolar, diariamente. A educação e a formação, o carinho, a atenção que nos davam e organizavam as aulas de caligrafia, Português, Cópia e ditado, geometria e aritmética, canto e moral e cívica. Como era animada a arrumação para os ensaios do desfile do “Dia da Raça”, 05 de setembro, e acima de tudo, havia disciplina e respeito, não só aos professores, mas aos mais adultos.
Professora JUDITH, como já disse acima, era irmã da diretora do Grupo, a Professora RAQUEL DAVINA SANTOS, que vai completar este ano cem (100) anos, no próximo mês de novembro, era tia do ilustre e nosso artista maior LAURIMAR LEAL. Era muito culta, educada, amiga, conselheira, serena e nos deixou lúcida, lúcida, lúcida!
Minha primeira professora, JUDITH, por onde tudo começou, muito obrigado, não só pela formação, orientação, como a amizade de que fui merecedor durante toda a sua existência, que o nosso Todo Poderoso lhe dê guarida em uma de suas muitas moradas. REQUEST IN PEACEM!/////////
UMAS E OUTRAS: Algumas pessoas tem me procurado para reclamar porque estão recebendo notificação da SMT, de infrações cometidas na Área do Aeroporto de Santarém por volta de 02 a 03 horas da manhã. Acho interessante que os agentes de trânsito atuem pela madrugada. Só acho estranho que durante o dia, no centro comercial de Santarém, não vemos a mesma preocupação, o mesmo zelo, como por exemplo: naquele estacionamento em desacordo, na frente do que dizem ser o tablado do peixe, na Av. Tapajós, próximo Mercadão 2000, onde ficam fileiras de carretas, dos dois lado da rua, impedindo o trânsito, durante o dia todo e não há uma viva alma da SMT que vá lá pelo menos fazer a “presença”. Outra: na organização do trânsito na Trav. Professor Carvalho, entre a Av. Tapajós e Silvério Sirotheau Correa, ou seja, ao lado do Mercadão 2000. É uma zorra geral, diariamente, e, principalmente, aos sábados. Na zona comercial, principalmente, porque mudaram o sentido da 15 de Agosto e 15 de Novembro, cadê ou “que é de” os agentes de trânsitos? Vá lá pra ver! Não tem nenhum para remédio. Tem mais. Na Rui Barbosa com a Trav. dos Mártires, quando tem é um ou dois até 10 ou 11 horas, depois, também, somem. Tomaram Doril. SUMIU! Mas, para organizar o trânsito no Aeroporto que está cheio de placa de “é proibido estacionar”. Eles estão lá, na espreita, surpreendendo o cidadão santareno que só acaba sabendo que foi multado, quando recebe a notificação pelo serviço postal.
Em todos os quatro cantos da cidade de Santarém é necessário a presença de agentes de trânsito. Mas, cadê, por exemplo, na esquina da Borges Leal, com Magalhães Barata? Na Curuá Una com a Muiraquitã? Na Mararu, com a Moaçara?, na Borges Leal com a Curuá Una?; na área do mercado municipal?, nas praças da Bandeira e Monsenhor José Gregório?, que tal? Não seria injusto. Seria como tentam demonstrar uma eficiência fora de série, mas do jeito que está, estão “tapando o sol com a peneira”! ///// Hoje, dia 1º de setembro, é dia do PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Quero homenagear nestas linhas um dos pioneiros, o professor Luiz Carlos Botelho, na década de 60 do século passado (antes educação física era ministrada por militares, geralmente do Exército Brasileiro). Tio LALÁ foi professor de diversas gerações. Um verdadeiro educador e um incentivador da prática esportiva, da introdução de alguns esportes em Santarém, na década de sessenta do século passado, como HandBoll masculino e feminino, popularizou o voley e basquete e futsal estudantil. Descobrindo grandes atletas. Foi um dos líderes para a construção, juntamente com os estudantes, da primeira quadra esportiva do Colégio Álvaro Adolfo, onde desenvolveu sua atividade profissional por mais tempo. Meus parabéns a todos os profissionais de educação física e um abraço fraterno ao meu ex-professor LUIZ CARLOS BOTELHO. ///// O Brasil, lamentavelmente está passando uma das piores crises políticas. O Presidente vai oferecer aos chineses as nossas propriedades, algumas até como símbolo do orgulho nacional, como a Eletrobrás. Para quem lembra: Thomas de laRue London, era onde imprimiam as cédulas e cunhavam as moedas brasileiras, até a criação, pelo governo militar, da Casa da Moeda que hoje, os representantes do povo brasileiro, estão apoiando essa privatização, foram, o Presidente e seus, em dois aviões, oferecer para os chineses, o que o Brasil tem de melhor, mas deficitário pela roubalheira. Em vez de produzir iremos comprar. Aí para encerrar, apoio-me no escritor Gregório de Matos Guerra – “Boca do Inferno” em seu EPÍLOGO, onde ataca a forma de governar na Bahia: “Que falta nesta cidade…..Verdade/Que mais para a sua desonra – honra/falta mais que lhe ponha….vergonha//O demo a viver se exponha,/ por mais que a fama exalta,/ numa cidade onde falta/Verdade, Honra, Vergonha. ////// Hoje tem BAILE DE SAUDADE, no FLUMINENSE, a partir das 23 horas, com o toque musical da BANDA STILLUS – Delson, Caetano e a participação especial da cantora Lícia Mara. Imperdível.

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