Coronel Tomaso: “Ações ostensivas reduzem criminalidade no Oeste do Pará”
Comandante do CPR-1 diz que nossa região vive realidade diferente sobre criminalidade
Localizado no centro leste da região Norte do Brasil, onde conta com um território de 1.247.954,320 quilômetros quadrados, considerado maior de que muitos países do continente Europeu, o estado do Pará vive realidades diferentes sobre a criminalidade. Segundo os órgãos de segurança, enquanto a Região Metropolitana de Belém (RMB) disparou no aumento dos índices de crimes ocorridos no primeiro semestre deste ano, a região oeste do Pará diminuiu o número de delitos, nos três primeiros meses de 2018.
Hoje, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pará é o segundo maior Estado brasileiro e conta com 144 municípios e uma população de 8,1 milhões de habitantes.
Porém, dados divulgados pelo Comando de Policiamento Regional 1 (CPR 1) mostram que na região oeste do Pará, no primeiro trimestre deste ano houve redução de 39% em comparação ao mesmo período do ano passado, em relação a ocorrências como roubo, homicídio e latrocínio registradas nos 13 municípios da área de abrangência. A principal redução se deu em relação aos roubos. Foram registrados, em 2018, 548 casos, contra 864 registros no mesmo período de 2017. A diminuição dos delitos passa por diversos fatores, entre os principais, a otimização do policiamento ostensivo em áreas de risco, o reforço estrutural, como o emprego de novas viaturas e, também, a efetivação do 35º BPM, em Santarém.
O relatório do Comando mostra, ainda, que nos três primeiros meses do ano houve redução nos casos de homicídios: 36 (2017) e 28 (2018). O que representa uma redução de 22%. O latrocínio, que segundo o Código Penal caracteriza-se pelo roubo seguido de morte, também teve queda expressiva: nenhuma ocorrência registrada neste ano, contra 4 casos no mesmo período de 2017.
O comandante do CPR 1, coronel Heldson Tomaso, explica que a redução dos índices de criminalidade na região Oeste se dá pelo aumento das ações ostensivas, forte atuação do Programa de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) e combate intenso ao tráfico de drogas. “O que a gente começou a fazer, a partir de 2018, foi modificar o planejamento tático para o emprego de policiamento ostensivo em todas as unidades do CPR 1. Esse planejamento é baseado em vários aspectos: na prevenção ativa e na repressão qualificada. A primeira passa pela questão dos projetos sociais e, principalmente, do Proerd – entrada da Polícia nas comunidades, através da mensagem em relação à resistência às drogas e à violência. E quanto à repressão qualificada, estamos trabalhando em três pontos. O primeiro é a inteligência: estamos fazendo um mapeamento muito interessante na questão do tráfico de drogas, não só em Santarém, mas em vários municípios, com apreensões de entorpecentes. O segundo é o planejamento tático, muito mais científico, baseado em números, em dados, para que a gente chegue ao terceiro ponto, a otimização do policiamento ostensivo em locais de risco, com a ajuda do georreferenciamento e da atuação do Niop (Núcleo Integrado de Operações). É um trabalho intenso, que conta com a colaboração de toda nossa Polícia”, diz o comandante.
OUTRA REALIDADE: Enquanto que os moradores do oeste do Pará vivem dias de paz, a Região Metropolitana de Belém enfrenta uma onda de violência. Em menos de 48 horas, 28 pessoas foram assassinadas na Grande Belém, entre a tarde de domingo (29/04) e às 6h30 de terça-feira (02/05). Os números foram fornecidos pela Secretaria de Estado de Segurança Pública do Pará (Segup). Todas as vítimas foram atingidas por arma de fogo. De acordo com a Polícia Civil, os crimes têm características de execução. As mortes tiveram início após a Cabo Maria de Fátima dos Santos, de 49 anos, ser assassinada a tiros dentro de casa, no município de Ananindeua, na tarde do domingo. A policial militar havia denunciado que vinha sofrendo ameaças de morte de marginais da área que teriam arrombado a casa dela para furtar uma arma. A policial estava sob proteção do programa PM Vítima, da Polícia Militar do Estado.
Foi a terceira chacina no mês de abril na região metropolitana de Belém. No dia 9 do mês passado, 12 pessoas foram assassinadas, após o homicídio de outro policial militar. Um dia depois, 23 pessoas morreram, durante tentativa de fuga no Complexo Prisional de Santa Isabel.
Por: Jefferson Miranda
Fonte: RG 15/O Impacto
O que faz diminuir a criminalidade,e á ostencivida da polícia ,em qualquer cidade.