GODZILLA 2: O REI DOS MONSTROS | Opinião sem spoilers!

GODZILLA 2: O REI DOS MONSTROS

(Godzilla: King of Monsters)

Por: Allan Patrick

O primeiro filme de 2014 foi considerado morno entre o público mundial, onde nos foi apresentado uma nova versão do mítico Godzilla, agora o monstrão radioativo retorna aos cinemas para tentar elevar a franquia para outro nível. Por conta disso, a equipe criativa da nova produção decidiu atender a um velho sonho dos fãs. Muita, mas muita pancadaria entre monstros gigantescos. E de fato, nesse quesito conseguem arrancar cenas épicas!
Nesta nova aventura temos de volta do primeiro filme Sally Hawkins e Ken Watanabe, além do próprio Godzilla, é claro. E o personagem de Ken, o Dr. Ishiro Serizawa, é de longe o melhor que o núcleo de humanos tem a oferecer, infelizmente. Houve a adição de nomes de peso ao elenco, como Vera Farmiga, Kyle Chandler, Charles Dance e Millie Bobby Brown, a Onze de Stranger Things. Mas mesmo com todas essas estrelas, a parte da interação humana não é muito bem explorada. Quer dizer, o arco do Dr. Serizawa é bem interessante e a Maddie de Milly B. Brown consegue se destacar com uma atuação franca, só que pra um filme com o Godzilla enfrentando vários kaijus diferentes, aqui entre nós, o que menos importa é a trama humana. É complicado você querer dar mais foco a um certo grupo de pessoas quando o mundo está sendo destruído e não conseguir nem ao menos fazê-los soarem interessantes. E, claro, a galera vai pra ver o Godzilla, que tem mais tempo de tela do que no filme anterior, mas ainda assim fica aquela sensação de: “poxa, poderia ter aparecido mais”.
O uso constante da trilha clássica do monstrão é sensacional, um acerto que vale ser destacado. Falando em acerto, vamos ao personagem que dá nome ao filme. O Godzilla está mais monstruoso do que nunca e ver sua rivalidade histórica com o Ghidorah e até mesmo com o Rodan sendo representada com a tecnologia atual é um deleite para os fãs… uau! Se o Rei Dragão já era monstruoso como marionete, a sensação de perigo aumenta com o belo CGI da Legendary, muito realista. Todas as cenas em que um dos Titãs aparece, é impossível não abrir um sorriso. Quando lutam então… é apoteótico, e o que falar da Mothra? Sua mitologia foi bem adaptada, fora que sua representação visual é lindíssima.
A história acompanha os esforços heróicos da agência criptozoológica Monarch à medida que seus membros combatem uma série de monstros gigantes, incluindo o poderoso Godzilla, que enfrenta Mothra, Rodan e o maior de seus inimigos, o tricéfalo King Ghidorah. Quando estas supercriaturas primitivas que se acreditava não passarem de mitos ressurgem, competem pela supremacia, colocando a humanidade em risco.
A direção de Michael Dougherty não é tão técnica e focada na tensão e apela pra algo mais dinâmico e agressivo, quase como se fosse um videogame. Vai agradar a alguns, principalmente pelos confrontos, mas pode incomodar os fãs da tensão.
Enfim, Godzilla II: O Rei dos Monstros é um filme de cenas épicas e impressionantes, com efeitos especiais de tirar o fôlego, pancadarias eletrizantes entre monstros e pessoas tentando sobreviver a eles. E assim, vale muito à pena serem vistos em uma tela gigantesca. Falando nisso, tem um certo Gorila zangado, para enfrentar o Rei dos Monstros. Só para ressaltar que a Warner já anunciou a adaptação do lendário confronto entre Godzilla e King Kong para os cinemas. Ah, tem cena pós-créditos. Minha nota 8,0!

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