Artigo – Mr. Gates, um benfeitor ou um cavaleiro do apocalipse?

Por Oswaldo Bezerra

Ele nasceu na classe média alta americana, filho de um advogado de grandes empresas e de uma diretora de bancos. Nunca se formou em Universidade, mas revolucionou o mundo através da tecnologia. Acabou por se tornar o homem mais rico do mundo maior doador filamtrópico. Hoje ele diversifica seus negócios, e alguns deles trazem muita preocupação para a humanidade.

Bill Gates fundou a Microsoft com apenas 19 anos e se tornou o homem mais rico do mundo em 1995, usando de esperteza e oportunismo. Saiu do topo da lista muito em razão das doações milionárias que faz em projetos filantrópicos. A Revista Times o classificou como uma das pessoas mais importantes deste século. Dentre suas ações filantrópicas estão a criação da Fundação Bill & Melinda Gates.

Como promessa de extermínio da dengue no Brasil, através da tecnologia de uma empresa britânica, financiada pela fundação de Bill Gates, foram produzidos, em 2011, até 4 milhões de mosquitos por semana no interior da Bahia, na divisa com Pernambuco. Eram os mosquitos da dengue alterados geneticamente.

Naquela época um pronunciamento, do presidente Putin afirmava que o próximo estágio da evolução humana estava em risco pois, as potências ocidentais, estavam desacelerando o processo do ganho pessoal. Nossa espécie deveria continuar desenvolvendo os corpos e cérebros em trajetória ascendente e saudável. O exemplo do ocidente envenena a população com alimentos geneticamente modificados, produtos farmacêuticos, vacinas e fast food que deveriam ser classificados como uma droga perigosa e viciante.

Esse pronunciamento nos diz muito sobre o caso do experimento dos mosquitos alterados geneticamente, e do que veio a seguir. O experimento foi um fracasso total. De 800 mil casos de dengue no Brasil em 2011, ano da soltura dos mosquitos, passamos para o dobro de casos em apenas 2 anos. De brinde, ainda surgiram na mesma região os primeiros casos de zika e chikungunha.

A Zika acabou por se tornar um troféu para a indústria farmacêutica. A Inovio, empresa americana deste setor, anunciou a vacina contra o zika vírus. Esta já teria sido até testada em humanos. Foi a promessa do renascimento da indústria das vacinas, que andava em baixa.

Coincidência ou conspiração, a epidemia no Brasil que se espalhou para países vizinhos alimentou esta “corrida do ouro” no mercado de vacinas. Bill Gates afirmou, em palestra nos EUA, em 2016, sobre a importância de diminuir o número da população para 15% do que é hoje, através de vacinas e serviços de saúde de reprodução. Como assim diminuir a população com vacinas?

Doenças estas que se espalharam desde os sertões da Bahia a Pernambuco (onde os mosquitos modificados foram soltos) até a outrora ensolarada Fortaleza. Sim, a capital alencarina viveu um ano tão chuvoso que parecia mas ser Belém. A mudança climática chegou, e é caótica. Os operadores e rentistas de crise sabem disso. Um deles é o nosso conhecido (eugenista) Bill Gates, que já prepara seu arsenal de tecnologias, eticamente duvidosas, para enfrentar o problema.

É chocante, mas é certa a mudança climática. A Comissão Global de Adaptação (CGA) propôs fazer investimentos bilionários para se adaptar a nova realidade. Estima-se que só a produção agrícola mundial, por exemplo, deverá sofrer perdas de 30% até 2050. Enquanto muitos lamentam a catástrofe do por vir, outros já planejam capitalizar o caos.

A CGA aconselha investir em sistemas de alerta precoce e infraestrutura. Promete que suas receitas nos levarão a um melhor crescimento e desenvolvimento; protegerá a natureza, reduzirá desigualdades e criará oportunidades. Toda uma revolução social! Será?

A Comissão, liderada por Ban Ki-moon, último secretário geral da ONU, Bill Gates, e Kristalina Georgieva, diretora executiva do Banco Mundial, propõe ações de segurança alimentar, meio ambiente, água, áreas urbanas, infraestrutura, gerenciamento de riscos de desastres e finanças. O ator mais atuante nesse projeto é Bill Gates (que junto com outras 25 pessoas tem uma riqueza equivalente a 3,8 bilhões de pessoas no mundo).

A CGA define a necessidade de se investir 1,8 trilhão de dólares em todo o mundo de 2020 a 2030. As mudanças climáticas aumentarão os preços dos alimentos, porque a produção e disponibilidade serão reduzidas. Essa competição por bens escassos, por sua vez, alimentará conflitos e migrações regionais, especialmente nos países em desenvolvimento.

Embora os investimentos em adaptação tenham benefícios econômicos claros, eles podem exigir grandes pagamentos antecipados de médio e longo prazo (mais dívidas). O setor público deverá criar incentivos para expandir a participação do setor privado. Dito isto, está claro de quem pagará a dívida climática. Os rentistas não vão abrir mão de sua fonte de riqueza, que são os bilhões de pessoas pobres expostas à doenças.

Outro investimento de Bill Gates, talvez o mais perigoso, é o da geoengenharia solar, com a intenção de manipular o meio ambiente com o suposto objetivo de equilibrar ou eliminar alguns dos impactos das mudanças climáticas. Uma equipe de Harvard tem o apoio financeiro do bilionário, com um projeto chamado Experimento de Perturbação Controlada Estratosférica. São experimentos na estratosfera com partículas de carbonato de cálcio para refletir a luz do sol, e reduzir a temperatura do planeta.

As experiências estão sendo realizadas nos EUA, país que não ratificou a Convenção sobre Diversidade Biológica, e saiu do Acordo de Paris. Uma das preocupações é que, ao bloquear a entrada da luz solar nas lavouras, isso deve alterar os padrões de precipitação, danificando severamente algumas áreas do mundo. Ou seja, será desenvolvida a primeira arma climática como alertam os pesquisadores do Grupo ETC.

Caso o resultado desta tecnologia (climática) seja tão nociva, como foi o dos mosquitos modificados geneticamente, só podemos esperar que a ganância, a ignorância e a cegueira política e ideológica não nos vença na batalha pela vida.

RG 15 / O Impacto

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *