Artigo – Mudança de rumo: China substitui o Brasil como maior parceiro comercial da Argentina

 

Por Oswaldo Bezerra

O governo argentino já se prepara para sair da crise econômica após pandemia. Entre as várias opções, para fomentar as exportações, estão a criação de um Conselho de internacional e um diálogo com as câmaras comerciais. No comércio exterior, mudanças já são notadas.

Em abril, a China tomou o lugar do Brasil como maior sócio-econômico. Em termos de exportação houve uma queda de 18% com relação ao Brasil. Por outro lado, as exportações para a China aumentaram 50,9%. 

Depois de 20 anos de falta de acordo sanitário entre os países, finalmente caiu. Caiu depois de um acordo bilateral. Dentre os principais produtos estão carne, azeite, camarão. Este acordo propiciou pela primeira vez a chegada do limão argentino ao continente asiático. O limão argentino é o de melhor qualidade do mundo e sofre embargos dos EUA para favorecer a produção nacional norte-americana.

O notável crescimento foi descrito pelo embaixador chinês na Argentina como “Continuaremos a incentivar que as empresas chinesas continuem investindo na Argentina. A cooperação agropecuária é nossa maior prioridade”. O embaixador disse também que por causa da pandemia os empresários chineses não estão podendo reunir-se com os empresários argentinos, cara a cara, mas mesmo assim o progresso tem sido grande. São dados muito importantes para as economias da Argentina e China.

Já com os parceiros locais a coisa anda muito diferente. Por exemplo, o intercâmbio comercial entre a Argentina e Brasil caiu no mês passado, 55,6%. Este retrocesso foi qualificado pelos expertos como uma derrubada da relação Argentina-Brasil. Isso é muito ruim para o Brasil que vai perder, para um país que nem é da região,  a possibilidades de geração de emprego e divisas dentro de seu território.

O impulso da relação bilateral de Buenos Aires e Pequim também está impulsionando as relações não só se baseia em matérias-primas e produtos alimentícios. É de interesse da China e Argentina aprofundar o relacionamento no campo científico e tecnológico estratégico.

RG15/O Impacto

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