Equipe do HMS comemora os mais de 20 pacientes de covid-19 que receberam altas médicas
O novo setor de isolamento foi instalado no dia 08 de fevereiro e está tratando pacientes transferidos da UPA.
Desde o início do funcionamento até hoje, 17 de fevereiro, a equipe que atua no setor de tratamento da COVID-19 do Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) conseguiu liberar para casa oito mulheres e quatorze homens. Em todas as altas médicas um corredor de pessoas foi feito para acompanhar e homenagear os pacientes. Eles saiam ansiosos para encontrar a família que aguardavam na recepção da Unidade. As homenagens aconteceram com muitos aplausos, uma forma de expressar a alegria dos envolvidos e a principal frase que marcou esses momentos foi “Eu venci a COVID-19”
O setor de isolamento do HMS abriu 20 leitos com o intuito de desafogar os atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas. Os perfis do paciente transferido são os com quadros considerados estáveis.
A coordenadora de enfermagem do Hospital, Joycinéia Nobre, falou sobre o sentimento que os colaboradores tem ao conseguirem ajudar no processo de tratamento da doença. “É sempre muito emocionante quando esse paciente cruza a porta do isolamento e vai de encontro com os seus familiares. Todos ficamos com a sensação de deve cumprindo, pois sabemos como essa doença maltrata”, disse ela.
“São 20 vidas salvas, lembrando que também estão entre as altas pacientes de cidades vizinhas. A abertura dos leitos específicos para Covid no Hospital Municipal ajudou a desafogar a UPA 24 horas e a evitar o colapso de nossa rede hospitalar. Meu agradecimento aos profissionais da saúde que estão sendo verdadeiros heróis”, disse o prefeito Nélio Aguiar.
Pacientes, trajetórias e recuperação
O novo setor de isolamento do HMS já recebeu, desde o início do atendimento, mais de 30 pacientes vindos da UPA.
Esmeraldina Oliveira Ribeiro, 62 anos, sentiu os primeiros sintomas e procurou a escola itinerante no dia 20 de janeiro. Ela foi notificada e seguiu sendo monitorada. Após alguns dias foi necessário o atendimento da UPA, onde foi internada. A transferência para o HMS foi dois dias depois. Na última sexta-feira, 12 de fevereiro, os seis filhos, 14 netos e os quatro bisnetos celebraram a alta médica dela.
Esmeraldina falou como foi enfrentar a doença. Para ela, o que ajudou bastante foi o atendimento da psicóloga das duas Unidades “As vezes eu estava desanimada e ela chegava, conversava muito e brincava comigo então isso para mim foi uma ajuda muito grande. Eu só tenho que agradecer”, contou ela.
José João Bartnicki, 56 anos deu entrada no dia 3 de janeiro na Unidade de Pronto Atendimento. Ele ficou um dia internado na Unidade e depois foi transferido para o HMS. “Aqui no Hospital Municipal e na UPA todos são muitos prestativos, assistência excepcional, por isso que a gente se recupera rápido, porque é bem atendido”, disse ele.
A moradora da comunidade Laranjal, localizada na região de Alter do chão, Regina Lobato Sardinha, 32 anos, conta que começou a sentir um cansaço e logo desconfiou que pudesse ser a COVID-19. Ela procurou uma Unidade Básica de Saúde e em seguida foi encaminhada para a UPA de Santarém. A transferência para o HMS acontece após quatro dias de oxigenoterapia.
Regina falou sobre a principal dificuldade que sentiu durante esse período. “No momento da internação foi muito difícil e triste porque quando você é internado de uma gripe, por exemplo, tem alguém do lado, mas foi muito diferente, porque é só você e os médicos. Mesmo eles cuidam muito bem, a gente se sente um medo, se sente sozinha”, falou emocionada.
RG 15 / O Impacto com informações da Ascom HMS