Nem o medo da morte conseguiu amolecer o coração humano

Por José Ronaldo Dias Campos

Eu pensei que os recentes anos de pandemia, que ensejaram pânico, isolamento social, morte em série e sequelas inimagináveis, causando generalizado sofrimento a toda humanidade, indistintamente, fosse melhorar a convivência social.

Pensei que o medo do vírus, com alta carga de letalidade, que assolou o planeta, fosse tornar o povo mais compreensivo, tolerante, fraterno, em razão do medo da morte que a moléstia anunciava.

Entretanto, nada disso aconteceu, e até piorou: guerra insana deflagrada no exterior, polarização política exarcebada, turba enfurecida invadindo os poderes da república, atos de vandalismo, prisões em massa, revanchismo partidário, dentre outros.

Entristece-me, refletindo sobre o tema, a ausência de amor, de diálogo amistoso, de fraternidade, de tratamento urbano, além da fortificação do rancor, do culto a litigância, da intolerância, quando o objetivo do processo da vida é a almejada paz social, a felicidade.

Nota-se, também, a forte interferência do Estado no direito penal, criminalizando tudo, como se a prisão fosse a melhor solução para curar os males sociais que afligem a nação.

Ledo engano!

O Impacto

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