Reino Unido considera expulsão da Rússia do G8
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, defendeu nesta quarta-feira que a expulsão definitiva da Rússia do G8 seja debatida durante uma reunião da cúpula na próxima segunda-feira em Haia, caso o país adote mais ações que acentuem a crise na Ucrânia. Numa tentativa de pressionar por uma solução pacífica, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, viaja hoje para Moscou e Kiev, onde vai se encontrar com os líderes de ambos os países.
“Acho que deveríamos debater se expulsamos ou não a Rússia de forma permanente do G8, caso se tomem mais medidas”, afirmou Cameron no Parlamento. “É importante que atuemos junto com nossos aliados e parceiros.”
A cúpula de Haia foi convocada na terça-feira em caráter de urgência pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, após o presidente russo, Vladimir Putin, assinar um tratado que integra a província ucraniana da Crimeia à Rússia, ignorando ameaças de sanções do Ocidente. O G8 — os sete países mais industrializados e a Rússia — é integrado por Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Japão.
O acordo, assinado no final de um discurso patriótico em que Putin disse que a península sempre fez parte da pátria russa, foi condenado fortemente pela Ucrânia, Estados Unidos e União Europeia.
Em um tom mais conciliatório, o chanceler Luis Alberto Figueiredo afirmou em entrevista coletiva na França que o Brasil apoia todos os esforços da ONU e defendeu uma solução negociada para o problema. Já seu homólogo francês, Laurent Fabius, cobrou ações e sanções, exigindo firmeza por parte da comunidade internacional.
Fonte: O Globo