Das dez pessoas mortas na fazenda Santa Lúcia, três eram acusadas de matar fazendeira em 2003
Armas que estavam de posse do grupo. O bando de Lico tem histórico de envolvimento em ‘grilagem’ de terra e conflitos agrários há mais de 14 anos;
Antônio Pereira Milhomem, vulgo Tonho ou Toinho; Ronaldo Pereira de Sousa, vulgo Lico, irmão de Tonho e Wclebson Pereira Milhomem, vulgo Kleber, sobrinho de Lico são acusados juntamente com outros elementos de participarem da morte da fazendeira Iraildes em 2003, no município de Bannach. Ambos estavam entre as dez pessoas mortas na fazenda Santa Lúcia na última quarta-feira (25).
Dias antes das mortes na fazenda Santa Lúcia, Tonho aparece segurando uma pistola e ameaçando os seguranças em uma filmagem que circulou nas redes sociais. Ele e o sobrinho Wclebson foram denunciados e iriam a júri popular no fórum de Rio Maria pelo crime contra a fazendeira Iraildes. Quando aconteceu o confronto na última quarta-feira, os policiais tinham ido cumprir um mandado de prisão preventiva contra Tonho, Lico e a esposa Jane Júlia. Outras quatro pessoas que morreram, dentre elas, Wclebson sobrinho de Lico, tinha prisão preventiva decretada.
MORTE DA FAZENDEIRA: De acordo com as informações, na época, o bando invadiu a fazenda da senhora Iraildes com o objetivo de tomar suas terras, atirou nas mãos do segurança que trazia a fazendeira na garupa da moto, quando ele parou os ‘posseiros’ já foram alvejando a senhora. Dias antes ela havia denunciado que estava sendo perseguida por pessoas que queriam tomar suas terras, pouco tempo depois foi vítima de emboscada. Aproximadamente quatorze anos depois da morte da fazendeira, o bando de Lico, continuou na mesma prática de grilagem de terra, foram acusados recentemente de assassinar um segurança da fazenda Santa Lúcia e por fim acabaram morrendo no confronto com a polícia.
(Com informações do Jus Brasil e Documento de Direitos Humanos 2003: observatório das violências)