Planejamento, ação e controle marcam atuação da PM
Ten. Cel. Maués, comandante do 3º BPM realiza balanço de 2017
Nesta semana, tivemos a honra de receber no estúdio da TV Impacto (www.oimpacto.com.br) o Comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Tenente-Coronel Aldemar Maués, que ao jornalista Osvaldo de Andrade, fez um balanço do trabalho desenvolvido pela corporação em 2017. “As ferramentas foram implementadas com a minha entrada em fevereiro de 2017 para mensurar todo trabalho executado pelos policiais militares nas ruas e no final do ano pontuar os acertos, o que não foi tão bom e a gente pode melhorar e fornecer uma segurança mais efetiva para população Santarena”, afirmou Maués.
Os dados estão atualizados, “retiramos de circulação 111 armas de fogo, nós realizamos 813 prisões, na condução que efetuamos para delegacia que geraram flagrantes ou TCO, nós apreendemos 1448 papelotes de droga com a própria Polícia Federal, foram apreendidas drogas de maior montante, essas daqui são só as apreensões que nossos policiais no dia a dia, fazem pelas ruas; 39 foragidos das penitenciárias tanto do Cucurunã, quanto foragidos de outros estados, como da capital do estado que estavam circulando aqui pela cidade, e alguns menores da FASEPA que foram capturados; número de operações que realizamos foram 1314, são as operações que vocês veem em barreira, operação de incursão, saturação nos bairros periféricos, abordamos mais de 35 mil veículos, carros, motos e ônibus trazendo a segurança, pois às vezes alguns Cidadãos se sentem incomodados, mas é uma forma que a gente tem de capturar foragidos, vários deles foram capturados através desse procedimento, as armas apreendidas também, BAPM’s preenchidos, que são aquelas ocorrências acionadas pelo CIOP, 190, quer seja por uma ligação do número das viaturas, ou a própria população ao ver uma viatura passando, acena e chama, é gerado uma BAPM que significa Boletim de Atendimento Policial Militar, então nós fizemos mais de 26 mil atendimentos, se você dividir por 365 dias, é um número considerável que nós temos por atendimento à população, esse BAPM é todo tipo de atendimento, quer ele gere prisão, condução para delegacia ou mesmo aqueles casos em que a Polícia vai só lá e consegue contornar a situação ali no próprio local do evento”, explica o Tenente-Coronel Maués.
Perguntamos se essas estatísticas são um desejo do comando da Polícia Militar de mostrar à população que as atividades realizadas são positivas, “de fato, até então a gente não mesurava o nosso trabalho, e isso às vezes gerava frustração nós próprios policiais que trabalhavam tanto e não era divulgado e nem colocado no papel, então essa prática é uma forma de avaliarmos de um ano para o outro o que deu certo, onde falhamos, nessa área de segurança pública nós temos de estar constantemente se inovando, procurando meios novos, pois a bandidagem a cada dia inventa novas formas de causar o mal para sociedade e nós como policias temos que procurar de que forma a gente consegue enfrentar esse bandidos. Talvez a gente nunca chegue ao ponto ideal, pois é algo muito difícil de se conseguir, principalmente na parte de logística a gente sabe que o nosso estado é tão grande de nível continental, mas eu posso dizer com 24 anos de Polícia que em termo material, viaturas a gente já avançou bastante, hoje em dia temos armamento que consegue enfrentar o bandido, cada policial tem o seu kit de proteção que é um colete e uma pistola, tem um treinamento, em 2016 o efetivo do CPR1 passou 100% no treinamento e na atualização, em 2017, infelizmente não conseguimos atingir os 100% mas passou de 90%, tivemos muita demanda e serviço, que muitas vezes impedia desse policial chegar, mas 90% dos policiais do CPR1 conseguiu fazer esse treinamento, isso reflete nesses números que estamos divulgando, policial treinado e preparado se sente mais à vontade e preparado para enfrentar a bandidagem e trazer segurança para a população”.
Com a implantação 35º Batalhão, houve a divisão do efetivo, uma parte continua com o 3º BPM e a outra vai para o novo batalhão, segundo o Tenente-Coronel Maués tudo vai melhorar, “por que os dois batalhões irão ter áreas menores para trabalhar, com isso conseguimos realizar um policiamento mais efetivo e eficaz. O governo tem um programa que se chama PREC – Programa de Redução da Criminalidade, trata-se de uma programa do estado que a SEGUP monitora, já tem alguns anos, tem mais de 4 anos que é feita esse monitoramento e nós temos dados bem positivos para Santarém, podemos citar quatro itens mensurados; homicídio doloso, latrocínio, o roubo a transeunte e o roubo a estabelecimento comercial que aqui na cidade de Santarém nós conseguimos reduzir todos eles, esse programa faz mensuração do ano anterior, de 2016, estipula o máximo aceitável dentro da média de 2016 com relação a 2017 e por exemplo, homicídio doloso conseguimos reduzir 9%, o latrocínio em 50%, o roubo a transeunte 7% que é justamente aquela situação em que o cidadão está numa parada de ônibus ou na frente da sua casa, caminhando na rua e está com seu celular à mostra, de fato tivemos aqui em Santarém alguns casos desses no ano passado, mesmo assim conseguimos reduzir e o roubo a estabelecimentos comerciais em 50%, esse são dados oficiais da SEGUP, esses são dados retirados da delegacia, então a gente entende que o trabalho foi satisfatório, feito com seriedade, com empenho de todos os policiais do 3º Batalhão e os números de redução nesses quatro itens, só temos a agradecer os policiais por todo empenho e esperamos que esses números se repitam em 2018, que no final do ano possamos chegar aqui e trazer boas notícias, conseguimos reduzir novamente os índices da criminalidade aqui na cidade de Santarém. Esses dados não existem apenas para a gente se orgulhar dos policiais militares do 3º Batalhão, mas mostrar para sociedade santarena que a Polícia trabalhou de forma séria e efetiva e se em algum ponto não chegamos a atingir mais êxito foi por motivos alheios à Polícia Militar, por exemplo, muitas vezes a gente leva o elemento para delegacia e o bandido volta para o seio da sociedade, então presenciamos a triste realidade de um bandido ser preso três, quatro vezes, às vezes pela mesma guarnição e pelo mesmo crime, então a segurança pública tem de ser tratada de forma séria, eu acho que estamos chegando num momento em que temos de discutir de forma mais efetiva onde temos de mudar na área de segurança pública, nas leis, na questão dessas leis tão ‘benevolentes’ para criminalidade e haja mais segurança e mais paz para o povo comum em geral”, finalizou o Tenente-Coronel Maués.
Por Edmundo Baía Júnior
Fonte: RG 15/O Impacto