Candidato morre após passar mal em teste físico de concurso para perito criminal em Belém

O jovem que foi internado em estado grave na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sacramenta, em Belém, após passar mal durante um Teste de Aptidão Física (TAF) do concurso do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC), onde concorre ao cargo de perito criminal, faleceu na tarde desta segunda-feira, 12.

O teste foi realizado na manhã do último sábado, 10, no Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (Ciaba), no bairro da Pratinha, em Belém. Renan tinha apenas 29 anos de idade e faleceu no Hospital Guadalupe, localizado na rua Arcipreste Manoel Teodoro no bairro Batista Campos, capital.

O pai de Renan está abalado. “Vim aqui para levar o meu filho vivo e agora vou sair com ele morto”, desabafou.

“Ele estava muito mal. O diagnóstico exato só pode ser dado pelo Instituto Médico Legal, eu sei como funciona essas coisas, o meu filho vai ficar jogado lá, vai demorar muito para sair o resultado, então eu decidi abrir mão disso”, desabafou o pai de Renan, que desistiu de solicitar a perícia do IML para saber a real causa da morte do seu filho.

“A causa da morte não vai me trazer ele de volta. Se eu souber a causa, vou pensar no que poderia ter sido evitado, o que vai me trazer mais sofrimento”, declarou o pai, que prefere deixar essas questões burocráticas para trás.

Posicionamento da Sead

A Secretaria de Estado de Administração (Sead) informou que estava acompanhando o estado de saúde do candidato que se sentiu mal durante a realização da prova de capacidade física referente à 3ª fase do concurso C-176, do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC).

Informações apuradas junto à Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), responsável pela realização do certame, apontam que o candidato começou a apresentar desorientação assim que encerrou o exercício de corrida, tendo sido imediatamente socorrido pela equipe de paramédicos na UTI Móvel que esteve à disposição dos candidatos durante toda a realização do exame.

Segundo a nota da Sead, todos os procedimentos médicos necessários foram adotados no local, porém, a equipe médica decidiu encaminhar o candidato à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sacramenta, localizada na avenida Doutor Freitas, já que o candidato não conseguia responder aos questionamentos sobre a manutenção de plano de saúde por parte do mesmo. Posteriormente, o candidato foi transferido para o Hospital Guadalupe, onde se foi internado em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde faleceu nesta tarde.

A Sead esclareceu que está apurando junto à Fadesp, aplicadora do concurso, a informação de que o candidato teria caído por três vezes ao longo da prova.

Os exercícios que mataram Renan

De acordo com Edital n° 01/ SEAD-CPCRC/PA de 27/12/2018, que rege a realização do concurso, a prova de capacidade física para o sexo masculino é composta por quatro exercícios: flexão abdominal sobre o solo em um minuto com 20 repetições; flexão de braço no solo com 15 repetições em quatro apoios (mãos e pés); corrida de 12 minutos por 2.100 metros; e natação em 50 metros por um minuto e 15 segundos.

Ainda segundo o edital, os testes físicos são realizados em até duas tentativas – com exceção da corrida, que é realizada em apenas uma tentativa -, com intervalo mínimo de 15 minutos e máximo de 30 minutos entre a primeira e a segunda tentativa, para recuperação física dos candidatos.

Segundo a Fadesp, diante do ocorrido com o candidato, todos os demais concorrentes concordaram em suspender a realização do exercício de natação, que foi iniciado apenas após o retorno da ambulância para o local de realização do exame.

Fonte: Roma News

2 comentários em “Candidato morre após passar mal em teste físico de concurso para perito criminal em Belém

  • 14 de agosto de 2019 em 18:30
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    O SONHO DO RAPAZ ERA SER PERITO CRIMINAL, FAZIA PROVA EM TODO O BRASIL, ERA DO RIO DE JANEIRO, SUPER EMPENHADO, UMA FATALIDADE. CONCORRIA A UMA VAGA PRA SANTARÉM-PA.

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  • 13 de agosto de 2019 em 09:46
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    Esse TAF deve acabar em todos os concursos. Esse não foi o primeiro caso, mas espero que seja o último.

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