Artigo – O perigoso caminho que o Brasil tomou nas eleições: Fake news, compra e venda de votos, assassinato de candidatos e abstenção
Por Oswaldo Bezerra
Já tive a oportunidade conhecer vários países tanto da Europa quanto do nosso continente americano. Ter uma característica de submundo, mas com uma economia gigantesca é coisa do Brasil. Não existe lugar nenhum do planeta onde os recursos são tão mal usados como aqui. O motivo é o baixíssimo nível de políticos que elegemos para nos representar e a alta corrupção.
Os vilões, do nosso desenvolvimento, sempre trapaceiam para vencer. Nas eleições, o “jeitinho” mais usado para sair na frente são, no Brasil, as fake news, a compra e venda de votos, e mais recentemente o assassinato de concorrentes políticos. As artimanhas às vezes falham e são escancaradas como crimes eleitorais.
As fake news eleitorais divulgam fatos falsos, ataques contra a honra ou a divulgação de pesquisa fraudulenta. Diferentemente do que muitos pensam vender o voto é crime. A penalidade deste crime tanto para vendedor ou comprador, é a reclusão de 1 a 4 anos e multa.
Outro crime eleitoral que cresceu bastante neste ano foi o assassinato de candidatos. Neste ano 1 candidato foi morto a cada 3 dias. O total este ano foi de 80 candidatos desde janeiro, apontou um levantamento descrito na Folha de São Paulo. No Rio de Janeiro, a milícia obriga uma região inteira a votar em seus candidatos através de ameaças de morte.
Uma mudança nisso tudo está na ponta dos dedos da população. Chama-se renovação política. Renovação política impede a formação “feudos modernos” onde famílias dominam politicamente uma região, e por meio de corrupção também passam a dominar economicamente.
É fácil detectar em que região ocorre a menor renovação. É justamente nos rincões mais pobres. O estado do Pará é onde temos o município com o menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil. Belém, por exemplo, possui 40% da população fora do mercado consumidor. O Pará possui os 10 municípios mais pobres do Brasil. No geral, Maranhão, Pará, Amazonas e Piauí são os Estados que mais aparecem na lista de populações com baixo poder de consumo.
Em comum com estas regiões o pior problema político do Brasil, a compra e venda de votos. Felizmente ainda existe esperança. Em Fortaleza no Ceará, já há dois pleitos, houve uma renovação na câmara dos vereadores de mais de 90%. Sem feudalismo, menos corrupção, menos corrupção os recursos são mais bem usados. Com recursos usados adequadamente, o país encontrará o caminho para fugir da miséria e rumar ao desenvolvimento.
Infelizmente, a resolução via voto tomou nesta eleição um valor inerte. Pela primeira vez em nossa história a abstenção, votos em branco e nulos em uma eleição superaram a casa dos 30% . A falta de vontade e força para mudar imobilizou mais de 34 milhões de pessoas, que nem sequer conseguiram ir às urnas. O brasileiro votou mal e vai pagar um preço alto por isto.
RG 15 / O Impacto