Obras do PAC podem contaminar moradores
“É impossível ficar em casa, porque o fedor é muito horrível”, diz uma moradora prejudicada. “Almoçar, então, não tem nenhuma condição”, diz Antônio Sanches, morador no bairro do Mapiri há mais de dez anos. Junto com ele, mais protestos chegam, e tudo porque uma obra do PAC feita pela Prefeitura, em lugar de melhorar a artéria onde moram, acabou por prejudicar, fazendo com que muitas pessoas sejam obrigadas a mudar de endereço. O problema foi ocasionado por um trabalho feito pela prefeitura de Santarém, que teria colocado um tubo de diâmetro bem pequeno para recolhimento dos dejetos das fossas das residências. Conclusão: o que sai dos tubos e fossas das casas volta para os mesmos domicílios, causando mal estar às centenas de moradores do bairro. Eles temem que em dias de chuva forte as bocas de lobo possam estourar e então o estrago será bem maior.
Antônio Repolho Silva, funcionário de uma empresa de mineração, confirma que a obra é mesmo do PAC. “Nós moradores temos que pagar para que os bueiros sejam tapados”, reclamou o morador. “Tem dias em que é insuportável o cheiro de fossa”, dizem os prejudicados. Por conta ou não das obras malfeitas pela Prefeitura, muita gente está se mudando para outro bairro. No bairro do Mapiri, não é apenas na rua 13 de Maio que o problema acontece, a Avenida São Sebastião foi toda arrebentada para que pudessem fazer a tubulação que o tempo de chuvas e enchentes revelou ser inadequado. “Nosso bairro não era assim antes dessa obra”, lamentou uma moradora.
Buraco toma conta da avenida: Um enorme buraco, na verdade uma cratera, espera com a boca aberta os motoristas desavisados na avenida Sérgio Henn, em frente a Ulbra. Pior é que se a enorme cratera que significa perigo constante para carros e motocicletas não for fechada, o local pode servir de palco sangrento para acidentes com vítimas fatais, como aconteceu recentemente na Rodovia Santarém-Cuiabá, quando morreram pai e filho, na colisão entre um Cross Fox com um micro ônibus.
Dizem que quem avisa amigo é, por isso a equipe do jornal O impacto faz o registro da enorme cratera, para que seja fechada por quem de direito. Do contrário, o local vai servir para colisões e quem sabe acidentes fatais. Esperamos que o apelo para que o buraco seja fechado encontre eco e soluções sejam tomadas para colocar fim ao perigo.
Prefeitura diz que obras estão em fase final de construção: Em Nota, a Prefeitura de Santarém informa que avançam as obras das duas primeiras Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) de Santarém que estão sendo construídas nos bairros Mapiri e Uruará. Os trabalhos já chegam às últimas etapas para serem finalizados.
Nesta semana iniciou a impermeabilização do tanque da ETE Mapiri. O processo garante a qualidade da estrutura para que não haja riscos de vazamentos ou infiltrações. Após a impermeabilização, iniciará a instalação dos equipamentos que ficarão dentro do tanque. Os equipamentos já estão em Santarém e serão montados por técnicos especializados vindos de São Paulo.
A Estação de Tratamento do Mapiri está sendo construída no final da Avenida Borges Leal e terá capacidade para tratar material produzido por 50 mil habitantes. Serão beneficiados com essa rede de esgoto moradores dos bairros Mapiri, Caranazal, Aparecida e Jardim Santarém.
A ETE Uruará, com capacidade para tratar o esgoto produzido por 25 mil habitantes, recebe atualmente, a camada final de concreto do tanque de tratamento e logo em seguida começará a ser impermeabilizada.
As duas Estações de Tratamento de Esgoto representam um grande avanço para o município de Santarém, que em mais 350 anos de fundação ganhará as primeiras estruturas construídas para tratar esgoto sanitário produzido na cidade. Além de melhores condições sanitárias, a obra representa um ganho importante para o meio ambiente, uma vez que milhares de litros de esgoto deixarão de ser jogados sem tratamento no Rio Tapajós. A obra é resultado da parceria entre a Prefeitura de Santarém e o Governo Federal, através de convênio firmado entre a Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEMINF) e o Ministério das Cidades.
Além dos tanques, a obra das ETEs é constituída de estação elevatória, rede de esgoto e coletores tronco, que são os tubos maiores que recebem os dejetos da rede de esgoto e levam até a Estação de Tratamento. A estação elevatória é a estrutura que irá receber e bombear o esgoto até o tanque de tratamento. Tanto no Mapiri, quanto no Uruará, as estações elevatórias estão quase concluídas e mais de 98 % da rede de esgoto e coletores troncos já estão instalados, diz a Nota.
Por: Carlos Cruz
NA AVENIDA BORGES LEAL O ASFALTO JA ESTA TODO COMPROMETIDO E QUEBRADO COM O PESO DAS CAÇAMBAS, SE NAO TOMAREM PROVIDENCIAS ENTRAREMOS NO MP COM AÇAO.