Criança nasce com olhos grandes e sem parte da cabeça em Itaituba
Uma criança nasceu com os olhos grandes e sem uma parte da cabeça, uma anomalia identificada cientificamente por ‘anencefalia’. O fato aconteceu no município de Itaituba, Oeste do Pará. Segundo o médico Edir Pires, a má formação acontece nos primeiros meses de gravidez.
Fatos: A senhora Francisca Pereira de Sousa, de 32 anos, moradora da comunidade Jaguarão, distante cerca de 84 Km da sede do município de Itaituba, é mãe de 11 filhos e estava grávida de seu 12ª, uma menina. Era para ser uma gravidez normal como às outras, mas aos 06 meses ao fazer uma ultrassonografia detectou má formação da criança. Mesmo sendo informada sobre a má formação de sua filha, Francisca Pereira não quis interromper sua gravidez e levou adiante, quando chegou ao oitavo mês ela sentiu dor e ao ser levada a um médico, seu parto foi feito em cesariano, ou seja, em caráter de urgência, às 18 horas de sábado, 12. Caso não fosse feito ela poderia morrer junto com a criança.
Ao concluir o parto a informação foi confirmada da má formação. A criança nasceu sem
parte de cabeça e com olhos grandes. A pequena Maria, nome que recebeu de sua mãe, morreu logo após nascer. Segundo informações de familiares, o corpo estava perfeito, mas a cabeça não estava completa, fato esse que causou comoção aos moradores de Itaituba. Seu corpo foi enterrado na tarde de domingo.
O que é anencefalia?: A anencefaliaé uma má formação rara do tubo neural, caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da calota craniana, proveniente de defeito de fechamento do tubo neural nas primeiras semanas da formação embrionária. A anencefalia não caracteriza casos de ausência total do encéfalo, mas situações em que se observam graus variados de danos encefálicos. A dificuldade de uma definição exata do termo “baseia-se sobre o fato de que a anencefalia não é uma má-formação do tipo ‘tudo ou nada’, ou seja, não está ausente ou presente, mas trata-se de uma má formação que passa, sem solução de continuidade, de quadros menos graves a quadros de indubitável anencefalia.
Na prática, a palavra “anencefalia” geralmente é utilizada para caracterizar uma má formação fetal do cérebro. Nestes casos, o bebê pode apresentar algumas partes do tronco cerebral funcionando, garantindo algumas funções vitais do organismo.
Trata-se de patologia letal. Bebês com anencefalia possuem expectativa de vida muito curta, embora não se possa estabelecer com precisão o tempo de vida que terão fora do útero. A anomalia pode ser diagnosticada, com certa precisão, a partir de 12 semanas de gestação, através de um exame de ultrassonografia, quando já é possível a visualização do segmento cefálico fetal.
O risco de incidência aumenta 5% a cada gravidez subsequente. Inclusive, mães diabéticas têm seis vezes mais probabilidade de gerar filhos com este problema. Há, também, maior incidência de casos de anencefalia em mães muito jovens ou nas de idade avançada. Uma das formas de prevenção mais indicadas é a ingestão de ácido fólico antes e durante a gestação. Com informações e fotos de Junior Ribeiro.
Fonte: RG 15/O Impacto e Junior Ribeiro