Bispo de Santarém questiona construção de hidrelétricas

Dom Esmeraldo fala em defesa do povo indígena e ribeirinho

O Bispo da Diocese de Santarém, Dom Esmeraldo Barreto de Farias, por ocasião da sessão solene que aconteceu na manhã de terça-feira, 15, na Câmara Municipal, questionou a instalação de novas usinas hidroelétricas na região do rio Xingú, em Altamira e no vale do rio Tapajós, na Comunidade de São Luiz, Município de Itaituba.

Para Dom Esmeraldo, não é qualquer desenvolvimento que interessa ao povo brasileiro e nem aos povos da Amazônia. Ele destacou que o projeto precisa levar em conta as pessoas que moram onde as hidrelétricas poderão ser construídas.

“Eu morei sete anos nas proximidades da barragem da hidrelétrica de Paulo Afonso/BA, e até em 2007, os índios ainda estavam sem a terra, 20 anos depois da construção da barragem. Imagine como será o destino das populações indígenas e tradicionais da Amazônia afetadas por essas construções”, protestou o religioso.

 Durante a sessão, foram apresentados os objetivos e parte do vídeo de divulgação da Campanha da Fraternidade deste ano, que destaca as formas de agressão ao meio ambiente.

Em discurso, Dom Esmeraldo ressaltou a necessidade de efetivação do Conselho Municipal do Meio Ambiente, criado no ano passado, mas que até o momento ainda não entrou em funcionamento.

Ainda como parte da programação da Campanha da Fraternidade na Diocese de Santarém, será realizado um seminário no dia 03 de abril, às 08h, em Santarém, sobre o projeto de construção de dezenas de hidrelétricas nos rios Tapajós e Xingu. O evento irá contar com a participação de movimentos sociais de Altamira de Itaituba – municípios que serão afetados pela construção das hidrelétricas de Belo Monte e de São Luis do Tapajós, respectivamente.

Por: Manoel Cardoso

Um comentário em “Bispo de Santarém questiona construção de hidrelétricas

  • 20 de março de 2011 em 19:19
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    SR BISPO. NAO FALAR A VERDADE CLARAMENTE E UM PECADO CAPITAL. E IMPOSSIVEL ALGUEM PRINCIPALMENTE INDIOS SOBREVIVEREM POR 20 ANOS SEM SUAS TERRAS. EXISTE UMA DIFERENCA MUITO GRANDE EM VIVER NAS TERRAS EM QUE ESTAO E NAS QUE PRETENDEM PRINCIPALMENTE PORQUE JA SAO INDIOS ACULTURADOS. EXISTE UM ABISMO MAIOR AINDA ENTRE LUTAR PARA QUE A VIDA DESTES INDIOS SEJA MELHORADA E A TENTATIVA DE ALGUNS PADRES DE TENTAR IMPEDIR QUE SE LEVE AGUA E ENERGIA PARA 200 MILHOES DE BRASILEIROS. ENQUANTO SE PREOCUPAM COM POLITICA, SEUS REBANHOS MIGRAM PARA QUEM SE PREOCUPA COM DEUS.

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