Plantão do Bocão

Bocão

Gratuidade

 

A reação da possibilidade do congelamento na meia passagem dos estudantes de Santarém sofrer alteração soou como uma bomba no meio estudantil. A discussão do Acordo coletivo dos rodoviários, passa por pedido de aumento de tarifa, uma barganha onde quem paga o preço sempre é o passageiro. A UES agora, não quer apenas a manutenção do congelamento. Quer gratuidade. Isso é o ideal, o real está longe de acontecer. A questão é simples. A gratuidade antes de ser concedida, faz a seguinte pergunta: Quem vai pagar a conta?. Em gestão pública esse é um posição sine qua non  meu caro Ib Tapajós.Como conceder gratuidade, se o poder público não consegue sequer manter as linhas de ônibus em condições de trafegabilidade?. Esse não é só “privilégio” do sistema viário.

Gratuidade II

A saúde é só um bom exemplo de que muita coisa precisa ser feita. Nada contra a pretensão da classe estudantil. Mas sem saber a origem do subsídio, não dá sequer pra discutir. É preciso saber antes de tudo, de onde virá o recurso, e quais os setores que serão afetados com a medida. O economista José Lima, fez um levantamento sobre o montante dos valores que envolvem o movimento financeiro que representa a meia passagem, e garante que a prefeitura está devendo aos empresários em valores corrigidos R$ 2 milhões e 200 mil reais, a serem encontrados com encargos de ISS, por conta da diferença da meia passagem congelada desde 2008.A remissão da dívida segundo o economista não foi feita, e o assunto vai ganhar corpo frente o aumento das tarifas de transporte coletivo de Santarém. 17% do movimento de meia passagem nos transportes coletivos durante o mês representam um volume de R$ 335 mil reais. É quase o dobro do que o município precisa para viabilizar a destinação adequada das duzentas toneladas diárias de lixo orgânico de Santarém.

Gratuidade III

A campanha já elaborada pela UNES: Nenhum direito a menos, pode ganhar mais respaldo do que simplesmente bater agora na tecla da gratuidade. Essa é uma idéia que deve ser amadurecida, e discutida amplamente, e não no afogadilho. Quem sabe se não seria mais fácil fazer gestão no sentido de se oficializar passaporte como uma espécie de “bolsa transporte”. O ano eleitoral está aí, e quem sabe a idéia não pode ser aproveitada.

Arrumando a casa

Quem nunca ouviu essa frase desgastada invariavelmente quando um novo gestor assume o poder, substituindo um oponente?. Estava demorando mas a frase foi dita pelo deputado Alexandre Von em entrevista ao jornal O IMPACTO. Essa preciosidade foi pronunciada diante da falta de ação do governo Jatene nesta região. Alexandre, você pode até ter razão no sentido da frase, mas um clichê (banalidade repetida com freqüência) como esse, poderia muito bem ser substituído por alguma coisa diferente. Você tem competência para dizer a mesma coisa de outra forma, não acha?.O IMPACTO já se manifestou anteriormente sobre os investimentos previstos pelo governo Jatene para os próximos anos e não creio que alguns investimentos, que não chegam a ser significativos, possam contemplar os  interesses dos santarenos que confiaram mais uma vez em vossa excelência, nobre deputado.

Dom Frederico

A Avenida Dom Frederico Costa, sempre foi alvo de críticas por parte da imprensa, pela forma como o dinheiro público é gasto, sem qualquer senso de responsabilidade. Aliás, a responsabilidade solidária, é um bom exemplo a ser adotado pelo Ministério Público, caso investigue a má aplicação dos recursos. Que o serviço foi feito às pressas e com fins eleitoreiros na administração Lira Maia, ninguém duvida. Mas há aí um agravante, que quase sempre é esquecido. A atual administração deveria responder solidariamente pela malversação da verba pública, por não ter feito absolutamente nada para pedir que a firma executante da obra, refizesse o serviço. Ou no mínimo entrar em tempo hábil, com uma representação contra o ordenador das despesas da mesma forma como faria como promotora de justiça que é, antes de tudo. A avenida que serviria como via importante do anel viário, agora não tem mais nem como ser recuperada. Tem que fazer tudo de novo. O abandono foi solidário da anterior e da atual administração, portanto, não adianta ficar no jogo de empurra, procurando apenas um culpado.

 Por: Emanuel Rocha

Um comentário em “Plantão do Bocão

  • 4 de maio de 2011 em 11:05
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    É uma vergonha a cidade de Santarem está passando por uma administração inresponsavel. Veja só são filhos de santarém.

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