Colono pode ter sido vítima do tráfico

Delegado Rilmar Firmino

Durante entrevista coletiva na tarde de ontem, o delegado-geral adjunto da Polícia Civil do Pará, Rilmar Firmino de Souza, negou que haja qualquer ligação entre a morte do colono Eremilton Pereira dos Santos, encontrado no sábado, nas proximidades do assentamento Praialta/Piranheira, e o casal de ambientalistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, mortos no último dia 24, no mesmo assentamento.

A informação reforça o que já tinha sido dito pelo delegado Silvio Maués em matéria publicada na edição de ontem. Para Firmino de Souza, é leviano informar que Eremildo tivesse contato com dois motoqueiros e que supostamente seriam os pistoleiros que mataram os ambientalistas. “Temos outra linha de investigação, infelizmente não podemos adiantar, pois qualquer coisa que dissermos pode prejudicar a investigação”, comentou.

Uma certeza o delegado disse ter: “Vamos esclarecer os dois casos”, sentencia, dizendo que as investigações estão bastante adiantadas.

TRÁFICO – O delegado da Polícia Federal Marcelo de Souza Seiler, que também apura os dois casos, afirma que a morte do colono Eremilton dos Santos pode ter alguma ligação com o tráfico de drogas. Seiler disse que esteve no local onde o corpo foi encontrado, na terra pertencente ao colono João Pereira de Sousa, e que teve indícios dessa hipótese. “A área é infestada de traficantes”.

Eremilton dos Santos, segundo o delegado, costumava frequentar aquela região, onde consumia drogas e ingeria bebidas alcoólicas. “Mas vale lembrar que é uma hipótese. Somente a investigação vai definir o que de fato aconteceu”.

Quanto ao homicídio do casal de ambientalistas, Seiler diz que já ouviu em entrevista pelo menos 50 pessoas e já colheu 12 depoimentos.

Indagado sobre a possibilidade de o crime ter o envolvimento de algum madeireiro ou fazendeiro daquela região, Seiler, tal qual Rilmar Firmino, foi lacônico. “Não podemos dizer qual linha de investigação está sendo seguida, pois trabalhamos em várias frentes a fim de identificar o que de fato aconteceu nesse caso”.

Da Redação

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