O MUNICÍPIO DE SANTARÉM E O ESTADO DO TAPAJÓS

Li, outro dia, no faceebook, um comentário a uma bela foto do Gil Serique, feito pela minha querida amiga e ex-aluna Telma Amazonas. Fiquei muito feliz em localizá-la e relembrei-me do estilo próprio de se expressar, tanto ela quanto sua irmã, Tânia, desde quando as conheci como minhas alunas no Colégio Dom Amando.   

Diz ela, entre outras expressões, que o assunto “buracos nas ruas de Santarém, e falar mal do governo era um assunto empoeirado, desgastado”. Ótimo, correto, você tem toda razão, querida Telma. Mas veja só! Para não ficar no “depois eu te digo”! Digo-te, agora, que empoeirado que é derivada de poeira – pó de areia, poeirento, quando já está acumulado de pó. Neste caso, especial da metáfora que você criou, é o antigo, marcado pelo tempo. Feliz metáfora! Empreste-me para tentar criar o meu texto de hoje. Beijos de agradecimentos.

Empoeirado, coube bem, pois vem significando, o longo período de descaso que a administração municipal relegou a nossa cidade e a nós moradores da nossa Querida Santarém, não podemos mais suportar a “tábua de pirulito” em que se transformaram as ruas em todos os quatro cantos da cidade que dizem “da gente”. Coitado dos amortecedores dos nossos carros. (Eu até torci meu tornozelo, quando caminhava na Turiano Meira, antes da “guaribada” que deram em parte dela. Não passei a ser “pé de pano”, mas “bota de pano”), que usei para me locomover.

A contar também, pelos moradores que não tem ruas com lembranças de asfalto. Ruas tomadas pelo mato, pelas valas, e poças de lamas, e como no caso específico de onde moro, na COHAB, que já foi toda asfaltada, hoje, lama no inverno e poeira no verão. E pagamos os mesmos impostos e altos IPTU.

Nestes trezentos e cinqüenta anos de Santarém, que lhes dêem de presente, já que estes dizem ter amor por Santarém, um “puxirum”, aproveitando a “estiagem” das chuvas e botar todos os terceirizados na rua. Aí sim! Santarém passaria a ser canteiro de obras, como alguns vereadores da situação costumam dizer na tribuna da nossa Casa Legislativa, quando ainda não é. Como se os moradores fossem cegos. Não tentariam enganar até quem não mora aqui.

A proceder assim, o povo deixaria de manifestar o seu descontentamento, falando mal, pelo menos, da infra estrutura da Cidade e a administração municipal passaria a colher dividendos políticos E assim, tentar fazer o seu terceiro governo vermelho, pois até agora a perspectiva de permanência no Palácio Jarbas Passarinho, pelo longo tempo de desserviço ao cidadão e abandono da Pérola, está fadado a derrota, e Santarém sairá do vermelho.

 Outro assunto, atual, como o anterior, É que alguns “tapuius” estão achando que a aprovação do plebiscito para consulta sobre a divisão do estado do Pará, já está ganho. E pelos gestos, falas e posturas, dão-nos a impressão de que se nos tornamos estado do Tapajós, virá solucionar todos os problemas e alguns já estão no clima do “já ganhou”. Outro grupo está pedindo exame de DNA para se saber quem é o verdadeiro pai da criança, outros já querem garantir uma vaga para as próximas eleições, como se os de outros municípios não aspirassem mais concorrer ao pleito eletivo. Éeeeeegua!

E o principal? A procura dos eleitores? Desde os daqui que a grande maioria não sabe se quer. Outros não sabem nem o que é plebiscito. Para o que é? Ainda não definiram a campanha, (como o pessoal do Carajás, que já se reuniram, em Marabá, com o marqueteiro Duda Mendonça). Não se tem uma estratégia definida para trabalhar na Capital. 

Lá é a nossa maior preocupação e cuidado pela campanha que já está nas ruas contra a divisão, o movimento é muito forte e liderado pelo chefe da Casa Civil do Governo do Estado do Pará. E quem me garante que com a vinda do Governador na semana do aniversário de Santarém, pra cá, não virá calar a boca de muitos prefeitos da região, ou membros do movimento pró-novo Estado que até agora não foram aquinhoados nos cargos do governo do estado do Pará? Basta ficarem omissos, simplesmente?

É necessário trabalhar junto com os filhos, não só de Santarém, mas, também dos filhos dos outros municípios da região Oeste do Pará, residentes fora desta região, e também nos municípios do entorno da Capital. E intensamente aqui na região.

E junto aos moradores da capital amazonense que ainda tem seus títulos de eleitor daqui, ou então promover uma grande transferência dos eleitores do Amazonas, para Santarém, ou para os seus municípios de origem, ou, acima de tudo, incentivar o jovem de dezesseis anos a se inscrever como eleitor e dá o seu primeiro voto, pela criação do estado do Tapajós, mostrando que estes jovens serão os grandes beneficiados, com a criação do novo Estado e pelo que de positivo ele trouxer. Os jovens é que irão dirigir o novo Estado. Eis a sugestão de quem vai votar SIM, pela divisão para não se parar de crescer.

Por: Eduardo Fonseca

Um comentário em “O MUNICÍPIO DE SANTARÉM E O ESTADO DO TAPAJÓS

  • 17 de junho de 2011 em 00:58
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    oi professor fico feliz ao ler seus artigos por saber que alguem tem a coragem de pedir socorro pela nossa cidade,enquanto muitos se calam,ao mesmo tempo fico triste o que da pra entender e que a cidade vai de mal a pior,moro em ladario MS, aqui tambem nao e diferente o descaso, estou aqui a 6 anos e pouca coisa muda…

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  • 15 de junho de 2011 em 10:13
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    Sr. Eduardo Fonseca, Moro em Manaus e achei muito apropriado o alerta que trazes à tona. lembrando sempre que muitas vezes isso provavelmente ja tenha acontecido.
    Antonio Edme

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