Advogados e vereadores pedem prisão de Prefeito

O jornal O Impacto já havia denunciando em matérias publicadas, os desmandos do prefeito de Prainha, Sérgio Pingarilho. Agora, com as denúncias de fraude em licitações veiculadas pelo programa “Fantástico”, da Rede Globo, que repercutiu em todo Brasil e causou revolta na população, as denúncias de fraude e corrupção no governo de Sérgio Pingarilho voltam à tona.

Denúncias sobre desvios de recursos e fraudes licitatórias recaem sobre alguns prefeitos dos municípios paraenses, principalmente se referindo a Sérgio Pingarilho, do PMDB, que está sendo acusado de causar um rombo, só em 2011, de cerca de R$ 900 mil aos cofres públicos com a utilização de notas frias e pagamento de propina ao vereador Osires Queiroz, também do PMDB, responsável por ‘segurar’ todas as denúncias feitas contra o gestor na Câmara Municipal de Prainha.

O advogado Guilherme de Almeida, responsável junto com os vereadores José Hélio Miranda da Rocha e Maria do Solcorro Miranda da Silva, por protocolar as denúncias contra Pingarilho à Procuradoria Geral de Justiça do Estado, que tem como nº 7495/2012, datado do dia 28/02/2012, afirma que há fortes indícios de lavagem de dinheiro em meio à gestão do peemedebista. “Esses R$ 900 mil se referem só aos desvios de 2011, mas desde o início do mandato dele, teve muito mais coisa”, afirma. “Há notas frias anexadas às prestações de contas para construir pontes em igarapés que nem existem na cidade, como é o caso de uma licitação ganha para construir uma ponte no valor de R$ 37.800 sobre o Igarapé do Ipê. E os moradores contam que esse igarapé não existe!”, revela a denúncia feita pelo advogado.

Dr. Guilherme de Almeida anexou ao processo encaminhado à Procuradoria, relatos que evidenciam que além de o Prefeito licitar obras que não aconteceram, em grande parte das licitações, a vencedora foi a empresa M & M Indústria e Construção Valjac Ltda., por acaso de propriedade de Osires Queiroz, que seria o responsável por impedir que fossem adiante as diversas denúncias feitas à gestão de Sérgio Pingarilho, na Câmara. “Esse Vereador, quando eleito, passou a direção da empresa para o nome do irmão, mas cometeu um erro que comprova sua proximidade com a empresa: a sede dela continua sendo a casa de Osires”, afirma a denúncia do advogado Guilherme de Almeida.

O documento pede, dentre outras medidas, pela prisão preventiva de Sérgio Pingarilho.-. “Diante do exposto, é esta para requerer que Vossa Excelência promova contra o representado (Sérgio Pingarilho) a Ação penal, na qual deve ser também postulado a concessão da prisão preventiva do mesmo, ante o perigo que ele (Sérgio Pingarilho), em liberdade, representa à ordem Pública”. Segundo o advogado, “há um componente revoltante nessa situação. Há algum tempo, a professora Aldeize Chaves de Sousa, bastante doente, tentou pedir benefício ao INSS. Recebeu como resposta que a Prefeitura, que lhe desconta uma porcentagem relativa à Previdência Social mensalmente no contracheque, simplesmente não recolhe o valor. Ou seja, é a Prefeitura mais uma vez se apropriando do dinheiro da população. No fim das contas, a professora, que tem uma condição financeira insuficiente, saiu sem conseguir o direito pelo qual ela achava que pagava”, denuncia o advogado.

Fraude: Professora Aldeize Chaves de Sousa teve que se deslocar para Santarém para tratar do assunto junto a Previdência Social local e para sua surpresa, veio a constatação das falcatruas de Sérgio Pingarilho e do secretário de educação, Edmundo Pingarilho, irmão do Prefeito, que ela não teria direito ao auxílio doença, porque o município de Prainha não repassava àquela autarquia as contribuições previdenciárias que eram religiosamente descontadas nos contracheques dos servidores. Revoltada por não saber mais o que fazer, professora Aldeize foi à procura do Secretário de Educação, que com deboche nada respondeu a ela sobre seus questionamentos, mandando simplesmente sair de seu gabinete.

Agora a esperança do povo de Prainha é que a Justiça seja realmente feita, e que tire essa família do poder para a melhoria dessa população de bem, que tentando escolher o melhor, acabou por escolher os piores para serem seus governantes.

Por: Fernanda Rabelo (Free Lance)