PF pediu para não suspender investigação de operação, diz mulher de Gurgel

Procurador-geral da República, Roberto Gurgel

Responsável por analisar a Operação Vegas, a subprocuradora da República Cláudia Sampaio quebra o silêncio e responde à polêmica da suspensão das investigações, em 2009, informa o “Painel”, editado por Vera Magalhães e publicado na edição deste domingo da Folha (a íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Ela, que é mulher do procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, diz que ia arquivar o caso, “mas o doutor Raul foi categórico ao pedir para esperar, para não atrapalhar investigações em curso”.

Raul Alexandre é o delegado da Polícia Federal que comandou a operação de 2009, que levou à Monte Carlo em 2010 e à prisão de Carlinhos Cachoeira em fevereiro. “Está claro que a Vegas era uma operação natimorta”, disse a subprocuradora, por intermédio da assessoria da PGR.

A PF nega que o delegado tenha feito o pedido.

Gurgel tem sido criticado por ter demorado a abrir investigação contra o senador Demóstenes Torres.

Em 2009, durante a Operação Vegas, a Polícia Federal disse ter encontrado indícios de irregularidades, mas Gurgel considerou o contrário, e nada fez até fevereiro de 2012, quando estourou outra operação também envolvendo Demóstenes, a Monte Carlo, que prendeu o empresário de jogos ilícitos Carlos Cachoeira. Só então Gurgel mandou abrir um inquérito.

Fonte: Folha.com

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