Flanelinhas serão fiscalizados pelo Conselho Tutelar de Santarém

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Menores trabalham na área do Mercadão
Menores trabalham na área do Mercadão

mais um alerta para pais ou responsáveis que deixam seus filhos perambulando pelas ruas: as crianças e adolescentes que trabalham como flanelinhas no centro comercial de Santarém e na área do Mercadão 2000 serão fiscalizadas pelo Conselho Tutelar. A medida vem de encontro á situação de descaso de alguns pais, fazendo com que diariamente, muitos meninos são observados vigiando carros nas ruas do comércio local. Por constatar ser situação de risco, a decisão do Conselho Tutelar é de retirar as crianças das ruas.

Nas feiras e centro comercial de Santarém é comum encontrar crianças trabalhando como vigia de carros que ficam estacionados nas ruas.

Essa prática é proibida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo os conselheiros, muitos flanelinhas são beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família.

O Conselho Tutelar de Santarém está fazendo um levantamento para identificar os locais que há mais incidências de crianças e adolescentes vigiando veículos nas ruas da cidade. O conselheiro tutelar Azomar Jati alerta sobre essa realidade.

Depois de serem notificadas e, dependendo da situação, as famílias podem até perder o benefício social que recebem para ajudar no sustento das crianças.

RECLAMAÇÕES: Elivan Alves, 18 anos, trabalha como flanelinha há três anos. Segundo ele, durante esse tempo, já houve várias reclamações por parte dos motoristas, que acusam os guardadores de carro de furto e vandalismo. O rapaz garante, no entanto, que esse tipo de situação não acontece e que a classe é marginalizada pela sociedade. A função de flanelinha é adotada principalmente por jovens de baixa renda, que não conseguem uma colocação profissional no mercado de trabalho. Por falta de experiência, escolaridade e oportunidades esses jovens acabam optando por empregos informais, como trabalhar de guardador de carro, por exemplo. “É um trabalho como outro qualquer”, justifica Elivan.

Os irmãos Djair, 25 anos, e Djalma Pereira, 22 anos, relatam que por falta de oportunidade estão trabalhando nessa área há mais de 13 anos. É como flanelinhas que eles conseguem dinheiro para garantir o sustento de suas famílias. “Comecei a trabalhar aqui muito cedo e desde os nove anos estou vigiando os carros dos outros e ganhando meu dinheiro honestamente. Não é o tipo de trabalho com o qual sonhei, mas foi o que eu consegui e levo a vida do jeito que dá”, desabafa Djair.

DANOS: Existem muitas denúncias de motoristas e motociclistas, que acusam os flanelinhas de causarem danos aos seus veículos, furarem pneus e até mesmo quebrarem os vidros dos carros. Djalma, que é considerado um dos líderes no local, garante que essas afirmações não são verdadeiras e que os casos não acontecem desta maneira. Ele deixa escapar, no entanto, que em outros pontos há reações violentas por parte dos guardadores, mas só quando algum motorista ameaça os trabalhadores e não paga o valor cobrado. A lei das ruas diz que se o dono de carro que não paga, tem pneus furados e o carro riscado. Apelar para quem? Só ao Papa.

Fonte: RG 15/O Impacto

 

Um comentário em “Flanelinhas serão fiscalizados pelo Conselho Tutelar de Santarém

  • 19 de janeiro de 2013 em 08:49
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    Cobram para não riscarem os carros e ameaçam os motoristas que não se sujeitam a pagar por estacionar em local PÚBLICO.

    Algo deve ser feito para resolver essa situação, antes que algum motorista revoltado resolva a situação a seu modo.

    Resposta

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