Padre acusado de incentivar invasores a enfrentar polícia

Darlison Maia, um dos proprietários da área, alerta para possível conflito
Darlison Maia, um dos proprietários da área, alerta para possível conflito

Parece que a indústria de invasões continua em alta. E com aliados muito influentes, pelo menos entre o povo católico. Em Alenquer, a Fazenda Libra, uma das mais tradicionais do Município, de propriedade da Família Maia, sendo representada por um de seus diretores Darlison Maia, mais uma vez é noticia. E ao contrário das outras vezes, onde até uma Vereadora e um funcionário da Secretaria Municipal de Meio Ambiente estavam entre os invasores, onde destruíram a fauna e a flora, desta vez um padre está entre os vândalos rurais. Isso mesmo. Vai ver que por essa razão, entre tantas escandalosas, o Santo Padre Bento XVI está deixando o cargo de titular da Igreja Católica. Não agüenta mais tanta pressão.
Para completar, mais uma dor de cabeça vem à tona, desta vez no município de Alenquer, onde um sacerdote aparece incentivando os invasores da Fazenda Libra, incitando o povo a não entregar as terras ao seu proprietário. Mas a Justiça está de olho e já tomou conta do fato criminoso, expedindo mandado judicial de reintegração de posse.
O juiz de Direito André Luiz Filo-Creão G. da Fonseca, expediu desde o dia 18 de fevereiro mandado de reintegração de posse da área objeto de presente demanda (Fazenda Libra), em conformidade com o dispositivo da sentença de fls. 416/427.
Em continuação à sentença, existem itens que alertam ao Ministério Público Agrário e Ouvidoria Agrária Estadual e Polícia Militar, como segue: “Oficie-se, dando ciência, à Ouvidoria Agrária Estadual e certifique-se ao Ministério Público Agrário para, querendo acompanharem e fiscalizarem o cumprimento de mandado judicial. Oficie-se ao Comando Geral da Polícia Militar solicitando tropa policial especializada para dar segurança ao mandado de reintegração de posse, garantindo assim a ordem pública e a segurança dos envolvidos com a devida prudência e cautela em observância ao estrito cumprimento do dever legal, viabilizando uma desocupação pacífica do imóvel.
Oficie-se à Secretaria de Segurança Pública do Estado para ciência, a fim de que disponibilize o aparato necessário ao fiel cumprimento da Ordem Judicial. E finaliza: “Deixo de conhecer do pedido de fls. 508/510 haja vista que, tendo ocorrido o trânsito em julgado de sentença, a este juízo, só cabe dar cumprimento a mesma em virtude de ter esgotado seu mister jurisdicional”, assim diz a sentença assinada pelo juiz André Luiz Filo-Creão da Fonseca.
Isso quer dizer, que, caso o sacerdote -que deveria usar de bom senso para celebrar missas, em lugar de invadir terras alheias- teime em arregimentar os vândalos rurais para resistirem e não saírem da Fazenda Libra, vão ter que prestar contas com a Justiça e Polícia Militar. Conforme consta no processo, existem 35 famílias que invadiram a área, mas o Padre está convocando invasores de outras áreas invadidas para se reunirem na Fazenda Libra e resistirem à desocupação. A Polícia Militar deve se reforçar para cumprir o mandado de reintegração de posse.
Uma pergunta que se faz: De quem fica a responsabilidade se acontecer algum incidente: do Padre que está insuflando os invasores ou da igreja? O aviso está dado, só desobedece quem quiser arcar com as conseqüências e sanções penais.

Por: Carlos Cruz

 

8 comentários em “Padre acusado de incentivar invasores a enfrentar polícia

  • 1 de março de 2013 em 19:26
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    Senhor Carlos Cruz
    Sou o padre que a matéria que o senhor publicou no Impacto, sobre a fazenda Libra,faz referência. Fui alertado por alguém, daí de Santarém, a quem agradeço, por este meio tb. Trabalhei bastantes anos na Paróquia São Raimundo Nonato, aí na Aldeia. Vamos esclarecer, para que nem esse meio de informação nem o senhor cometam o crime de difamação e incentivo ao ódio contra a Igreja e/ou a seus representantes.
    1. Sou eu o padre que visita as comunidades do entorno.
    2. A ocupação dessas terras já existia, antes da minha chegada a Alenquer.
    3. Amo a minha Igreja, respeito os meus superiores e, apesar das minhas falhas, tento ser um fiel discípulo de Jesus Cristo.
    Como Pároco de Santo Antônio de Alenquer, acompanho as alegrias e as angústias dos meus paroquianos.
    4. O STTR local nos alertou para o conflito e o potencial de violência que a execussão da reintegração de posse da fazenda em questão representa para os ocupantes da área e para Alenquer em geral.
    5. Exatamente para evitar a violênica e acalmar os ânimos dos ocupantes que porventura se manifestem pela violênica é que me desloquei para essa comunidade (Todos os domingos há celebração nesse local, apesar de não ser ainda uma comunidade católica oficializada)
    6. Nossa formação teológica,(Mestrado em Doutrina Social da Igreja)nos garante a total conformide com a Doutrina Católica.
    Caso o senhor não saiba, refiro que, acima do Direito à Propriedade Privada,(DPP), há o Direito do Bem-Comum, ou DUB (Destino Universal dos Bens). Quando esses dois direitos entram em conflito, o que deve prevalecer é este último.
    7. Quando fomos convidados a nos pronunciar,(aí vem a má informação que o senhor recolheu de alguém que não quer o bem, nem da Igreja, nem de seus pastores)Lembramos que o derramamento de sangue não serve para quem é amigo do bem, nem para quem quer a terra, pois, morto não planta nem ceifa…
    Dissemos sim, que a justiça, no papel, comprovou a legalidade da posse do proprietário e essa é a missão do Juíz.
    Mas dissemos também, que o poder público, vendo o conflito em potencial, pode indenizar os donos e entregar a terra para Reforma Agrária, pois, se essa terra não era trabalhada, é porque o dono não precisava dela para sobreviver, e assim, o bem-comum dá o direito de desapropriação. A Doutrina Católica e a Constituição Federal confirmam o que falei.
    8. Os comentários tendenciosos violentos e cruéis que alguns leitores da matéria fizeram, aos padres, bispos e cardeais, (o Papa escapou milagrosamente)só foram feitos porque o senhor os incentivou.

    Na Quaresma temos um tempo propício para nos corrigirmos e… caso o senhor seja católico… mostre sua coragem, pedindo desculpas a todos os católicos que amam sua Igreja, apesar de ela ser pecadora.
    Acreditando na Evangelização pela Internet,
    Pe. Manuel,
    Pároco de Alenquer,

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  • 1 de março de 2013 em 17:00
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    JÁ ACHO QUE O POVO TÁ TENTANDO GANHAR TERRAS E PROPRIEDADES NA MARRA… O POVO TEM QUE TER CONSIENCIA DE QUE A JUSTIÇA EXISTE! AGORA É TANTO RELIGIOSO OBSTRUINDO A REPUTAÇÃO DE SUA IGREJA, TAIS COMO; ESTRUPOS, ROUBOS, PEDOFELIAS, INVAZÕES DE TERRAS. REALMENTE É MUITAA PRESSÃO PRO PAPA.
    _ COMO PODE? O POVO QUER GANHAR AS COISAS NO GRITO E NA PORRADA. É FODA!!!

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  • 1 de março de 2013 em 13:11
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    esse justiceiro, não conhece a justiça. sou daqui de Alenquer, esses metodos que alguns politicos implantaram só trazem prejuijos, principalmente no ambito ambiental, pelo que sei só nessa fazenda foram mais de 100 ha de floresta que eles derrubaram. outra coisa, não vemos pastores, espiritas, budistas e etc. participando desses abusos.porque esse padre não da um pouco das terras da igreja pra esses invasores, e olha que a Igreja tem muita terra em toda região.

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  • 1 de março de 2013 em 12:36
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    o justiceiro, nem sabe de que familia maia se trata, até mesmo porque aqui em Santarem existem inumeras familias maias. o justiceiro deve ser comedor de OSTIA desses padres. ommais engraçado é que não se ve um budista,um pastor um espirita etc. envolvida nisso, porque os padres não dão um pouco das terras deles para essa gente que se diz precisar de terras, e olha que a IGREJA tem de montão.

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  • 1 de março de 2013 em 09:26
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    Por isso que a igreja católica vai de mal a pior, com crise em cima de crise porque esses padres em vez de estarem envagelhizando e rezando missa estão insuflando as pessoas a irem pro confronto pra ter terra, bens materiais para depois vender e dividir o dinheiro com o padre, querem saber de molequinhos e molequinhas novas para aliciar. Em vez de se meter nestes crimes deviam estar fazendo o bem e não praticando o mau deviam dar em cima da pedofilia que virou moda entre os padres e isso é crime. Que a justiça seja feita e enquadre a igreja pra acabar com essa farra desses padres maufeitores.

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  • 1 de março de 2013 em 07:56
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    Quem sabe mais essa fazenda como tantas ai foi comprada com o dinheiro do contribuinte que a família Maia compra.Essa ameaça só se dá porque a justiça e a policia do Parazinho estão comprometidas com essas pessoas corruptas. Uma ideia, Darlison Maia vende essa fazenda e devolve o dinheiro para os cofres públicos que esses invasores vão embora.

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    • 1 de março de 2013 em 10:23
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      cuidado com o que fala justiceiro,tu ta falando o que pensa,tu nem te identificou(seraque tem medo).Se essa familia rouba e tu sabe leva as provas as autoridades competentes.

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      • 1 de março de 2013 em 15:14
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        Não me posiciono aqui como advogado do diabo. Todavia, pelo pouco que conheço do Darlison, ele é incapaz de ser merecedor das palavras a ele dirigida pelo justiceiro. Darlison é uma excelente pessoa, e penso ser incapaz de fazer parte da turma da falcatrua. Assim sendo, meu voto de apoio a Darlison. Se existe documento que comprova a propriedade das terras à sua família, os invasores são o que são: invasores. E para coibir com tal trnsgressão, a justiça deve intervir.

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