Operação da PF prende madeireiros e funcionários da Sefa e Sema
Uma grande movimentação de veículos e advogados foi visto na manhã de quarta-feira, 06, em frente à sede da Polícia Federal em Santarém, após um juiz federal de Belém do Pará expedir vários mandados de prisão, busca e apreensão a diversos madeireiros que atuam na região Oeste do Pará. Agentes da Polícia Federal cumpriram os mandados de prisão através da operação denominada “Térmita II”.
Por volta de 08h, de quarta-feira, cerca de sete pessoas haviam sido presas. Elas são empresários conhecidos no segmento de extração de madeira na região Oeste do Pará. Entre eles, Paulo Roberto Marinato; Alcemir Moura; Alexandre Perez Loretto; Arley Cândido de Souza; Adeilson Belém Gama; Carina Dal Col e Eldo Pantoja dos Santos.
Todos foram autuados e devem responder judicialmente por crime ambiental, após serem acusados de atuar na extração ilegal de madeira, na região de planalto e rios, em Santarém.
Familiares dos detidos chegaram a todo o momento na sede da PF, depois de serem informados da prisão de seus parentes. Muitos advogados também se dirigiram a Delegacia da PF, onde acompanharam os procedimentos da prisão de seus clientes. Agentes da PF informaram que a operação durou todo o dia de quarta-feira e deve continuar por tempo indeterminado.
A operação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa que extraiu madeira de áreas protegidas de forma clandestina e que, segundo a polícia, burlou os sistemas de controles ambientais. Das sete pessoas presas, três são empresários e técnicos do setor madeireiro de Santarém, no Oeste do Pará.
Além das sete pessoas presas, outras 09 foram detidas através de mandados de Condução Coercitiva, entre elas, Leandro José de Souza Costa; Iran Estumano Pereira; Juarez Augusto Rezende Alves; Márcio Silva Gusmão; Peter Garcia e; Zuleide Silva dos Santos Maia.
Durante a operação, a Polícia Federal efetuou a suspensão de várias empresas, entre elas, Indústria e Comércio de Madeiras Canta Galo; INFAPA (Indústria de Faqueados do Pará Ltda EPP); Indústria Comércio de Madeira Gedalla Ltda EPP; Madeireira Anhanguera Ltda; Madeireira Brasil – M. Silva Gusmão ME; Madeireira Babilônia Indústria Comércio e Exportação de Madeiras Ltda ME; MSG Madeiras Ltda ME; Mdecronos Comércio Indústria e Exportação LTDA ME; Madeireira Batista LTDA ME; Conselmad Comércio e Indústria de Madeiras – A. PEREZ LORETTO ME; Paraminas Comércio e Exportação de Madeira LTDA; Irajá Indústria Comércio e Exportação de Madeira Ltda; Oliveira e Martinelle Ltda ME e Madeireira Madegama e Andreina Madeireiras Ltda ME.
QUADRILHA: Segundo a Polícia Federal, a quadrilha atuava fraudando a obtenção e comercialização de créditos florestais no SISFLORA e DOF-Documento de Origem Florestal, (sistemas de controle florestal). Dentre os alvos da operação estavam três servidores da Secretaria de Estado da Fazenda do Pará (Sefa) e outros dois da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), além de empresários do ramo madeireiro.
Durante a operação, cerca de 140 Policiais Federais cumpriram 44 mandados, deferidos pela 9º Vara Federal de Belém, no Pará, especializada em crimes ambientais. Além das sete prisões preventivas, foram expedidos 16 mandados de Condução Coercitiva e 21 de Busca e Apreensão em sedes de madeireiras e residências dos investigados nos municípios de Belém, Altamira, Uruará, Itaituba, Santarém e Alenquer, todos no Pará, além de Juiz de Fora/MG e Alta Floresta, Várzea Grande e Colniza, estas no estado do Mato Grosso.
A Polícia Federal informou, ainda, que os investigados serão indiciados pelas práticas de crimes ambientais, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e concussão.
INVESTIGAÇÃO: De acordo com o delegado da Polícia Federal, Bruno Benassuly, foram cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão e ainda foram ouvidas outras pessoas, em Santarém. Ele explica que a investigação começou por iniciativa da Corregedoria da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará (Sema), no final de 2012.
“Desde a época veio sendo investigado os autores dos crimes ambientais, até que culminou na operação”, declara.
Segundo o delegado Bruno Benassuly, todos os presos em Santarém foram conduzidos para Belém, onde foram ouvidos na Vara Federal. “Todos os mandados que haviam para Santarém foram cumpridos. Todo o material apreendido vai ser analisado na Vara Federal em Belém. A operação vai continuar e, se em Santarém houver outros envolvidos nos crimes ambientais serão investigados”, avisa.
Fonte: RG 15/O Impacto
Ô O IMPACTO, a conta não está fechando, pois consta na reportagem que sete pessoas do ramo de extração de madeira foram presas, mas aparecem o nome só de seis……….o nome omisso é amigo do editor?
Vem coisa grande ainda Rubão, fique tranquilo que os luxentos vaõ achar.
To em Progresso, nunca vi tanto boi saindo de área embargada. Realmente o ibama tem que voltar a multar os madereros, eles não se rendem a políticos, multaram o prefeito daqui.
Falta o nome e sobrenome dos servidores da SEFA, tem que mostrar a cara dessas maças podres……
O ibama é o único órgão que trabalha na questão ambiental no Pará, são truculentos, mas já vi fecharem muita empresa fantasma. denunciei uma e eles foram la ver e fecharam. Pena eles não tarem mais vendo a questão da madera, agora é só boi.
Tá na hora de fazer uma varredura no IBAMA/INCRA ai a coisa vai pegar.